sábado, julho 02, 2005

Uma Cantora que Merece Ser Descoberta


Um Show Imperdivel


Tem umas coisas que acontecem na vida da gente que nos deixa impressionado com as coincidências da vida...
Como já falei eu trabalhava na Music Store loja de Cd´s que existia aqui em Recife, e num belo dia de tarde um cantor e compositor conhecido por fazer um trabalho de música nordestina em trio eletrico chamado Marrom Brasileiro entra na loja com uma menina timida e no setor de instrumentos musicais ele pegou um violão e deu um show cantando várias músicas de MPB...
De repente Isabela Moraes começa a cantar e encanta a tods os vendedores e clientes que estavam presentes lá...
Quase cinco anos depois eu encontro com ela na minha faculdade, já que é amiga de Any Perla, uma aluna de lá e acaba participando de um trabalho meu no final do ano passado onde gravamos um programa de entrevistas sobre MPB...
Na imagem acima tem as indicações do show que ela vai realizar hoje no Sesc Capiba espero que todos possam ir, cliquem lá e vejam...
As músicas de hoje são as quatro que ela cantou e encantou a todos que estavam lá na gravação e aos que assistiram depois:


Cafuné
(Isabela Moraes)
Meu amor não chora
Tanta saudade não cura
O dia de ir embora
E a vida faz com a despedida
Aumentar o querer
E quem faz cafuné
Não tenha saudade
De mim ainda não
Não pensa em voltar
Sem me convidar
Não passa pra me buscar
Te espero em outra estação
Não vou estar na casa
Eu quero voltar em setembro
Poder te ver pela vidraça
E quando perguntar o que fazer
Quanto a mim direi faça...

Pra Dizer Que Me Quer
(Isabela Moraes)
Se toda frase me subtrair
O meu desejo soma
Você atropelou meu coração
E me deixou em coma
Meu peito um avião à jato
Jorrando Água No Deserto
Você não se decide
E eu deixo o meu poema incerto
Se hoje você quer me ver sumir
Te dou uma carona
Pro espaço pra umas férias no Haiti
Ou pra um hotel em Roma
A nossa viagem prossegue
Num mapa de vapor carnal
Eu saio de seus poros e em seus olhos
Eu vejo o sinal
Pra dizer que me quer
Não precisa dizer que me quer
Que me quer
Não precisa me ver que me quer
Não precisa dizer que me ama
Pra dizer que me quer
Não precisa dizer que me quer
Que me quer
Não precisa me ver que me quer
Não precisa me levar pra cama
Cabana
(Isabela Moraes)
Ele não me quis
Prometi que o faria feliz
Lhe dei meu desespero
Lhe dei meu exagero
Quem sabe um dia ele irá voltar
Arrependido pedir pra ficar
Dizendo que me ama
E que topa casar
Viver do meu amor
E uma cabana
Viver dessa paixão
E ar sem mar sem lar família e grana
Viver dessa paixão
E ar sem mar sem lar família e grana

O Bem
(Marron Brasileiro)
Eu quero desnudar seu coração
Quero ler s sua mão
Descobrir se há muito
Mais nos seus pontos cardeais
Pelas tintas dos murais
Já sentiu felicidade
Eu quero desnudar seu coração
Quero ler a sua mão
O que diz o seu olhar
O que o vento traz no ar
Pelas ruas que eu passar
Não me chamarei saudade
Se é pra viver que seja por
Nós dois que esse mundo
É nada nem sempre
O resto fica pra depois
Vem pra minha estrada
Olhar pro mesmo horizonte
Que eu olhar
Dividir o tempo
Que passará sem nada perguntar
Você que sou eu que vivo em você
Que morando em mim me traz sua alma
Você que sou eu que vivo em você
Que morando em mim revela o bem do amor
Você que sou eu que vivo em você
Que morando em mim me traz sua alma
Você que sou eu que vivo em você
Que morando em mim
Desnuda o bem que o amor revela ao coração
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, julho 01, 2005

Temos a Capital Cultural Brasileira


A Capital Cultural do Brasil

Depois de um mês só falando de forró, ontem tive uma noticia muito interessante e que o blog não podia deixar de falar...
Olinda foi eleita a capital cultural do Brasil o que orgulha todos os nordestinos, principalmente aos pernambucanos que tentam divulgar a cultura como esse humilde amigo...
Tem um link com a matéria falando sobre a eleição no titulo, entrem lá...
Quatro músicas que escolhi para homenagear essa cidade que representam a história desse blog e a dela, como por exemploa primeira uma homenagem feita pelo cara que mais foi falado aqui, a segunda e a terceira são clássicos de homenagens a ela e a última é o hino oficial da cidade:

Canto à Olinda
(Geraldo Lins)
Vou comparar teus olhos com aquela lua
Vou mergulhar no embalo desse meu cantar
Eu vou pra lá, vou te levar
A concha vai reproduzindo
Os acordes do mar
De tempo em tempo
Vai crescendo a vontade de te encontrar
Foi lá ladeira,
Foi na figura feminina de Olinda
Que eu encontrei você
Foi na Ribeira
Foi na figura colorida das Olindas
Tava louco para te ver
Hino do Elefante de Olinda
( Clídio Nigro / Clóvis Pereira)
Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a sua tradição
E também o seu explendor
Olinda esse meu canto
Foi inspirado em seu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho lhe oferecer
Com alegria o meu amor.
Olinda!
Quero cantar
A ti, esta canção
Teus coqueirais
O teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração
De amor a sonhar
Minha Olinda sem igual
Salve o teu carnaval.
Olinda
(Alceu Valença)
Olinda
Tens a paz dos mosteiros da Índia
Tu és linda
Prá mim és ainda
Minha mulherCalada
O silêncio rompe a madrugada
Já não somos aflitos nem nada
Minha mulher
Tu voltas
Entre frutas, verão e tu voltas
Abriremos janelas e portas
Minha mulher
Olinda...
Hino de Olinda
(Themístocles de Andrade/José Lourenço da Silva (Capitão Zuzinha))
Olinda, cofre sublime
De brilhantes tradições
Teu nome beleza exprime
E produz inspirações.
Teu céu, teu mar, teus coqueiros,
Ruinas, praias, luar
Despertam sonhos fagueiros,
Deslumbrando nosso olhar.
Olinda, tão sedutora
Quanta beleza conténs!
Sendo assim merecedora
Do lindo nome que tens.
De nossa brasilidade
Foste o berço singular!
No teu solo a liberdade
Nunca deixou de brilhar.
Olinda, honrando a memória
Do artista que te fundou,
Com ele reparte a glória
Que tua alma alcançou.
Que majestade suprema
Existe em tudo o que é teu!
Tu és Olinda, um poema
Que a natureza escreveu!...
Glória a Duarte Coelho,
Que ouvindo o justo conselho
De inspiração genial
Deu luz, prestígio e beleza,
Força, progresso, grandeza,a ti,
Olinda imortal.
Parabéns Olinda a Capital Cultural do Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, junho 30, 2005

Os Forrozeiros em Junho 30, Encerrando o Mês Junino


Encerrando com o Mestre

Estou encerrando esse mês de junho de festas juninas com o grande mestre...
Ao invés de botar mais músicas agitadas, resolvi que deveria terminar com umas que representassem o lado melancólico do nordestino com temas mais triste, mas que mostra a beleza da poesia matuta:


Assum Preto
(Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira)
Tudo em vorta é só beleza
Sol de Abril e a mata em frô
Mas Assum Preto, cego dos óio
Num vendo a luz, ai, canta de dor
Tarvez por ignorança
Ou mardade das pió
Furaro os óio do Assum Preto
Pra ele assim, ai, cantá de mió
Assum Preto veve sorto
Mas num pode avuá
Mil vezes a sina de uma gaiola
Desde que o céu, ai, pudesse oiá
Assum Preto, o meu cantar
É tão triste como o teu
Também roubaro o meu amor
Que era a luz, ai, dos óios meus

Súplica Cearense
(Gordurinha/ Nelinho)

Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará
Luar do Sertão
(Catulo da Paixão Cearense)

Não há, ó gente, oh não
Luar como este do sertão...
Oh que saudade do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
Folhas secas pelo chão
Esse luar cá da cidade tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão
Se a lua nasce por delas da verde mata
Mais porem um sol de prata prateando a solidão
A gente pega na viola que ponteia
E a canção é a lua cheia
A nos nascer do coração
Se Deus me ouvisse
Com amor e caridade
Me faria essa vontade
O ideal do coração:
Era que a morte
A descontar me surpreendesse
E eu morresse numa noite
De luar do meu sertão
A Morte do Vaqueiro
(Luiz Gonzaga / Nelson Barbalho)
Ei, gado, oi....
Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar
Tão valente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro
Que inda chora a sua dor
É demais, tanta dor a chorar, com amor
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo, tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
E... Ei.......
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, junho 29, 2005

Os Forrozeiros em Junho 29


Pai e Filho no Forró

Esses dois artistas mostram a força da nordestinidade na música brasileira, pois pai e filho fizeram história cantando as suas origens...
Sem mais delongas vamos as musicas de hoje que estão em alguns dos discos que eles gravaram juntos:

Não Vendo Nem Troco
(Gonzagão /Gonzaguinha)
Olha que pedaço
É pra sonhar!
Que coisa mais bonita,
Que belo animal
Você está querendo se engraçar
Não é pra vender,
Nem é pra trocar
Olha que molejo que ela tem
Beleza sem igual
Que graça tem também
Ela é formosa,
Sei muito bem,
Por isso que ela é minha,
Não divido com ninguém
É meu xodó,
É meus amô
Ela me acompanha
Pelos canto adonde eu vou
É companhia de qualidade
É de confiança e tranquilidade
Tenha mais vergonha
Tenha mais respeito
Ela não se engraça
Com qualquer sujeito
Mas com esse molejo,
Com esse tempero
Você não compra nunca
Guarde seu dinheiro
Mas é que ela é cobiçada
Em todo esse sertão
Essa véia é minha
E eu não troco não
Essa véia é minha vida,
Vendo não senhor!
Essa égua eu não vendo,
Não troco, nem dô
A Vida do Viajante
(Luiz Gonzaga /Hervê Cordovil)
Minha vida é andar por esse país
Pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações
Das terras onde passei
Andando pelos sertões
E dos amigos que lá deixei
Chuva e sol
Poeira e carvão
Longe de casa sigo o roteiro
Mais uma estação
E alegria no coração
Mar e terra
Inverno e verão
Mostro o sorriso
Mostro a alegria
Mas eu mesmo não
E a saudade no coração
Respeita Januário
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)
Quando eu voltei lá no sertão
Eu quis mangar de Januário
Com meu fole prateado
Só de baixo, cento e vinte, botão preto bem juntinho
Como nêgo empareado
Mas antes de fazer bonito de passagem por Granito
Foram logo me dizendo:
De Itaboca à Rancharia, de Salgueiro à Bodocó,
Januário é o maior!
E foi aí que me falou mei' zangado o véi Jacó:
Luí respeita Januário
Luí respeita Januário
Luí, tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, Luí
Luí, respeita os oito baixos do teu pai
Pense N'eu
(Gonzaguinha)
Pense n'eu quando em vez coração
Pense n'eu vez em quando
Onde estou, onde estarei
Se sorrindo ou se chorando
Se sorrindo ou se chorando
Pense n'eu... vez em quando
Pense n'eu... vez em quando
Tô na estrada, tô sorrindo apaixonado
Pela gente e pelo povo do meu país
Olêlê
Tô feliz pois apesar do sofrimento
Vejo um povo de alegria bem na raízvamos lá
Alegria muita paz e esperança
Na esperança de fazer tudo melhore será
Alegria o meu nome é união
E povo unido é beleza mais maior
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, junho 28, 2005

Os Forrozeiros em Junho 28, Salve o Rei do Baião


O Mestre de Volta

Eu resolvi, mesmo sabendo que existem muitos forrozeiros para falar, homenagear nesses últimos dias do blog o nosso Gonzagão...
Afinal de contas ele é a maior referência quando se fala em forró no país inteiro, então nada mais justo...
Vamos salvar o Parque Aza Branca em Exu, que está passando por dificuldades de manter o acervo do Rei do Baião...
Sem link no titulo, apenas com quatro músicas para dançar o pé de serra autêntico e saber que ele está vivo nas nossas memórias e nunca vai ser esquecido:


Viola de Penedo
(Luiz Bandeira)
Lingo, lingo, lingo, lingo,
A viola de penedotoca ponteado.
Bongo, bongo, bongo, bongo,
É zabumba a noite todano coco rodado.
Zé Catumé de Porto Calmo,
Num coco em Jaboatão,
Fez todo mundo dar risada
Na primeira embigada
Que levou e sentou no chão.
A fazer coisa que eu não gosto,
Prefiro ir preso e passar fome.
Morro dizendo que não quero,
Não aceito e não tolero
Dança de home com home.
Coco que tem mulher bonita,
A noite passa e ninguém sente.
Elas mantêm a gente preso
E tudo que é home aceso
Dando embigada na gente.
Cabra enxerido eu dou cachaça
E finjo que bebo com ele.
Se ele fica bebo e dorme,
Não tem talvez nem conforme,
Vou rodar com a mulher dele
Riacho do Navio
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no mei do mar
O rio São Francisco
Vai bater no mei do mar
Ah! se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as pega de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia
Das Terra civilizada.
Forró no Escuro
(Luis Gonzaga / Miguel Lima)
O candeeiro se apagou
O sanfoneiro cochilou
A sanfona não parou
E o forró continuou
Meu amor não vá simbora
Não vá simbora
Fique mais um bucadinho
Um bucadinho
Se você for seu nego chora
Seu nego chora
Vamos dançar mais um tiquinho
Mais um tiquinho
Quando eu entro numa farra
Num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra
E pegar o sol com a mão
Forró de Mané Vito
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Seu delegado, digo a vossa senhoria
Eu sou fio de uma famia
Que não gosta de fuá
Mas tresantontem
No forró de Mané Vito
Tive que fazer bonito
A razão vou lhe explicar
Bitola no Ganzá
Preá no reco-reco
Na sanfona de Zé Marreco
Se danaram pra tocar
Praqui, prali, pra lá
Dançava com Rosinha
Quando o Zeca de Sianinha
Me proibiu de dançar
Seu delegado, sem encrenca eu não brigo
Se ninguém bulir comigo
Num sou homem pra brigar
Mas nessa festa
Seu dotô, perdi a carma
Tive que pegá nas arma
Pois num gosto de apanhar
Pra Zeca se assombrar
Mandei parar o fole
Mas o cabra num é mole
Quis partir pra me pegar
Puxei do meu punhá
Soprei o candieiro
Botei tudo pro terreiro
Fiz o samba se acabar.
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, junho 27, 2005

Os Forrozeiros em Junho 27


Mais um Grupo do Sudeste Fazendo Forró


Estamos na última semana de forró nesse mês junino aqui no blog...
Antes de mais nada gostaria de dar os parabéns aos meus pais pelos quarenta e um anos de casados!!!!
Um grupo que junto com o Falamansa, Rastapé, Paratodos, o Forróçacana apareceu nesse momento de forró universitário e divulgam o que esse ritmo tem de mais contagiante...
No titulo tem o link para o site oficial deles, entrem e conheçam um pouco mais da carreira desses jovens forrozeiros...
As músicas de hoje foram gravadas por eles na sua discografia, a primeira é o grande sucesso da sua carreira, a segunda está no primeiro disco deles e as duas últimas são dois clássicos de Gonzagão:



Menina Mulher da Pele Preta
(Jorge Ben Jor)
Essa menina mulher, da pele preta
Dos olhos azuis, e sorriso branco
Não está me deixando dormir sossegado
Será que ela não sabe, que eu fico acordado
Pensando nela, todo dia toda hora
Passando pela minha janela, todo dia toda hora
Sabendo que eu fico a olhar, com malícia
A sua pele preta, com malícia
Seus olhos azuis, com malícia
Seu sorriso branco, com malícia
Seu corpo todo enfim, com malícia
Com malícia
Será que quando, eu fico acordado
Pensando nela, ela pensa um pouco em mim?
Um pouco em mim
Com malicia


Catuca
(Duani)
Eu vou pegar você na sua
E vou botar você na minha
Eu vou botar a minha na sua
E vou pegar você na minha
Eu sou mais doido que você
Um dia você vai compreender
Quando pensar que não me dá mais bola
Sou eu que estou com a bola e já ganhei você
Com esse teu carinho eu me arrepio todo
E esse teu jeitinho a mim só faz um bem
Se é prate dar um arroxo eu passo a noite toda
Beijando o seu pescoço e não danço com mais ninguém
Danço com mais ningém Porque
pra mim a gata mais bonita é você
Há muito tempo que eu estou querendo
Uma oportunidade pra melhor te conhecer
Eu só queria ter você
Com o melhor que tiver pra me oferecer
Vem pra ver meu bem como é melhor
Passar comigo a noite num arroxo só
Pagode Russo
(Luiz Gonzaga/João Silva)
Ontem eu sonhei
Que estava em Moscou
Dançando pagode russo
Na boate Cossacou
Parecia até um frevo
Naquele cai e não cai
Parecia até um frevo
Naquele vai e não vai
Entra Cossaco
Cossaco dança agora
Na dança do Cossaco
Não fica Cossaco fora

Olha Pro Céu
(Luiz Gonzaga/José Fernandes)
Olha pro céu, meu amor
Vê como ele está lindo
Olha praquele balão multicor
Como no céu vai sumindo
Foi numa noite, igual a esta
Que tu me deste o coração
O céu estava, assim em festa
Pois era noite de São João
Havia balões no ar
Xote, baião no salão
E no terreiro
O teu olhar, que incendiou
Meu coração
Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, junho 26, 2005

Os Forrozeiros em Junho 26


Um Grupo de Petrolina que faz Forró

Esses caras eu descobri através do meu amigo Antônio Geraldo e achei um trabalho bem interessante...
Lá em Petrolina os Matingueiros já estiveram em reportagens em nivel nacional na Globo onde mostraram um pouco do seu trabalho...
Eles não tem um site ainda na internet, por isso não tem link no titulo...
É uma banda que passeia por todos ritmos nordestinos, mas como estamos em épocas juninas, colocarei uns forrozinhos do repertório deles:


Matingueiros
(Wagner Lima)

Sou matingueiro do nordeste brasileiro
Petrolina, Juazeiro acabamos de chegar
Grande alegria é cantar nossa cultura
Nos banhamos na água pura
São Francisco é nosso mar
E navegando guiado pelas carrancas
Que o azar da frente arranca
Pro barco poder passar
Já faz é tempo que a ponte não levanta
Quem vier atravessar
E não importa o seu destino ou sua rota
Se é na ida ou se é na volta
Tudo é um só lugar
E esse calor que assola todo ano
Menor que calor humano
Que o povo tem pra dar
E é baião no São João pernambucano
Frevo, Carnaval baiano
O nordeste é nosso lar


Porque Sou
(Wagner Lima)

Quando a coisa é boa eu conheço só no cheiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Depois chegando a fome preparo um feijão tropeiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
E se quero sombra vou no pé do Umbuzeiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Se não tô em Petrolina, eu estou em Juazeiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Passo calor, fome, sede e continuo em paz
Porque sou matingueiro
Me banho no São Francisco até não poder mais
Porque sou matingueiro
Mas sei que no mundo inteiro todos são iguais
Gosto de uma menina do sorriso bem faceiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Se é pra namorar eu apago o candeeiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Correndo do pai dela subo até num facheiro
Porque sou matingueiro, porque sou matingueiro
Se não tô em Petrolina, eu estou em Juazeiro


Pra Fazer Chá
(Wagner Lima)
Tava parado no meio da feira
Quando o fio de Zé Pereira
Apareceu pra me chamar
Falou que o pai estava bem
E de repente amarelou caiu doente
Nem deu tempo falar
Mas Zé Pereira não tem vicio
Nem mania nunca come as porcaria
Que vem lá da capital
E desconheço tal tipo de enfermidade
Vou juntar boa quantidade
De casca para fazer chá
Cortar uns mato, raiz, erva de outra plantas
E vou rezar pra minha santa
Meu cumpadre não levar
E é na terra que vou encontrar
A cura fazendo essa mistura
Nesse chá vou colocar
Jurubeba, hortelã, erva cidreira
Alfazema, aroeira, quebra-pedra e juá
Capim santo, malva, losna, marmeleiro
Liamba, arruda, imbuzeiro, caju-roxo e quixabá
Erva-moura, fedegoso, catuaba, safroa
Beterraba, manjeiricão, maracujá
Umburana, caroço de amendoim
Canafistula, alecrim, semente de abertura
Pra fazer chá, pra fazer chá
Vou catar uns cogumelos e fazer chá
Pra fazer chá, pra fazer chá
Vou juntar bem muita casca e fazer chá



Opara
(Wagner Lima)

Opara parapara opara para
Na beira do São Francisco o tempo vem
Na beira do São Francisco o tempo vai
Na beira do São Francisco o tempo vem
Na beira do São Francisco o tempo vai
Um banho de rio nesse sol cai bem
A lua cheia quando a noite cai
Ontem eu fui mar, hoje eu sou rio
Ontem fui mar, chuva no estio
Ontem eu fui mar, hoje sou rio
Vou te encontrar no estio
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem