sábado, maio 10, 2008

Voltando ao Blog com Chave de Ouro

Olha eu de volta por aqui, meu povo...
Depois de um show monumental que assisti ontem, tinha que vir compartilhar com todos, a exuberância de uma cantora que tem o gene da música e que já provou não ser a cópia da mãe e sim uma mulher de talento e competência para dominar o público, Salve Maria Rita...
Ontem, aliás, hoje já que o show começou por volta da 12:15 com o Chevrolet Hall cheio mas não lotado ela chegou comandando a festa com uma presença de palco,com cereza herança da mãe, que impressiona e visivelmente emocionada homenageou a terra da sua produtora, que é pernambucana, falando que comeu macaxeira com carne de sol e que tinha uma responsabilidade muito grande por está cantando aqui...
Com um repertório baseado no Samba Meu, seu último disco, mas sem esquecer os grandes sucessos de suas outras obras, ela mostrou uma alegria cantando, como a muito eu não via num artista, o prazer era visivel no seu sorriso e com uma banda afinada, passou 1:15 desfilando, sambando, posando para fotos e voltou para o bis onde deve ter cantando mais um tempinho, nesse momento tive que sair, pois a chuva denunciava que teria trabalho para pegar meu carro, mas valeu a pena ir pela segunda vez no Chevrolet e pela primeira vez ver essa musa da MPB...
Quanto ao show de abertura, o Nós 4 fez um show simples com seu repertório de covers com novos arranjos já conhecido do grande público, o que satisfez a espera pela atração principal...
Bom, como é de costume, vou colocar quatro músicas do Samba Meu que fizeram parte do repertório do show:



Tá Perdoado
(Arlindo Cruz / Franco)
Defumei o corredor,
Perfumei o elevador
Pra tirar de vez o mau olhado
A saudade me esquentou
Consertei o ventilador
Pro teu corpo não ficar suado
Nessa onda de calor
Eu até peguei uma cor
com o corpo todo bronzeado
Seja do jeito que for
Eu te juro meu amor
Se quiser voltar, perdoado
Fui a a Salvador
De joelho ao Redentor
Pra ver nosso amor abençoado
Nosso lar se enfeitou
A esperança germinou
Ah, tem muita flor
Pra todo lado
Pra curar a minha dor
Procurei um bom doutor
Me mandou beijar teu beijo
Mais molhado
Seja do jeito que for
Eu te juro, meu amor,
Se quiser voltar, perdoado
E se voltar te dou café
Preliminar com cafuné
Pra deixar teu dia mais gostoso
Pode almoçar o que quiser,
E repetir,
Te dou colher
Faz daquele jeito carinhoso
Deixa pintar o entardecer
E o sol brincar de se esconder
Tarde e chuva
Eu fico mais fogosa
E vai ficando pro jantar
Tu vai ver ,
Pode esperar
Que a noite será maravilhosa

O Homem Falou
(Gonzaguinha)
Pode chegar que a festa vai é começar agora
E é pra chegar quem quiser,
Deixe a tristeza pra lá
E traga o seu coração, sua presença de irmão
Nós precisamos de você nesse cordão
Pode chegar que a casa é grande e é toda nossa
Vamos limpar o salão, para um desfile melhor
Vamos cuidar da harmonia, da nossa evolução
Da unidade vai nascer a nova idade
Da unidade vai nascer a novidade
E é pra chegar sabendo
Que a gente tem o sol na mão
E o brilho das pessoas é bem maior
Irá iluminar nossas manhãs
Vamos levar o samba com união
No pique de uma escola campeã
Não vamos deixar ninguém atrapalhar
A nossa passagem
Não vamos deixar ninguém chegar com sacanagem
Vambora que a hora é essa e vamos ganhar
Não vamos deixar uns e outros melar
Eô eô eá, que a festa vai apenas começar
Eô eô eá, não vamos deixar ninguém dispersar

Casa de Noca
(Serginho Meriti / Nei Jota Carlos / Elson Do Pagode)
O couro comeu na casa de noca, nêgo
Não teve jeito
Na casa de noca, quando o couro come,
É sinal que a dona quer respeito
Tem nego pensando que a casa de noca
É farra, é fofoca
É canjerê
Que é só ir chegando,
Entrando e pegando
Levando na marra a primeira que vê
Ah, nêgo!
Mexeu com fogo
Deu uma de bobo,
E bobo não pode beber
Da água que jorra da fonte
Não fale, não conte,
Pois ele não vai entender
Pisou na entrada e na saída
E nessa vida tem que ter molejo,
Jogo de corpo, uma boa visão
Tem que ser maleável,
Olha lá meu irmão
Bote a bola no chão

Maria do Socorro
(Edu Krieger)
Maria do Socorro
Suas pernas torneadas
Pelas ladeiras do morro
Ela vai pro baile funk
De shortinho, top e gorro
É afim do Zé Galinha
Mas namora o Zé Cachorro
E no baile
Só dá ela, só dá ela
Já foi Miss Comunidade
Na favela
Hoje sonha
Em morar n'outro lugar
Mas Zé cachorro não deixa
A gata se queixa
Mas fica por lá
Um Abraço para Todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem