sexta-feira, dezembro 31, 2004

A Força do Carnaval Democrático

Melhor Carnaval do Mundo

Os sites que eu indico:

Bia
Lu
Fúria do Mar
Escritor Solitário
Cinema, Literatura...
Cine Fila
Som Brasil
MPB Net
Entrecantos
PE A-Z
M-Música
Revista Continente

Continuando o tema de ontem eu vou homenagear quatro blocos de carnaval aqui de Recife e Olinda...
O maior bloco de carnaval do mundo é de Recife, conferido pelo Guiness, o Galo da Madrugada leva para as ruas do centro da cidade no sábado de carnaval mais de um milhão de foliões numa festa assistida ao vivo pelo mundo afora...
Outros três blocos são tradicionais em Olinda e representam bem esse carnaval que é reconhecido como o mais democrático, pois não se paga ingresso e nem se compra camisa para ficar em cordão de isolamento...
O Elefante e a Pitombeira desfilam pelas ruas de Olinda sempre levando beleza e frevo para todos e o Celoura com sua irreverência alegra as ladeiras da cidade Patrimônio da Humanidade, quem não for daqui está intimado a passar o carnaval aqui...
Não esqueçam de votar no disco de MPB do ano na janela que abre ou indiquem mais algum para a relação...
Os hinos dos blocos citados estão hoje por aqui, numa prévia do nosso carnaval:

Hino do Galo da Madrugada
(José Mário Chaves)
Ei pessoal, vem moçada
Carnaval começa no Galo da Madrugada
A manhã já vem surgindo,
O sol clareia a cidade com seus raios de cristal
E o Galo da madrugada, já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
As donzelas estão dormindo
As cores recebendo o orvalho matinal
E o Galo da Madrugada
Já está na rua, saldando o Carnaval
Ei pessoal...
O Galo também é de briga, as esporas afiadas
E a crista é coral
E o Galo da Madrugada, já está na rua
Saldando o Carnaval
Ei pessoal...

Hino do Elefante de Olinda
(Clídio Nigro / Clóvis Vieira)
Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor,
O Elefante exaltando as suas tradições.
E também seu esplendor.
Olinda, este meu canto
Foi inspirado em teu louvor,
Entre confetes, serpentinas
Venho te oferecer com alegria o meu amor.
Olinda, quero cantar a ti esta canção,
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar,
Faz vibrar meu coração de amor
a sonhar, minha Olinda sem igual,
Salve o teu Carnaval!

Hino da Pitombeira
(Alex Caldas)
A turma da Pitombeira
Na cachaça é a maior
Se a turma não saisse
Não havia carnaval
Se a turma não saisse
Não havia carnaval
Bate bate com doce
Eu também quero
Eu também quero
Eu também quero

Hino de Ceroula
(Milton B. Alencar)
Eu vou este ano à Lua
Não é privilégio
Foguete já tem
Eu quero ver se o carnaval de rua
Collin e Armstrong disseram que tem
Eu quero ver se tem troça que escolha
Como em Olinda que tem a Ceroula
Mas se tiver para mim é legal
Passarei lá na Lua todo o carnaval
Mas se tiver para mim é legal
Passarei lá na Lua todo o carnaval

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

quinta-feira, dezembro 30, 2004

Olha a Enquete

Povo que frequenta o Blog da Cultura Brasileira, vamos escolher o melhor disco de 2004, coloquei oito opções, mas podem citar mais algum que eu tenha esquecido...
Não fechem a janela sem votar para que tenhamos noção de quem fez música de qualidade nesse ano que está acabando...

Essas são as opções, indiquem mais nos comentários:

Vagabundo (Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede)
Acústico (Roupa Nova )
In Cité (Lenine)
Adriana Partimpim (Adriana Calcanhoto)
Navegantes (Zé Renato/Trinadus)
Iaiá( Mônica Salmaso)
Elis e Tom ( Elis Regina e Tom Jobim) Relançamento
Giramundo( Fernanda Porto)

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

Olha o Frevo na Cabeça de Vocês...

Passistas de Frevo

Entrem nesses sites:

Bia
Lu
Fúria do Mar
Escritor Solitário
Cinema, Literatura...
Cine Fila
Som Brasil
MPB Net
Entrecantos
PE A-Z
M-Música
Revista Continente

Ontem eu ia falar nesse tema, mas acabei falando sobre Antônio Nóbrega, então hoje é dia de Frevo aqui no blog...
Vem o carnaval e esse ritmo que faz Frever o folião na melhor festa que tem no Brasil...
Que me perdoem os baianos e cariocas, mas carnaval como o de Olinda e Recife...
Querem conhecer mais desse ritmo que pode ser dividido em três diferentes estilos, o Canção, o de Bloco e o de Rua, cliquem no titulo e entrem num site sobre o Frevo...
Hoje tem seis músicas, pois ficou dificil escolher as melhores representantes desse estilo, então acabei tendo o seguinte critério, escolhi seis compositores que fizeram clássicos e peguei uma de cada:

Valores do Passado
(Edgard Moraes)
Bloco das flores, Andaluzas, Cartomantes
Camponeses, Após Fum e o bloco Um dia Só
Os Corações Futuristas, Bobos em Folia,
Pirilampos de Tejipió
A Flor da Magnólia
Lira do Charmion, Sem Rival
Jacarandá, a Madeira da Fé
Crisântemos Se Tem Bote e
Um Dia de Carnaval
Pavão Dourado, Camelo de Ouro e Bebé
Os queridos Batutas da Boa Vista
E os Turunas de São José
Príncipe dos Príncipes brilhou
Lira da Noite também vibrou
E o Bloco da Saudade,
Assim recorda tudo o que passou.


Evocação n.1
(Nelson Ferreira)
Felinto, Pedro Salgado
Guilherme, Fenelon
Cadê teus Blocos famosos?
Bloco das Flores andaluzas
Pirilampos após Fum
Dos carnavais saudosos!
Na alta madrugada
O coro entoava
Do bloco a marcha-regresso
Que era o sucesso
Dos tempos ideais
Do velho Raul Moraes
Adeus, adeus, minha gente
Que já cantamos bastante...
E Recife adormecida
Ficava a sonhar
Ao som da triste melodia...


Último Regresso
(Getúlio Cavalcanti)
Falam tanto que meu bloco está
Dando adeus prá nunca mais sair
E depois que ele desfilar
Do seu povo vai se despedir
No regresso de não mais voltar
Suas pastoras vão pedir:
Não deixem não
Que um bloco campeão
Guarde no peito a dor de não cantar
Um bloco a mais
É um sonho que se faz
Nos pastoris da vida singular
É lindo ver, o dia amanhecer
Com violões e pastorinhas mil
Dizendo bem
Que o Recife tem
O carnaval melhor do meu Brasil


Recife N.1
(Antônio Maria)
Ô, ô, ô, ô saudade
Saudade tão grande
Saudade que eu sinto
Do Clube das Pás do Vassouras
Passistas traçando tesouras
Nas ruas repletas de lá
Batidas de bombos
São maracatus retardados
Chegando à cidade cançados
Com seus estandartes no ar
Que adianta se o Recife está longe
E a saudade é tão grande
Que eu até me embaraço
Parece que eu vejo
Walfrido Cebola no passo
Aroldo Fatia Colaço
Recife está perto de mim.


A Pisada é Essa
(Capiba)
Quando a vida é boa
Não precisa pressa
Até quarta-feira
A pisada é essa
Prá que vida melhor
Fale quem tiver boca
Eu nunca vi coisa assim
Oh que gente tão louca
Eu quero ver
Carvão queimar
Eu quero ver queimar carvão
Eu quero ver daqui a pouco
Pegar fogo no salão


Bom Demais
(J. Michilles)
Tem mais que estar nessa
Fazendo misura na ponta do pé
Quando o frevo começa
Ninguém me segura.
Vem ver como é
O frevo madruga
Lá em São José
Depois em Olinda
Na praça do Jacaré
Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vem depressa
Que esse frevo é bom demais
Bom demais, bom demais
Bom demais, bom demais
Menina vamos nessa
Que esse frevo é bom demais.

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho

Carpe Diem Posted by Hello

quarta-feira, dezembro 29, 2004

O Multi Artista de Volta


Os sites que indico:

Bia
Lu
Fúria do Mar
Escritor Solitário
Cinema, Literatura...
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Som Brasil
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Entrecantos
PE A-Z
M-Música
Revista Continente


Estava certo de falar sobre frevo hoje no blog, mas quando cheguei em casa estava passando na TV Cultura um programa com Antônio Carlos Nóbrega, um especial que já tinha assistido e é muito interessante...
Então vi que tinha falado sobre ele na segunda semana do blog e resolvi repetir a homenagem, pois a cultura nordestina não tem maior representante, o engraçado é que foi o primeiro comentário da minha parceira Lu aqui no blog...
Ele criou em São Paulo o Teatro Brincante, cliquem ai no nome e vejam o site desse brilhante projeto, já gravou vários discos inclusive com o Quinteto Armorial na década de 70, no titulo tem o link para o seu site oficial e embaixo da foto, no seu nome, tem o link para a outra homenagem feita a ele aqui...
As músicas de hoje são os titulos dos três primeiros discos respectivamente, a última tem no primeiro e no terceiro disco e espero que todos se inspirem para conhecer esse multi artista:

Na Pancada Do Ganzá
(Antonio Nóbrega / Wilson Freire)
Eu estava em casa mastigando o pensamento,
Olhando pro firmamento, que era noite de luar.
E de repente uma estrela cadente,
Piscando na minha frente, parou pra me falar.
Ela me disse: meu poeta camarada,
Tome aqui, quero lhe dar um presente magistral.
E foi tirando do seu peito colossal
Um instrumento real que ela chamava Ganzá.
Meu ganzá, meu ganzarino, meu ganzarino real,
gira o mundo, treme a terra,e eu na pancada do ganzá.
Quando eu peguei meu ganzá pra cantar coco
Eu pensei que tava louco, eu não pude acreditar,
Pois na primeira batida da minha mão
Meu ganzá caiu no chão e deitou logo a falar:
Salve o coquista que chegou de longe agora
Você veio bem na hora de poder me resgatar da solidão
Onde eu tenho vivido, onde têm me escondido para eu não me revelar.
Sou um instrumento pequeno, feio, chinfrim
Que trago dentro de mim basculho pra sacolejar,
Garrafa velha qualquer coisa reciclada
Dou beleza ritmadaquando vêm me balançar.
Dou marcaçãopro samba, pro fox-trote
Pro baião, forró e xote e o que mais venham inventar.
E o que vier, até som do outro mundo,
Sou primeiro sem segundo na arte de ritmar.
E o ganzá se colou na minha mão,
Apertei ele e então senti forte um balançar.
Fazia assim: tum, tum, tum, tum, tum, tum, tum
Como no peito o baticum que tá pronto pra amar.
E fui cantando, fui dizendo ao ganzarino:
Te conheço de menino mas hoje fui te encontrar.
Ele falou: te conheço há bem mais tempo
Mas não vai ter contratempo que possa nos separar.
E disse mais: meu cantor, meu menestrel,
Eu conheço esses céus antes de Cabral chegar;
Pode ir me ver onde eu fui desenhado:
Pelo pré-homem datado lá na Pedra do Ingá.
Eu aprendi sobre ele e ele de mim,
E tem sido sempre assim e assim sempre será,
Pois nessa vida quem ensina sempre aprende
E a gente mais entende o que foi e o que virá.
Fomos cantandoo país do futebol,
D'Amazônia, praia e sol do Babau, do Boi-Bumbá
do São João, da Cavalhada do Repente,
Da Congada da Catira e do Guará
Esse país, feio, rico, pobre, lindo
Que eu não sei pr'onde tá indomas eu sei que chega lá.
Fomos ouvir a floresta tropical, o sertão,
O litoral ver a seca, a preamar por isso eu digo, meu amigo, camarada
Se não tá fazendo nada por que cê não vem pra cá?
Tire a gravata do pescoço, solte o nó, abra o peito e o gogó
Eu, você e meu ganzá.


Madeira que Cupim não Rói
(Capiba)
Madeira do Rosarinho
Vem à cidade sua fama mostrar,
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original.
Não vem pra fazer barulho,
Vem só dizer, e com satisfação:
Queiram ou não queiram os juízes,
O nosso bloco é de fato o campeão!
E se aqui estamos cantando essa canção,
Viemos defender a nossa tradição,
E dizer bem alto que a injustiça dói,
Nós somos madeira de lei que cupim não rói.

Pernambuco Falando para o Mundo
(Antonio Nóbrega / Wilson Freire)
Pernambuco, preaca, pife e pandeiro
Esse é o encontro, é essa emoção
Rainhas e reis, reisado e rojão
Negros nagôs, navios negreiros
Ascenso, arrecife, angolas-arteiros
Maraca, mascates e maracatu
Baião, berimbau, batuque Bantu
Usina, umbigada, umburana, umbuzal
Capiba, calunga, calor, carnaval
Oxossi, Obá, Oxum, Olodu
Sou braço de mar, um rio caudaloso
No sertão sou seco, na mata estourado
Eu, nos arrecifes, um mar furado
A cova dos rios, salgado e formoso
E nesse meu céu azul luminoso
Ao sul de estrelas cruzeiro avistei
Por ele à noite no mar me guiei
Eu sou Paranã, sou Paranabuco
Falando pro mundo eu sou Pernambuco
A ler meu Brasil aqui comecei
Se alguém me escutar tinindo a garganta
Verá que meu canto desvenda segredos
Acaba mistérios, destrói todos medos
Herdeiro da voz sou de Dona Santa
Meu canto é sangue, é pedra que encanta
Desterra o tesouro no chão mais profundo
Eu sou um cantante, eu sou Viramundo
Se estou azougado, ninguém me segura
Acima de mim, só Deus nas alturas
Eu sou Pernambuco falando pro mundo

Chegança
(Antonio Nóbrega/Wilson Freire)
Sou Pataxó, sou Xavante e Cariri,
Ianonami, sou Tupi, Guarani, sou Carajá.
Sou Pancaruru, Carijó, Tupinajé,
Potiguar, sou Caeté, Ful-ni-o, Tupinambá.
Depois que os mares dividiram os continentes quis ver terras diferentes.
Eu pensei: vou procurar um mundo novo, lá depois do horizonte,
Levo a rede balançante pra no sol me espreguiçar
Eu atraquei num porto muito segura,
Céu azul, paz e ar puro, botei as pernas pro ar.
Logo sonheri que estava no paraíso,
Onde nem era preciso dormir para se sonhar.
Mas de repente me acordei com a surpresa:
Uma esquadra portuguesa veio na praia atracar.
De grande Nau, um branco de barba escura,
Vestindo uma armadurame apontou pra me pegar.
E assustado dei um pulo da rede, pressenti a fome, a sede,
Eu pensei: "vão me acabar".
Me levantei de borduna já na mão.
Ai, senti no coração, o Brasil vai começar.

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

terça-feira, dezembro 28, 2004

O Cinema na Televisão

Canal Brasil

O links:

http://www.mpbnet.com.br/
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http://www.cine-fila.blogger.com.br/
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http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Hoje eu mudo o tema do blog para falar de um grande proposta de resgate da cultura brasileira que é o Canal Brasil que pertenca ao sistema Globosat e é exibido para quem possue Sky ou Net...
Dss Chanchadas da Atlântida até Bicho de Sete Cabeças que passará agora em janeiro, do Cinema Novo até esse resgate do final dos anos 90, sempre está sendo mostrado um filme interessante...
No titulo, voltamos a ter um link para que vocês conheçam um pouco mais da programação do canal...
Quem pode falar com mais propriedade desse canal é a Bia que tem um blog sobre cimema muito legal...
E foi por causa dela que me lembrei de falar desse canal. pois passei um bom tempo sem tv por assinatura aqui em casa, e ela tinha falado num programa de Oswaldo Montenegro chamado Tipos que não tive oportunidade de assistir, mas deve ser bem interessante, então resolvi escolher dois cantores que possuem programas lá, um é o próprio citado anteriormente e teremos as duas primeiras músicas dele, que são letras muito legais, e a segunda é uma das cantoras mais polêmicas da MPB, que tem um programa chamado Escândalo, que é a Angela Rô Rô, mas apesar da fama dela e do nome do programa é muito bom, dela teremos as duas últimas:

Sempre Não é Todo Dia
(Oswaldo Montenegro/Mongol)
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e há!
Gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
Raiou vazou a luz do dia

Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
E eu que já sabia tudo
Das rotas da astrologia
Dancei e a cabeça tonta
O meu reinado não previa
Olhei pro meu espelho e há!
Meu grito não me convencia
Princesa eu sei que sou pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Botei o meu nariz a postos
Pro faro e pro que vicia
Senti teu cheiro na semente
Que a manhã me oferecia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre
Mas sempre não é todo dia
Eu hoje acordei tão só
Mais só do que eu merecia
Olhei pro meu espelho e há!
Gritei o que eu mais queria
Na fresta da minha janela
Raiou vazou a luz do dia
Entrou sem me pedir licença
Querendo me servir de guia
E eu que já sabia tudo
Das rotas da astrologia
Dancei e a cabeça tonta
O meu reinado não previa
Eu hoje acordei tão só

Mas só do que eu merecia
Eu acho que será pra sempre

Travessuras
(Oswaldo Montenegro)
Eu insisto em cantar
Diferente do que ouvi
Seja como for recomeçar
Nada mas a que há de vir
Me disseram que sonhar
Era ingênuo, e daí?
Nossa geração não quer sonhar
Pois que sonhe, a que há de vir
Eu preciso é te provar que ainda sou o mesmo menino
Que não dorme a planejar travessuras
E fez do som da tua risada um hino.
Me disseram que sonhar
Era ingênuo, e daí?
Nossa geração não quer sonhar
Pois que sonhe, a que há de vir
Eu preciso é te provar
Que ainda sou o mesmo menino
Que não dorme a planejar travessuras

Amor, meu Grande Amor
(Ângela Rô Rô/Ana Terra)
Amor, meu grande amor
Não chegue na hora marcada
Assim como as canções como as paixões
E as palavras
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me venha sem saber
Se sou fogo ou se sou agua
Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
Que tudo que ofereço
É meu calor, meu endereço
A vida do teu filho
Desde o fim até o começo
Amor, meu grande amor
Só dure o tempo que mereça
E quando me quiser
Que seja de qualquer maneira
Enquanto me tiver
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar, meu grande amor
Me reconheça
Amor, meu grande amor
Que eu seja a ultima e a primeira
E quando eu te encontrar,meu grande amor
Por favor, me reconheça


Simples Carinho
(João Donato/ Abel Silva)
Amar e sofrer, eu vou te dizer
Mas vou duvidar
Querendo ou não
O meu coração já quer se entregar
Não falta lembrança, aviso, cobrança
Você vai por mim
Mas feito criança
Lá vou na esperança
Eu sou mesmo assim
Quem sabe até meu destino
Amor sem espinhos
Sou mel da sua boca, calor dos abraços
E tantos beijinhos
Se o sonho acabou, não sei meu amor
Nem quero saber
Só sei que ontem à noite
Sorrindo acordada
Sonhei com você
Às vezes até na vida é melhor
Ficar bem sozinho
Pra gente sentir qual é o valor
De um simples carinho
Te sinto no ar, na brisa do mar
Eu quero te ver
Pois ontem à noite
Sonhando acordada

Dormi com Você

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

segunda-feira, dezembro 27, 2004

Um Amigo Realizando um Sonho 2

Geraldinho Lins abrindo show para Elba Ramalho
Eu indico:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br//
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
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http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Acabei de chegar do show de gravação do disco ao vivo de Geraldinho Lins e fiquei muito feliz com o sucesso desse meu amigo, pois ele merece já está na batalha a bastante tempo...
O povo cantando Amor do Sertão, o maior sucesso dele, foi de emocionar a galera que estava por lá e acompanha a sua carreira desde o inicio...
Na imagem de hoje tem uma foto do show que ele abriu para Elba no Teatro da UFPE no inicio desse ano...
Que venha agora o Galo da Madrugada, onde ele irá sair comandando um Trio Elétrico...
As músicas de hoje seguem a proposta de ontem, as duas primeiras são do primeiro disco solo dele de 1998 e as últimas são duas de Lenine que falam de Pernambuco e Recife respectivamente, a terceira ele tocava no Flor da Pele e a quarta está no repertório do trio:

Canto à Olinda
(Geraldo Lins)
Vou comparar teus olhos com aquela lua
Vou mergulhar no embalo desse meu cantar
Eu vou pra lá, vou te levar
A concha vai reproduzindo
Os acordes do mar
De tempo em tempo
Vai crescendo a vontade de te encontrar
Foi lá ladeira,
Foi na figura feminina de Olinda
Que eu encontrei você
Foi na Ribeira
Foi na figura colorida das Olindas
Tava louco para te ver

Que Bom que Era
(Geraldo Lins)
Que bom que era e sempre será constante
Buscar o teu olhar num breve amanhecer
Escute o canto de um certo viajante
Que neste instante sente falta de você
Os sentimentos desenvolvem pensamentos
Alinhamento de um ser com outro ser
Interagindo com teus olhos diamantes
O quanto antes eu puder quero te ter
Fazemos parte de um corpo que habita
A face ampla e desejada do amor
É importante que sejamos sempre livres
Para sentir verdade, alegria e dor
A congruência de nossa sinceridade
É a real vontade de te abraçar
E é buscando fazer jus a tudo isso
Que eu faço o que for preciso
Pra poder te reencontrar

Leão do Norte
(Lenine/Paulo Cesar Pinheiro)
Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do Boi Bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda
Em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da orquestra armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto do Maracatu
Eu sou um alto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a Flor da Lira
Pra Nova Jerusalém
Sou Luis Gonzaga
Eu sou mangue também
Eu sou mameluco
Sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco
Sou o Leão do Norte
Eu sou mameluco
Sou de Casa forte
Sou de Pernambuco
Eu sou o Leão do Norte
Sou Macambira de Joaquim Cardoso
Banda de Pífano no meio Canavial
Na noite dos tambores silenciosos
Sou a calunga revelando o Carnaval
Sou a folia que desce lá de Olinda
O homem da meia-noite
Puxando esse cordão
Sou jangadeiro
Na festa de Jaboatão

Minha Cidade (Menina dos Ohos do Mar)
(Lula Queiroga/ Lenine/Zé Braw)
Minha cidade menina dos olhos do mar
Dos rios que levam meu coração
Do sol que começa à raiar
É por você que eu peço na minha loa
Por essa gente tão boa abre um sorriso e cantar
Minha cidade das vilas, dos manguezais
Dos altos e dos coqueiros da fé que move o futuro
Oh, Conceição, Senhora, abençoai essa cidade
Que só quer crescer e ser feliz
Recife eu te dou meu coração
Recife eu te dou...
Olha o Recife da grande festa popular
Dos bravos guerreiros que a história nos deu
Dos arranha-céus e sobrados
É prá você que a gente oferece a loa
Prá essa terra tão boa abre a janela e cantar
Minha cidade menina dos olhos do mar
Dos mascates, dos mercados das pontes
Dos tempos de Holanda
Oh, Conceição, senhora, abençoai o meu Recife
Que só quer crescer e ser feliz
Teus bairros mostram a coragem residente
E reflete a luta no olhar dessa gente humilde
Que procura vencer ensina ao Recife
E ao mesmo tempo aprender minha cidade
Em evidência, silêncio e harmonia
Com a beleza da noite e a intensidade do dia
Vamos lembrar dos mestres e poetas
Vamos lembrar dos que fizeram do Recife
Essa festa vamos lembrar frei caneca,
Ascenço Ferreira Nelson Ferreira,
Brennand, Canibal, Capiba,
João Cabral, Chico Science, Josu,
Vamos lembrar dos batutas de São José
Mestre Salú, Ariano, Zero quatro, Roger
Daqui do Alto Zé do Pinho, mandando prá você
Da Nação Zumbi, nação Pernambuco, mangaba,
Faceta, Faces do Subúrbio...
É o Recife que o povo daqui descobriu
Do marco zero para o ano 2000

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

domingo, dezembro 26, 2004

Um Amigo Realizando um Sonho

É Hoje!!!!
Os sites que indico:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br//
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
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http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
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http://www.continentemulticultural.com.br/
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Hoje é o dia da gravação do CD ao vivo desse meu amigo e eu gostaria de pela terceira vez falar alguma coisa sobre ele, já que aprendi muito na época da banda Flor da Pele, no Colégio Nóbrega e se hoje eu tenho essa vontade de divulgar artistas que não tem muito espaço na mídia e que fazem um trabalho interessante...
Vamos todos para a gravação desse disco...
Amanhã eu conto como foi o show e coloco um pouco mais de Geraldo Lins...
Hoje eu vou colocar quatro músicas que tem uma história, pois as duas primeiras eu as conheci nessa fase que citei acima e as duas últimas são dele que me lembram os bons tempos do Flor da Pele:

Cheiro Da Saudade
(Alceu Valença)
Quando te lembras
Do cheiro de minha carne
Cheiro de mares
Cheiro de bares
Do Bar do Trevo
E tuas ventas
Sentem o cheiro da saudade
Quintais, pomares
Cheiro do cravo
Dos meus cabelos
Te dá vontade
De beijar a minha boca
E ficas louca
Como quem arde
Tu não te lembras
Que o meu cheiro
Acelera o coração
É feito lança
É flor-de-cheiro
É como brilho
Da paixão

Lambada de Serpente
(Djavan)
Cuidá dum pé de milho,
Que demora na semente
Meu pai disse meu filho,

Noite fria, tempo quente
Lambada de serpente

A traição me enfeitiçou
Quem tem amor ausente

Já viveu a minha dor
No chão da minha terra,

Um lamento de corrente
Um grão de pé de guerra,

Pra colher dente por dente

Poeta Cantador
(Geraldo Lins)
Canto um repente, pra falar de nossa gente
Quer viver dignamente, quer a viola tocar
Puxa um fole na sanfona cheira a nega no gangote
Vou cantar lá pelo Norte, poesia nordestina
Divulgada na Argentina, Bariloche, Cuiabá
Viro A noite pelo avesso, sou poeta cantador
Morena reconheço, com seu jeito tentador
Você me mata de amor, caatinga seca o açude vai secando
E a vida vai mudando novamente devagar
Religião e a crença popular, reza para
Padim Ciço não deixar tudo acabar
Tem Lampião, o terror da região
Cabra macho desbravador, das entranhas do sertão
Tem casamento na noite de São João
A fogueira tá acesa, tem forró a noite inteira
É Maria com João

Tão Longe, tão Perto
(Geraldo Lins/ Naldo Marques/ PC Bernardes)
O meu chapéu de couro, meu maracatu virado
Os meus sonhos de artista, se encontram de repente
Com sotaque misturado carioca com paulista
Essa esquina do destino fez nascer no coração
Um desejo muito forte de juntar o sul e o norte
Juntar frevo, samba , xote, juntar rock com baião
As raízes diferentes outras terras, outros nomes
Mas os versos davam certo, a paixão mostrou pra gente
Que o que parecia longe, na verdade era tão perto
Lá de baixo ou cá de cima, emoção não tem fronteira
De repente a vida ensina, que raiz paixão e sina
Muito mais que nordestina é uma rima brasileira
Juntou chopp com cachaça, shopping center com sertão
Molecada com coroa, juntou muita gente boa
Juntou os filhos da garoa com os filhos do Nação


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

sábado, dezembro 25, 2004

Feliz Natal Para Todos

Nascimento de Jesus 2


Esses são as indicações do blog:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br//
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/
Eu não vou falar muita coisa hoje, vou só desejar para todos que me ajudaram de alguma forma a fazer esse espaço cultural que muito me orgulha um grande Natal e que todos tenham paz e saúde, pois o resto a gente conquista...
Nas músicas de hoje, teremos três músicas que fazem parte do disco É Natal do Grupo OPA(Oração Pela Arte), que tenho a honrade fazer parte aqui em Recife e que será motivo de um post bem interessante no inicio do próximo ano, em virtude do encontro nacional que teremos por essas bandas no final de janeiro, e são as três primeiras, sendo que a terceira é um dos grandes clássicos mundais e a última é uma grande música de um compositor de MPB e também um grande clássico natalino:

Pequenino
(PC Bernardes/ Nizan Guanaes/ Marco Ribeiro)
Vem comemorar nossa festa, começou.
Lá no céu um brilho, uma estrela, já chegou.
Há tanto espero por ela Daqui da minha janela.
Ouço um choro de menino, de longe parece lindo,
O Deus nasceu pequenino.
Hoje eu sou portas abertas, os sinos tocam em festa,
Dentro de mim já é Natal.

Festa de Luz
(Nizan Guanaes/Maria Célia Monteiro)
O Natal chegou e com ele trouxe um canto bonito de paz
E por toda a cidade a felicidade se fez alegria
Espalhando a verdade, dizendo nasceu o Senhor
Promessa mantida, mensagem de vida e amor.
Festa de luz, nasce Jesus numa cidade qualquer
E a esperança se fez criança no ventre de uma mulher
Deus dos meninos,
Rei pequenino,
Nasce em uma gruta em Belém
Prá redimir nossos pecados e nos fazer
Deus também

Noite Feliz
(F.Gruber (Dominio público))
Noite feliz
Noite feliz
Oh, Senhor
Deus de amor
Pobrezinho, nasceu em Belém
Eis na lapa Jesus, nosso bem
Dorme em paz Oh, Jesus
Dorme em paz Oh, Jesus
Noite feliz
Noite feliz
Oh, Jesus
Deus da luz
Quão afável é teu coração
Que quiseste nascer
Nosso irmão
E a nós todos salvar
E a nós todos salvar
Noite Feliz
Noite Feliz
Eis que no ar vem cantar
Aos pastores
Seus anjos no céu
Anunciando a chegada de Deus
De Jesus Salvador

Boas Festas
(Assis Valente)
Anoiteceu
O sino gemeu
A gente ficou
Feliz a rezar
Papai Noel
Vê se você tem
A felicidade
Pra você me dar
Eu pensei que todo mundo
Fosse filho de Papai Noel
Bem assim, felicidade
Eu pensei que fosse uma
Brincadeira de papel
Já faz tempo que eu pedi
Mas o meu Papai Noel
Não Vem
Com certeza já morreu
Ou, então, felicidade
É brinquedo que não tem


Um grande Natal para todos e um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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sexta-feira, dezembro 24, 2004

O Natal da Música Brasileira

Nascimento de Jesus
Os links que eu indico para todos:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br//
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Hoje é um dia especial, é véspera de Natal então resolvi homenagear a MPB, colocando músicas que representem algo nessa época tão especial, que muitos acham que é uma jogada de marketing para vender mais, mas com certeza as pessoas fazem uma reflexão da vida, independente de credo, sempre existe um pensamento do que se fez ou do que se pode fazer para melhorar o mundo...
Como não tem um site sobre natal, nesses dois dias não precisam clicar no titulo...
Como já falei acima, as músicas de hoje contemplam vários estilos de música feita no Brasil, a começar pelo rock com a banda Zero numa gravação com Paulo Ricardo, passando pela MPB com as duas posteriores que foram gravadas, a terceira por Antônio Marcos e Chitãozinho e Xororó, embora nesta com a letra trocada, aqui está na versão original, a terceira é uma que não podia faltar, sei que vou ser criticado, mas é uma das que melhor representa essa época e a última eu gostaria de colocar uma oração que foi musucada por uma pessoa que admiro muito e falarei logo dele aqui que é o Pe Irala fundador do grupo OPA(Oração Pela Arte) e ela foi gravada por Fagner:

Agora Eu Sei
Zero
Há muito tempo eu ouvi dizer, que um homem vinha pra nos
mostrar
Que todo mundo é bom e que ninguém é tão ruim
O tempo voa e agora eu sei que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer,

Tem gente boa que me faz chorar ( que me faz chorar )
Agora eu sei, e posso te contar ( posso te contar)
Não acredite se ouvir também, que alguém te ama
E sem você não consegue viver ( não consegue viver )
Quem vive mente mesmo sem querer ( mesmo sem querer )
E fere o outro, não pelo prazer
Mas pela evidente razão, sobreviver
Não é possível mais ignorar, que quem me ama me faz mal demais
Mas ainda é cedo pra saber, se isto é ruim ou é muito bom
O tempo voa e agora eu sei que só quiseram me enganar
Tem gente boa que me fez sofrer,

Tem gente boa que me faz chorar ( que me faz chorar )
Quem vê seu rosto só pensa no bem, que você pode fazer a quem
Tiver a chance de te possuir ( de te possuir )
Mal sabe ele como é triste ter ( como é triste ter )
Amor demais, sem nada receber, que possa compensar
O que isto traz de dor
Quem vê seu rosto só pensa no bem, que você pode fazer a quem
Tiver a chance de te possuir ( de te possuir )
Mal sabe ele como é triste ter ( como é triste ter )
Amor demais, sem nada receber, que possa compensar
O que isto traz de dor ( o que isto traz de dor )
Tudo isto me traz de dor o que isto traz de dor
Tudo isto me traz de dor o que isto traz de dor


O Homem de Nazareth
(Claudio Fonta)
Mil novecentos e setenta e três
Tanto tempo faz que ele morreu
O mundo se modificou, mas ninguém jamais o esqueceu
E eu sou ligado no que ele falou
Sou parado no que ele deixou
O mundo só será feliz, se a gente cultivar o amor
Ei, irmão, vamos seguir com fé, tudo o que ensinou
O Homem de Nazareth
Reis e rainhas que este mundo viu
Todo povo sempre dirigiu
Caminhando em busca de uma luz, sob o símbolo de sua cruz
Ele era o rei mas foi humilde o tempo inteiro
Ele foi filho de carpinteiro e nasceu em uma manjedoura
Não saiu jamais muito longe de sua cidade
Não cursou nenhuma faculdade, mas na vida

Ele foi doutor
Ele modificou o mundo inteiro
Ele revolucionou o mundo inteiro
Ei irmão, vamos seguir com fé, tudo o que ensinou
O Homem de Nazareth
Ei irmão, vamos seguir com fé, tudo o que ensinou
O Homem de Nazareth

Jesus Cristo
(Roberto Carlos/ Erasmo Carlos)
Jesus Cristo, Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui...

Olho pro céu e vejo uma nuvem branca que vai passando
Olho pra terra e vejo uma multidão que vai caminhando
Como essa nuvem branca essa gente não sabe aonde vai
Quem poderá dizer o caminho certo é você meu pai
Toda essa multidão tem no peito amor e procura a paz
E apesar de tudo a esperança não se desfaz
Olhando a flor que nasce no chão daquele que tem amor
Olho pro céu e sinto crescer a fé no meu Salvador
Em cada esquina eu vejo o olhar perdido de um irmão
Em busca do mesmo bem nessa direção caminhando vem
É meu desejo ver aumentando sempre essa procissão
Para que todos cantem que na mesma voz essa canção


Oração De São Francisco
(Pe Irala)
Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz
Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé
Onde houver erros, que eu leve a verdade
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz
Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar, que ser consolado

Compreender, que ser compreendido
Amar, que ser amado
Pois é dando que se recebe
É perdoando, que se é perdoado
E é morrendo que se vive para a vida eterna

Um abraço para todos e um Feliz Natal

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

quinta-feira, dezembro 23, 2004

Os Reis e as Rainhas do Maracatu

Maracatu
Esses sites, eu indico para vocês:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br/
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Lá em cima temos uma imagem de uma grande manifestação cultural pernambucana que ficou marcada pela influência que teve com Chico Science...
De Baque Solto( Maracatu Rural) ou Baque Virado os tambores contagiam a quem escuta e com certeza saem dançando e cantando...
Clicando no titulo, vocês entram num dos sites que eu indico, e fala sobre Maracatu...
Quatro músicas que representam bem esse ritmo marcante, a primeira foi gravada por Gilberto Gil e depois por Chico Science, a segunda por Lenine no seu primeiro disco que foi junto com Lula Queiroga, a terceira por Alceu Valença e a última pelo Maracatu Nação Pernambuco:

Maracatu Atômico
(Jorge Mautner)
Atrás do arranha-céu, tem o céu, tem o céu

E depois tem outro céu, sem estrelas
Em cima do guarda-chuva tem a chuva, tem a chuva
Que tem gotas tão lindas, que até dá vontade de comê-las
No meio da couve-flor tem a flor, tem a flor
Que além de ser uma flor tem sabor
Dentro do porta-luvas tem a luva, tem a luva
Que alguém de unhas negras, e tão afiadas, se esqueceu de pôr
No fundo pára-raio, tem o raio, tem o raio
Que caiu da nuvem negra do temporal
Todo quadro negro é todo negro, é todo negro
E eu escrevo seu nome nele, só pra demonstrar o meu apego
O bico do beija-flor beija a flor, beija a flor
E toda fauna flora grita de amor
Quem segura o porte estandarte tem arte, tem arte
E aqui passa com raça, eletrônico maracatú atômico

Maracatu Silêncio
(Zeh Rocha e Erasto Vasconcelos)
Lampiões carregados

Porta-estandarte , o rei e a rainha
Os tambores quando batem,
Acordam o povo da Vila Maria
Os cordões que invadem
Os carnavais cheios de alegria
Vou dançar no pátio até o dia raiar
Meu maracatu vivendo sempre a lembrar
Morros , alagados , o interior do lugar
Marinheiro na terra só pensa no mar
Quando no mar navega
Só pensa na terra chegar

Maracatu
(Alceu Valença/Ascenso Ferreira)
Zabumba de bombos,

Estouro de bombas,
Batuques de ingonos,
Cantigas de banzo,
Rangir de ganzás...
Luanda, Luanda, aonde estás?

Luanda, Luanda, aonde estás?
As luas crescentes

De espelhos luzentes,
Colares e pentes,
Queixares e dentes
De maracajás...
Luanda, Luanda, aonde estás?

Luanda, Luanda, aonde estás?
A balsa do rio

Cai no corrupio
Faz passo macio,
Mas toma desvio
Que nunca sonhou...
Luanda, Luanda, aonde estou?

Luanda, Luanda, aonde estou?

Maracatu Misterioso
(Antônio Madureira / Marcelo Varela)
Quem, quem vem, quem vem lá?

Quem, quem vem, quem vem lá?
Que cortejo é aquele, senhor?
Vindo aqui perguntar, quem vem lá?
Sou de casa, vim do Norte, sou bonito, original,

Sou de paz, não sou de guerra, vim brincar no carnaval.
Quem, quem vem, quem vem lá?...
Eu sou Misteriosocomo és Imperial.

Sou Mateus, sou Catirina, na bexiga eu sou o tal.
Quem, quem vem, quem vem lá?...
Sou o Capitão Pereira, sou madeira, sou fiel.

Esse boi que chega agoravem de lá dançar no céu.
Quem, quem vem, quem vem lá?...
Ê boi, ê boi, ê Boi Maravilhoso.

Ê boi, ê boi, venha logo se amostrar.
Ê boi, ê boi, ê Boi Misterioso.
Ê boi, ê boi, chegue logo pra dançar

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Mais uma Repetição

Esses eu vou indicar para vocês:

http://www.mpbnet.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/


Uma mudança no estilo do blog, sempre que possivel teremos uma imagem do artista homenageado:

Renato Braz

Um cantor considerado por muitos um dos melhores dessa nova geração da MPB, que foi minha primeira indicação logo no inicio do blog...
Vocês podem conferir o que falei dele, clicando no titulo e indo para o dia indicado...
As músicas de hoje são quatro interpretações muito legais e gostaria que vocês procurassem esse cantor, vale a pena vocês conhecerem:

Anabela
(Mário Gil e Paulo César Pinheiro)
No porto de Vila Velha
Vi Anabela chegar
Olho de chama de vela
Cabelo de velejar
Pele de fruta cabocla
Com a boca de cambucá
Seios de agulha de bússola
Na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela
Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro
Veio Anabela deitar
Vento eriçava o meu pelo
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com mãos de rodamoinho
Fez o meu barco afundar
E eu que pensei que fazia
Daquele ventre o meu cais
Só percebi meu naufrágio
Quando era tarde demais
Vi Anabela partindo
Pra não voltar nunca mais


Bambayuque
(Zeca Baleiro)
Enquanto você na arquibancada eu na geral

Enquanto eu além de tudo você afinal
Enquanto eu rondó você madrigal
Enquanto eu paro e penso você avança o sinal
Enquanto você carta marcada eu canastra real
Enquanto eu lugar-comum você especial
Enquanto eu na cozinha você no quintal
Você dois pra lá
E eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão
Enquanto você kamikaze eu general
Enquanto eu Paquetá você Cabo Canaveral
Enquanto eu média luz você carnaval
Enquanto você no Olimpo ai de mim mortal
Enquanto você brisa eu vendaval
Enquanto você Roberto eu Hermeto Paschoal
Enquanto você monumento eu pedra de sal
Enquanto você na folia eu no funeral
Enquanto eu matriz você filial
Enquanto você Branca de Neve eu Lobo Mau
Enquanto eu papai-mamãe você sexo oral
Enquanto eu na canção você no parque industrial

O Amor
(Caetano Veloso e Ney Costa Santos sobre poema de Vladimir Maiakovsky)
Talvez

Quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo o que não pudemos amar na vida
Com o estelar das noites inumeráveis
Ressuscita-meAinda que mais não seja
Por que sou poeta
E ansiava o futuro
Ressuscita-me
Lutando contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
Quero acabar de viver
O que me cabe, minha vida
Para que não mais existam
Amores servis
Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco
Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme
E o pai
Seja pelo menos o universo
E a mãe
Seja no mínimo a terra

Passarinheiro
(Jean Garfunkel e Pratinha)
Arranquei essa tirana

Do bojo do violão
A sorte é uma cigana
Que escreveu na minha mão
No meio dos seus rabiscos
Só duas coisas eu entendo
Correr mundo, correr risco
E o resto é seguir vivendo
Meu coração é um alazão passarinheiro
Sem freio, nem ferradura
Riscando o casco no vento
Só por paixão ele galopa assim ligeiro
Pois empaca que nem mula
Diante do sofrimento
Risquei fogo e fiz fandango
Bem no meio do terreiro
Meu senhor dono da casa
Não me vendo por dinheiro
Mas barganho pelo encanto
Do calor e da amizade
Em troca lhe dou meu canto
Pra alegrar sua saudade

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello