segunda-feira, julho 11, 2005

Grandes Artistas que se Admiram


Eles já Gravaram Um ao Outro


Esses dois artistas já gravaram músicas um do outro, mostrando uma admiração mútua que nos deu belissimas interpretações...
Sem falar muito, vamos as músicas de hoje, todas foram gravadas pelos dois e a última é bem interessante, pois foi feita depois de uma visita de Roberto Carlos a Caetano Veloso no exilio:



Como Dois e Dois
(Caetano Veloso )
Quando você me ouvir cantar
Venha, não creia, eu não corro perigo
Digo, não digo, não ligo, deixo no ar
Eu sigo apenas porque eu gosto de cantar
Tudo vai mau, tudo
Tudo é igual quando eu canto e sou mudo
Mas eu não minto, não minto
Estou longe e perto
Sinto alegrias, tristezas e brinco
Meu amor, tudo em volta está deserto, tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco
Quando você me ouvir chorar
Tente, não cante, não conte comigo
Falo, não calo, não falo, deixo sangrar
Algumas lágrimas bastam pra consolar
Tudo vai mal, tudo, tudo, tudo, tudo...
Tudo mudou não me iludo e contudo
A mesma porta sem trinco
O mesmo teto, o mesmo teto
E a mesma lua a furar nosso zinco
Meu amor, tudo em volta está deserto, tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco
Meu amor, meu amor, meu amor
Tudo em volta está deserto, tudo certo
Tudo certo como dois e dois são cinco
São cinco, são cinco

Fera Ferida
(Roberto Carlos/Erasmo Carlos)
Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída
Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes no peito atingido
Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você
Eu sei quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei, o coração perdoa
Mas não esquece à toa
E eu não me esqueci
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo, sem laços
Me senti sozinho
Tropeçando em meu
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar, um amigo
Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz de esquecer
Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração
Sou fera ferida
No corpo, na alma e no coração

Força Estranha
(Caetano Veloso)
Eu vi um menino correndo
Eu vi o tempo
Brincando ao redor do caminho daquele menino
Eu pus os meus pés no riacho
E acho que nunca os tirei
O sol ainda brilha na estrada
E eu nunca passei
Eu vi a mulher preparando
Outra pessoa
O tempo parou pra eu olhar para aquela barriga
A vida é amiga da arte
É a parte que o sol me ensinou
O sol que atravessa essa estrada
Que nunca passou
Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz tamanha
Eu vi muitos cabelos brancos
Na fronte do artista
O tempo não pára, e no entanto ele nunca envelhece
Aquele que conhece o jogo
Do fogo das coisas que são
É o sol, é o tempo, é a estrada
É o pé e é o chão
Eu vi muitos homens brigando
Ouvi seus gritos
Estive no fundo de cada vontade encoberta
E a coisa mais certa de todas as coisas
Não vale um caminho sob o sol
É o sol sobre a estrada
É o sol sobre a estrada, é o sol
Por isso a força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz, essa voz tamanha
Por isso uma força me leva a cantar
Por isso essa força estranha no ar
Por isso é que eu canto, não posso parar
Por isso essa voz tamanha

Debaixo dos Caracóis dos seus Cabelos
(Roberto Carlos / Erasmo Carlos)
Um dia a areia branca seus pés irão tocar
E vai molhar seus cabelos a água azul do mar
Janelas e portas vão se abrir pra ver você chegar
E ao se sentir em casa sorrindo vai chorar
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
As luzes e o colorido que você vê agora
Nas ruas por onde anda, na casa onde
olha tudo e nada lhe faz ficar contente
Você só deseja agora voltar pra sua gente
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Você anda pela tarde e o seu olhar tristonho
Deixa sangrar no peito uma saudade, um sonho
Um dia vou ver você chegando num sorriso
Pisando a areia branca que é seu paraíso
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Uma história pra contar de um mundo tão distante
Debaixo dos caracóis dos seus cabelos
Um soluço e a vontade de ficar mais um instante
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, julho 10, 2005

Os Filhos da Estrela


Os Irmãos Talentosos

Hoje no blog queria homenagear dois dos filhos da grande diva da música popular brasileira, Elis Regina...
Filhos dela com Cesar Camargo Mariano, eles tem mais um irmão, o João Marcelo Boscôli que não seguiu a carreira de cantor preferindo ser dono de gravadora, músico e apresentador de televisão...
Pedro começou primeiro a enfrentar o fato de ser filho da maior cantora brasileira e isso foi o principal motivo que levou Maria Rita a adiar o inicio da sua carreira temendo as inevitaveis comparações, mas não teve jeito está no sangue...
As músicas de hoje estão no repertório deles, a primeira foi gravada por ela e é de um representante da nova geração como o autor da segunda que foi gravada por ele, as duas últimas são de Lenine:

Cara Valente
(Marcelo Camelo)
Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mau-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Voz no Ouvido
(Jair Oliveira)
Tava esperando
Um telefonema teu
Tava precisando
De uma voz no ouvido
Tava imaginando
Teu olhar mirando o meu
Tava desejando
Um beijo em teu umbigo
Tá legal, falei o que não devia
Me dei mal, amanheceu um novo dia,
Já esqueci, pensei em ti decidi:
Tô aqui esperando pra ver se você vem.
Deixa de lado essa tristeza.
Beija e afasta esse tormento
Deita nesse amor desarrumado
Chega de perder tanto tempo
Lavadeira do Rio
( Lenine /Braulio Tavares)
A lavadeira do rio,
Muito lençol pra lavar
Fica faltando uma saia
Quando o sabão se acabar
Mas corra pra beira da praia,
Veja a espuma brilhar
Ouça o barulho bravio das ondas
Que batem na beira do mar
Ouça o barulho bravio das ondas
Que batem na beira do mar
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor,
Que a noite chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor,
Que a noite chegou fazendo frio
Oh, Rita, tu sai da janela,
Deixa esse moço passar
Quem não é rica e é bela
Não pode se descuidar
Ah, Rita, tu sai da janela
Que as moça desse lugar
Nem se demora donzela
Nem se destina a casar
Nem se demora donzela
Nem se destina a casar
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor, que a noite
Chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor,
Que a noite chegou fazendo frio
Ah, lavadeira do rio,
Muito lençol pra lavar
Fica faltando uma saia
Quando o sabão se acabar
Mas corra pra beira da praia,
Veja a espuma brilhar
Ouça o barulho bravio das ondas
Que batem na beira do mar
Ouça o barulho bravio das ondas
Que batem na beira do mar
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor,
Que a noite chegou fazendo frio
O vento soprou, a folha caiu,
Cadê meu amor,
Que a noite chegou fazendo frio
O Silêncio Das Estrelas
(Lenine/ Dudu Falcão)
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus que amanhece mortal
E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal
Um sinal, uma porta pro infinito irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais
Afinal, como estrelas que brilham em paz
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem