sábado, junho 18, 2005

Os Forrozeiros em Junho 18, Um Ano de Blog!!!!


Um Amigo Forrozeiro no primeiro ano do Blog

Um ano de muitas alegrias e frustrações como na época que não consegui postar durante pelo dois meses e que acabou com meus planos de colocar todos os dias...
Obrigado a Lu, Bia, Milla, Vivian, Pedro Procópio, e a todos aqueles que de forma direta ou indireta colaboraram para o projeto dar o resultado esperado...
E como nos seis meses do blog eu escolhi um grande amigo que é o maior homenageado aqui nesse ano e que é um dos colaboradores indiretos...
Geraldinho Lins se tornou o grande nome do forró nesse São João, fazendo um sem número de shows e mostrando o seu talento e tendo o seu reconhecimento por todos...
É com muito felicidade que posso dizer que sou amigo dele e gostaria que vocês entrassem no site oficial dele clicando no titulo...
As músicas de hoje são da fase de quando ele era o vocalista da banda Quenga de Coco e as duas primeiras são composições suas e as duas últimas são gravações de outros compositores:



Xote da Saudade
(Geraldinho Lins / Carlinhos Borges)
Eu já sabia
Que um dia sentiria saudade sua
Pedi arrego todo dia aquela Lua
E me inspirava em teu olhar pra cantar
E o aconchego
E o teu chamego agora só era lembrança
A paz não vinha
E o jeito era entrar na dança
Queria te esquecer pra nunca mais sofrer
Mas não é assim
Ninguém manda em coração apaixonado
Tô entregue, tô todo desmantelado,
Por causa do amor que você me ensinou
E essa dor
Eu consolo com o toque de sanfona
Enquanto você não vem
Eu espero noite e dia
Fazendo fantasias
Recriando nosso mundo
E doeu sim
Foi a saudade que bateu
Tenha dó de mim
E vem ficar mais eu
Não tem Chororô
(Geraldinho Lins)
Não tem chororô
Não tem mais pra quê
Depois desse forró
Quero encontrar você
Você que é o xodó do meu forró
A mania, a brincadeira
É chegada na doideira
Fica louca quando escuta
O tantam de uma zabumba
E sai dançando
Requebrando a cintura
Promovendo formosura
E machucando os corações
Deixando todo mundo com água na boca
Que coisa louca é você nesse forró
Não tem chororô
Não tem mais pra quê
Depois desse forró
Quero encontrar você
Você que tem tanta atribuição
Faz de tudo o tempo todo
Pra chamar minha atenção
Se avexe não tudo tem a sua hora
Você não perde por esperar
Eu terminar esse cantar
O Neném
(Cecéu)

Você faz de mim neném
Você me bota no colo
Me da tudo que eu quero
Cuida bem do que é seu
Você faz de mim neném
Me cobrindo de carinho
Sou igual um passarinho
Que tua gaiola me prendeu
Vou gritar pra todo mundo
Por que até agora não nasceu
Um neném bonitinho
Safadinho, sem vergonha como eu
Você faz de mim neném
Quando a gente tá na cama
Você fala que me ama
Diz que tudo aquilo é meu
Você faz de mim neném
Mulequinho tão dengoso
E eu fico curioso
Por que você me prometeu
Um neném pra nossa casa
Mas é que até agora não nasceu
Amor de São João
(Eduardo Krieger)
O meu amor mentiu pra mim
É tão difícil ter que terminar assim
Ofendido, magoado
Desiludido feito um cão abandonado
Ai ai amor
Tenho certeza que você me abandonou
Tá doendo, tá difícil
Ver nossa história, caminhar pro precipício
Eu te vi na festa de São João
Dançando agarradinha sem parar
Mas você insiste em dizer que não
Que não era você que estava lá
Ah, que posso fazer
Se eu quero você
Você só quer mentir pra mim
Ah, não dá pra entender
Por puro prazer
Você maltrata meu amor assim
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, junho 17, 2005

Os Forrozeiros em Junho 17


É Mais um dos Forrozeiros da MPB


O senhor ministro da cultura já fez dois discos exclusivamente sobre forró, então não poderia faltar aqui no blog nesse mês...
Gilberto Gil fez a trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles e depois lançou um disco que é a trilha do documentário Viva São João...
Como já tivemos homenagem ao ministro aqui no blog, coloquei no titulo o link para o site oficial dele, entrem e divirtam-se...
As músicas de hoje são forrós gravados durante a sua carreira e as duas primeiras são de sua autoria, a terceira é uma gravação que foi do primeiro disco citado e a última é um clássico:

Expresso 2222
(Gilberto Gil)
Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal, de água e sal
Ô, menina, de água e sal
Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim
Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu
De Onde vem o Baião
(Gilberto Gil)

Debaixo do barro do chão da pista onde se dança
Suspira uma sustança sustentada por um sopro divino
Que sobe pelos pés da gente e de repente se lança
Pela sanfona afora até o coração do menino
Debaixo do barro do chão da pista onde se dança
É como se Deus irradiasse uma forte energia
Que sobe pelo chão
E se transforma em ondas de baião, xaxado e xote
Que balança a trança do cabelo da menina, e quanta alegria!
De onde é que vem o baião?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vêm o xote e o xaxado?
Vêm debaixo do barro do chão
De onde vêm a esperança, a sustança espalhando
O verde dos teus olhos pela plantação?
Ô-ô Vêm debaixo do barro do chão
Esperando na Janela
(Targino Gondim/Manuca/Raimundinho do Acordeon)
Ainda me lembro do seu caminhar
Seu jeito de olhar
Eu me lembro bem
Fico querendo sentir o seu cheiro
É aquele jeito que ela tem
Tempo todo eu fico feito tonto
Sempre procurando mas ela não vem
E esse aperto no fundo do peito
Desses que o sujeito não pode agüentar
Ah! Esse aperto aumenta o meu desejo
E não vejo a hora de poder lhe falar
Por isso eu vou na casa dela, ai, ai
Falar do meu amor pra ela, vai
Tá me esperando na janela, ai, ai
Não sei se vou me segurar
Canto da Ema
(Ayres Viana/Alventino Cavalcante /João do Vale)

A ema gemeu no tronco do juremau
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que é o nosso amor, morena
Que vai se acabar?
Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar
Eu tenho medo, morena, eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Pra essa amor acabar
Vem morena, vem, vem, vem
Me beijar, me beijar
Dá um beijo, dá um beijo
Pra esse medo se acabar
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, junho 16, 2005

Os Forrozeiros em Junho 16


Mais um dos Forrozeiros da MPB

Um daqueles artistas que passeam por todos os estilos que norteiam a MPB...
Como já foi feito aqui antes das bandas, temos Fagner que já teve um post anterior , então por isso não vou me alongar...
Tem no titulo o link para o site oficial dele, entrem que vocês vão curtir...
As músicas de hoje são forrozinhos gravados durante sua carreira e que com certeza mostram a força desse ritmo:



Cavaleiro da Noite
(Alcymar Monteiro)
Ê Boi, ê Boi
Ê Boi, ê Boi
Ê Boi, ê Boi,
Ê Boi, ê Boi
Ê Boi, ê Boi
Um cavaleiro que corre no meio do noite
No meio do chuva, corisco e trovão
No brilho de um raio
Num cavalo baio, no escuridão
Voando, aboiando num cavalo alado
Levando seu gado, prum reino encantado
Já velho cansado, marcado, ferrado
No seu coração
Ê Boi, ê Boi
Mugindo seu gado no pé do mourão
Num grito de sorte
Um agôro de morte
Explode a boiada do seu coração
A porteiro se abriu
O cavaleiro partiu
E na boca do noite
Uma estrela surgiu
Último Pau-de-Arara
(Venâncio/Corumbá /J.Guimarães)
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover da de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
É Proibido Cochilar
(Antônio Barros)
O forró daqui é melhor de que o teu
O sanfoneiro é muita melhor
As moreninhas o noite inteira
No brincadeira levanta pó
É animado ninguém cochila
Chega faz fila pra dançar
E, na entrada está escrito
É proibido cochilar
É proibido cochilar
Cochilar, cochilar
É proibido cochilar
Cochilar, cochilar
A poeira sobe, o suor desce
A gente vê o sol raiar
O sanfoneiro padece
Mas, não pode reclamar
Se está ganhando dinheiro
É bom dinheiro ganhar
E ele leu na entrada
Que é proibido cochilar
Pedras que Cantam
(Dominguinhos/ Fausto Nilo)
Quem é rico mora na praia
Mas quem trabalha
Nem tem onde morar
Quem não chora dorme com fome
Mas quem tem nome joga prata no ar
Ô tempo duro no ambiente,
Ô tempo escuro na memória,
Ô tempo é quente
E o dragão é voraz....
Vamos embora de repente,
Vamos embora sem demora,
Vamos pra frente
Que pra trás não dá mais
Pra ser feliz num lugar
Pra sorrir e cantar
Tanta coisa a gente inventa,
Mas no dia que a poesia se arrebenta
É que as pedras vão cantar
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, junho 15, 2005

Os Forrozeiros em Junho 15


Outro Grupo de Forró no Sudeste

Mais um grupo do sudeste que faz um forró que todos chamam de universitário, mas que tem os méritos da divulgação desse ritmo...
Como o Falamansa o Rastapé é um grupo com sanfoneiro nordestino e que botou seus filhos para fazer o pé de serra...
No titulo tem o link para o site oficial deles, entrem lá e descubram mais da carreira dessa banda...
Hoje temos quatro músicas do primeiro disco deles que estourou no inicio do século vinte e um:



Colo de Menina
(Jorge Filho)

A lua quando brilha, falo de amor
No gingado desse xote, sinto teu calor
À noite acordado sonho com você, iê, iê, ê, ê
O som ligado e fico perturbado
Sem ter o que fazer
E tento sair dessa rotina
Não quero, não, colo de mamãe
Só quero colo de menina
E pouco a pouco conquistar teu coração
Num outro dia a gente se vê
Vou para um lugar que lembre do sertão
E canto xote pra te convencer
Vou te ensinar como viver é bom
E amar até, amar até
Até quando Deus quiser
E amar até, amar até
Até quando os dois "quisé"

Beijo Roubado
(Teté/ Danilo Moraes/ Rodrigo Castilho)
Tenho a vontade de abraçar a noite inteira
Até tentar um beijinho de beira
De bobeira, de bobeira
Meio de lado, sem cuidado e com receio
Do outro lado esquerdo do meio
De escanteio, de escanteio
Roubar um beijo
A gente sai, dança de lado
Um novo amor tava atrasado E dispara o coração
Porque beijo é bom roubado
Como um sorvete de paixão
Roubar um beijo
A gente sai, sorri de lado
Um novo amor tava atrasado
E dispara o coração
Porque beijo é bom roubado
sem cobertura da razão
Pega Ladrão, Pega Ladrão
Devolve o beijo que um só beijo é tentação
Pega Ladrão, Pega Ladrão
Devolve o beijo que um só beijo é tentação
Depois tem beijo de foca
Tem beijo de Borboleta
Tem beijo de carioca
Beijo de Bochecha
Tem beijo de quem gosta
Tem, beijo até de orelha


Xote Swingado
(Jorge Filho/Jair)
Vou viajando nos teus sonhos
Vou me ajeitando no teu coração
Vou chamegando no balanço do teu corpo
E a pouco a pouco me derreto de suor
Pois no forró não se dança lado a lado
Tem que ter corpo colado
Tem que ter uma pequena
Para passar a noite toda coladinho
No suor do teu corpinho
Muita coisa a gente inventa
Vem, pequena, dançar de rosto colado
Põe remelexo nesse xote swingado
Vem, querida, pode balançar com jeito
Que seu lugar é aqui junto do meu peito



Forró Universitário
(Jorge Filho/ Tico)
Quando o sol se for
E quando a noite chegar
Eu já tô lá
Eu já tô lá
E quando chega o fim do ano
Eu esqueço a faculdade
Chega de dificuldade
Eu quero facilitar
Em itaúnas
O forró tá tão gostoso
E eu quero te ver de novo
Dançando forró
Na beira-mar
Remexer por entre as dunas
Usar teu corpo como lençol
No outro dia o clima muda
Chamo a rapaziada
Que estou indo pra balada e arrasta-pé
Ao pôr-do-sol


Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, junho 14, 2005

Os Forrozeiros em Junho 14


Um Grupo que faz Forró no Sudeste

Hoje vou falar de um grupo que começou um movimento em São Paulo para divulgar o forró pé de serra...
Apesar de alguns torcerem o nariz para a música que eles fazem, temos que dar os créditos para o Falamansa que ajudou a levantar o forró tradicional em contraponto ao forró eletrônico que invadiu o país e utilizando um sanfoneiro pernambucano junto com três paulistas...
Sem mais para conhecer um pouco mais da banda cliquem no titulo e entrem no seu site oficial...
As músicas de hoje estão nos dois primeiros discos deles e foram os primeiros grandes sucessos da sua carreira:

Rindo à Toa
(Tato)
Tô numa boa, tô aqui de novo
Daqui não saio, daqui não me movo
Tenho certeza, este é o meu lugar
Tô numa boa, tô ficando esperto
Já não pergunto se isso tudo é certo
Uso esse tempo pra recomeçar
Doeu, doeu, agora não dói, não dói, não dói
Chorei, chorei agora não choro mais
Toda mágoa que passei
É motivo pra comemorar
Pois se não sofresse assim
Não tinha razões pra cantar
Mas eu tô rindo à toa
Não que a vida seja assim tão boa
Mas um sorriso ajuda a melhorar
E cantando assim parece que o tempo voa
Quanto mais triste mais bonito soa
Eu agradeço por poder cantar
Xote Dos Milagres
(Tato)
Escrevi seu nome na areia
O sangue que corre em mim sai da tua veia
Veja só você é a única que não me dá valor
Então por que será que este valor é o que eu ainda quero ter
Tenho tudo nas mãos, mas não tenho nada.
Então melhor ter nada e lutar pelo que eu quiser
Ê, mas péra aê.
Ouça o forró tocando e muita gente aê
Não é hora pra chorar
Porem não é pecado se eu falar de amor
Se eu canto sentimento seja ele qual for
Me leva onde eu quero ir
Se quiser também pode vir
Escuta o meu coração
Que bate no compasso da zabumba de paixão
Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer.
Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer.
Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer.
Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Falamansa faz milagre acontecer.
Xote da Alegria
(Tato)
Se um dia alguém mandou
Ser o que sou e o que gostar
Não sei quem sou e vou mudar
Ser aquilo que eu sempre quis
E se acaso você diz
Que sonha um dia em ser feliz
Vê se fala serio
Pra que chorar sua magoa?
Se afogando em agonia
Contra tempestade em copo d'água
Dance o xote da alegria
Solução
(Tato)
Eu nem dormi direito
Isso não é defeito
Até aproveito mais
Na vida dá-se um jeito
De se ganhar respeito e muito mais
Que dança é essa?
Dança pobre, dança rico
Chega mais pra ver
Vamo nessa, vamo nessa
Que eu tou afim de conhecer
Aquela gente brother, gente amiga
Gente a quem dedico essa nossa canção
Aquela gente que não tem saída
E a melhor pedida é cantar então
Deixa entrar
As batidas no seu coração
Deixa entrar
Talvez cantar seja a solução
Deixa entrar
As batidas no seu coração
Deixa entrar
Pois talvez cantar...
Pode ser sua solução!
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, junho 13, 2005

Os Forrozeiros em Junho 13 , Aliás Forrozeira


A Primeira Forrozeira

Olha a primeira mulher ai no blog dos forrós, pois nem só de forrozeiros esse ritmo vive e com ela termino a série de quatro artistas...
Elba Ramalho é uma cantora que desde o inicio de sua carreira defende a cultura nordestina com sua voz inconfudivel...
Sem mais delongas, já que ela também já foi matéria aqui no blog, cliquem no titulo e entrem no seu site oficial...
As músicas de hoje são quatro forrozinhos bem gostosos que fizeram sucesso na sua voz principalmente nos anos oitenta:


Do Jeito que a Gente Gosta
(Severo / Jaguar)

Cai, cai moreno
No fuá que ainda é cedo
Sanfoneiro, empurre o dedo
Bote o fole pra chorar
Nessa pisada
Eu vou até cair de costa
O forró tá animado
Do jeito que a gente gosta
Bumba a zabumba
Zabumbeiro
Oi! Bum... Bum... Ba
Castiga de lá sanfoneiro
Que eu quero ver a paia da cana voar
Vem amor
Que hoje eu sou
Seu dengo... seu xodó
Meu nego
Repara... que xamego
Vamos xamegar


Amor com Café
(Cecéu)

Se você quiser o meu amor
Tem que ser assim
Agarradinho, escondidinho
Bem bonitinho
Somente pra mim
E de manhã cedo
Fazer o café
Trazer na cama
Depois do café
A gente se ama
A gente se gama
Depois do café
Ficar o dia inteiro
Nesse dá-me, dá-me
Nesse toma, toma
Nesse pega, pega
Nesse coma, coma
Nessa brincadeira
Sem ninguém dar fé
Que o dia vai acabar
E a noite já vem
E nosso amor pegando fogo
Vamos se queimar
Somente a gente nesse jogo
Pra se ganhar
E muito mais se querer bem.

Bate Coração
(Cecéu)

Bate, bate, bate coração
Dentro desse velho peito
Você já ta acostumado
A ser maltratado
A não ter direitos
Bate, bate, bate coração
Não ligue, deixa quem quiser falar
Porque o que se leva dessa vida coração
É o amor que a gente tem pra dar
Oi, tum, tum, bate coração
Ou, tum, coração pode bater
Oi, tum, tum, tum, bate coração
Que eu morro de amor com muito prazer
As águas só deságuam para o mar
Meus olhos vivem cheios d’água
Chorando, molhando meu rosto
De tanto desgosto me causando mágoas
Mas meu coração só tem amor
Amor de veras mesmo pra valer
Por isso a gente pena, sofre, chora, coração
E morre todo dia sem saber

Mexe…Mexe…Funga…Funga
(Severo / Jaguar)

Bom sanfoneiro é aquele que se treme
Sustenta o fole, não cochila no forró
Bom sanfoneiro quando cai na forrozada
Deixa doida a mulherada
E a poeira sai do chão
É um bole-bole, um mexe-mexe, um remelexo
É um funga-funga na sanfona e no salão
Vem cá benzinho me faz um carinho
Bem de mansinho como quem não quer
Nada ir me custa, vem devagarinho
Me matar de dengo sem ninguém dar pé
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, junho 12, 2005

Os Forrozeiros em Junho 12


Mais um Forrozeiro


O terceiro é o cara que tem uma linha profética...
Zé Ramalho junto com os outros dois pode ser considerado um poeta da música nordestina com muito orgulho para nós que admiramos seu trabalho...
Como fiz nos outros dias tem o link para o site oficial dele no titulo, já que também foi homenageado aqui...
Quatro músicas duas deles e duas regravações do mestre Luiz Gonzaga para vocês continuarem a dançar o forrozinho:



Banquete de signos
(Zé Ramalho)
Discutir o cangaço com liberdade
É saber da viola, da violência
Descobrir nos cabelos inocência
É saber da fatal fertilidade
Descobrir a cidade da natureza
Descobrir a beleza dessa mulher
Descobrir o que der boniteza
Na peleja do homem que vier...
Quando vier...
Descobrir no bagaço dos engenhos
No melaço da cana mais um beijo
Descobrir os desejos que não têm cura
Saracura do brejo na novena
Descobrir a serena da natureza
Descobrir a beleza dessa mulher
Descobrir o que der boniteza
Na peleja do homem que vier
Quando vier....

O Xote das Meninas
(Zé Dantas/Luiz Gonzaga)
Mandacaru quando fulora lá na seca
É um sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa da boneca
É sinal de que o amor já chegou no coração
Meia comprida não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado não quer mais vestir timão
Ela só quer só pensa em namorar
De manhã cedo já tá pintada
Só vive suspirando sonhando acordada
O pai leva ao doutor a filha adoentada
Não come nem estuda não dorme nem quer nada
Ela só quer só pensa em namorar
Mas o doutor nem examina, chamando o pai do lado
Lhe diz logo em surdina que o mal é da idade
E que pra tal menina
Não há um só remédio em toda medicina
Ela só quer, só pensa em namorar


Cavalos do Cão
(Zé Ramalho)
Corriam os anos trinta
No nordeste brasileiro
Algumas sociedades
Lutavam pelo dinheiro
Que vendiam pelas terras
Coronéis em pé-de-guerra
Beatos e cangaceiros
E correr da volante no meio da noite
No meio da caatinga que quer me pegar
Na memória da vingança
Um desejo de menino
Um cavaleiro do diabo
Corre atrás do seu destino
Condenado em sua terra
Coronéis em pé-de-guerra
Beatos e cangaceiros


Qui Nem Jiló
(Luiz Gonzaga /Humberto Teixeira)

Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer que é feliz sem saber
Pois não sofreu
Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce aí é ruim
Eu tiro isso por mim, que vivo doido a sofrer
Ai quem me dera voltar pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer e amarga qui nem jiló
Mas ninguém pode dizer que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem