segunda-feira, setembro 26, 2005

Uma Nova História

Atualizando hoje para falar que estou muito feliz com as demontrações de carinho que recebi até agora em virtude do meu aniversário...
Esse ano eu comecei uma etapa nova na minha vida, estou terminando a faculdade e encontrei uma pessoa que me faz muito feliz...
Trinta e um anos de vida, que estão me fazendo acreditar que tudo ocorre no momento certo, não adianta forçar barras que quando tem que acontecer, acontece...
O momento especial que estou vivendo, espero que dure muito tempo...
As músicas de hoje tem um significado especial, a primeira e a segunda são as minhas duas músicas preferidas que são de uma época onde comecei a descobrir essa minha paixão por música brasileira, a terceira é para homenagear o grande comediante Ronald Golias que para minha tristeza faleceu nesse dia especial e a última tem a magia de dizer que um novo tempo começou e com isso eu homenageio a MPB, pois hoje além de tudo é o dia dela:





Codinome Beija-Flor
(Cazuza/Ezequiel Neves /Reinaldo Arias)
Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou
Pra que tentar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor (nunca)
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

Somos Quem Podemos Ser
(Humberto Gessinger)
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Um dia me disseram
Que os ventos às vezes erram a direção
E tudo ficou tão claro
Um intervalo na escuridão
Uma estrela de brilho raro
Um disparo para um coração
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Quem eram os donos da situação
Sem querer eles me deram
As chaves que abrem esta prisão
E tudo ficou tão claro
O que era raro ficou comum
Como um dia depois do outro
Como um dia, um dia comum
A vida imita o vídeo
Garotos inventam um novo inglês
Vivendo num país sedento
Um momento de embriaguez
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Um dia me disseram
Que as nuvens não eram de algodão
Sem querer eles me deram as chaves
que abrem essa prisão
Quem ocupa o trono tem culpa
Quem oculta o crime também
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
Televisão
(Toni Bellotto /Marcelo Fromer/Arnaldo Antunes)
A televisão me deixou burro, muito burro demais
Agora todas coisas que eu penso me parecem iguais
O sorvete me deixou gripado pelo resto da vida
E agora toda noite quando deito é boa noite, querida.
Ô cride, fala pra mãe
Que eu nunca li num livro que um espirro
fosse um virus sem cura
Vê se me entende pelo menas uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mae!
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Ô cride, fala pra mãe!
A mãe diz pra eu fazer alguma coisa mas eu nao faço nada
A luz do sol me incomoda, entao deixa a cortina fechada
É que a televisão me deixou burro, muito burro demais
E agora eu vivo dentro dessa jaula junto dos animais
Ô cride, fala pra mãe
Que tudo que a antena captar meu coração captura
Vê se me entende pelo menos uma vez, criatura!
Novo Tempo
(Ivan Lins)
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos crescidos, estamos atentos, estamos mais vivos
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança
Seja sempre um caminho que se deixa de herança
No novo tempo, apesar dos castigos
De toda fadiga, de toda injustiça, estamos na briga
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
De todos os pecados, de todos enganos, estamos marcados
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
No novo tempo, apesar dos castigos
Estamos em cena, estamos nas ruas, quebrando as algemas
Pra nos socorrer, pra nos socorrer, pra nos socorrer
No novo tempo, apesar dos perigos
A gente se encontra cantando na praça, fazendo pirraça
Pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

O Coroamento de uma Carreira

Sábado tive a honra de estar no coroamento da carreira do artista mais falado aqui no blog...
Geraldinho Lins fez um show emocionante, o próprio estava visivelmente emocionado, defendendo as cores de Pernambuco como faz desde a época do Flor da Pele e depois do Quenga de Coco...
A emoção de ver um amigo sendo ovacionado por um público que sabia de cor suas canções e encontrar pessoas que não via há muito tempo, que como eu acompanharam todo o inicio de carreira dele, realmente tornou a noite de sábado muito especial, principalmente para mim, já que até arriscar uns passos de forró eu arrisquei com uma pessoa muito especial na minha vida, né Milla????
As músicas de hoje estavam no repertório do show e espero que estejam no DVD, já que são marcas registradas dessa brilhante carreira:



Xote da Saudade
(Geraldinho Lins / Carlinhos Borges)

Eu já sabia
Que um dia sentiria saudade sua
Pedi arrego todo dia aquela Lua
E me inspirava em teu olhar pra cantar
E o aconchego
E o teu chamego agora só era lembrança
A paz não vinha
E o jeito era entrar na dança
Queria te esquecer pra nunca mais sofrer
Mas não é assim
Ninguém manda em coração apaixonado
Tô entregue, tô todo desmantelado,
Por causa do amor que você me ensinou
E essa dor
Eu consolo com o toque de sanfona
Enquanto você não vem
Eu espero noite e dia
Fazendo fantasias
Recriando nosso mundo
E doeu sim
Foi a saudade que bateu
Tenha dó de mim
E vem ficar mais eu

Amor do Sertão
(Geraldo Lins/ Luciano Barros)

Amor do Sertão
Aconteceu comigo
Lá para as bandas da Bahia
Cheirei a menina
Nos seus olhos se via meu futuro, minha sina
Meu pranto rolava como as águas das cascatas
Daí a pouco a viola choraria
Toda a dor que meu peito confrangia
E a saudade da cabloca que saiu em retirada
Igualzim aos Passarim que saíram em revoada
Deixando no sertão uma alma abandonada
Mas deixe está ingratidão
Ao cantar da Patativa outro sol já vai nascer
Vou tirar de minha mente
Vou cantar outro repente, vou tentar te esquecer...
A solidão bateu Asa Branca foi-se embora
Mandacaru secou, está chegando minha hora
Minha vida agora é noite, já não vejo mais a aurora
Tudo pro causa da cabloca que nasceu lá no sertão
Tomando minha vida e também meu coração
Me prometendo muito amor, mas me trocou por outro João

Poeta Cantador
(Geraldo Lins)
Canto um repente, pra falar de nossa gente
Quer viver dignamente, quer a viola tocar
Puxa um fole na sanfona cheira a nega no gangote
Vou cantar lá pelo Norte, poesia nordestina
Divulgada na Argentina, Bariloche, Cuiabá
Viro A noite pelo avesso, sou poeta cantador
Morena reconheço, com seu jeito tentador
Você me mata de amor, caatinga seca o açude vai secando
E a vida vai mudando novamente devagar
Religião e a crença popular, reza para Padim Ciço não deixar tudo acabar
Tem Lampião, o terror da região
Cabra macho desbravador, das entranhas do sertão
Tem casamento na noite de São João
A fogueira tá acesa, tem forró a noite inteira
É Maria com João

Nação Nordestina
(Geraldo Lins/ Luciano Barros)

Os meus olhos procuraram tanto, tanto um canto e acharam
Vida de errante que vagueia como um som enluarado
E pra começo de conversa eu só tô interessado
Em falar num tom medonho, pra quem vem prevaricando
Mesmo estando calejado eu não vou ficar calado
Vou falar da minha gente, continuo dizendo oxente
Graças a Deus a esse estado de fraqueza
Eu já tô imunizado, minha nação é nordestina
E trás no sangue o suor dessa caatinga
E tem no peito o alimento da fé
Embora a seca tenha secado o seu pranto
O mundo agora vai ter que ouvir meu canto
Sou renitente, continuo dizendo oxente
Vou vingar meu astral cultureiro
Balaiada, Gonzaga, Conselheiro
Vou acordar o Maracatu que tá dormente
Lá na Europa, Paris e no Oriente
Nova Iorque vai ouvir o meu repente
Em todo canto eu vou dizer oxente
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem