sábado, dezembro 11, 2004

O Homem do Pantanal

Os links do Blog da Cultura Brasileira:

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Hoje vamos para o Centro Oeste:

Almir Sater

Esse representante da cultura do centro do país é mais uma prova de que nós temos uma variedade de manifestações musicais que orgulharia qualquer um...
Parceiro de grandes compositores, como Renato Teixeira, Sergio Reis, ele já foi até ator de novela...
Não existe um site oficial, mas existe um não oficial que é muito bom, cliquem no titulo e entrem lá para conhecer mais desse artista:
As músicas de hoje são duas parcerias e duas regravações muito interessantes:

Tocando em Frente
(Renato Texeira/Almir Sater)
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso, porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei, eu nada sei
Conhecer as manhãs e as manhas,
O sabor das massas e das maçãs,
É preciso o amor pra poder pulsar,
É preciso paz pra poder sorrir,
É preciso a chuva para florir.
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha, e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada,
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou,
De estrada eu sou
Todo mundo ama um dia todo mundo chora,
Um dia a gente chora, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história,
E cada ser em si, carrega o dom de ser capaz,
E ser feliz
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais

Um Violeiro Toca

(Renato Texeira/Almir Sater)
Quando uma estrela cai, na escuridão da noite,
E um violeiro toca suas mágoas.
Então os olhos dos bichos, vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas de um sertão enluarado
Quando o amor termina, perdido numa esquina,
E um violeiro toca sua sina.
Então os olhos dos bichos, vão ficando entristecidos
Rebrilham neles lembranças dos amores esquecidos.
Quando um amor começa, nossa alegria chama,
E um violeiro toca em nossa cama.
Então os olhos dos bichos, são os olhos de quem ama
Pois a natureza é isso, sem medo nem dó sem drama
Tudo é sertão, tudo é paixão, se o violeiro toca

Cruzada
(Tavinho Moura / Marcio Borges)
Não quero andar sozinho por estas ruas
Sei do perigo que nos rodeiam pelos caminhos
Não há sinal de sol, mas tudo me acalma
No seu olhar
Não quero ter mais sangue morto nas veias
Quero o abrigo do abraço que me incendeia
Não há sinal de cais, mas tudo me acalma
No seu olhar
Você parece comigo
Nenhum senhor te acompanha
Você também se dá um beijo, dá abrigo
Flor nas janelas da casa
Olho no seu inimigo
Você também se dá um beijo, dá abrigo
Se dá um riso, dá um tiro
Não quero ter mais sangue morto nas veias
Quero o abrigo do abraço que me incendeia
Não há sinal de paz, mas tudo me acalma
No seu olhar
Não quero ter mais sangue morto nas veias
Quero o abrigo da sua estrela que me incendeia
Não há sinal de sol, mas tudo me acalma
No seu olhar


Cabecinha no Ombro
(PauloBorges)
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
E conta logo a tua mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Que não vai embora, que não vai embora
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
E conta logo a tua mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu juro que não vai embora,
Que não vai embora, porque gosta de mim
Amor, eu quero o teu carinho, porque eu vivo tão sozinho
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora,
Se ela vai embora, se ela vai embora
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, dezembro 10, 2004

O Atual Poeta da Vila

Esses valem à pena visitar:

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O samba continua por aqui:

Martinho da Vila

Esse compositor e cantor vemda mesa Vila Isabel do grande Noel Rosa, é um dos maiores sambistas da atualidade...
Ele é sucesso não só no Brasil, mas também na Europa, onde faz um trabalho com paises como Portugal, França, etc...
No site oficial, que vocês entram clicando no titulo, tem muito mais sobre esse mestre do samba...
As músicas de hoje são três grandes clássicos que serão as primeiras e encerraremos com uma surpresa para todos, um dos maiores frevos da história que é um hino de uma agramiação tradicional aqui do nosso carnaval e que foi gravado por ele:

Ex-Amor
(Martinho da Vila)
Ex - amor
Gostaria tu soubesses
O quanto que eu sofri
Ao ter que me afastar de ti
Não chorei
Não chorei
Como louco eu até sorri
Mas no fundo só eu sei
Das angústias que senti
Ex - amor
Gostaria tu soubesses
O quanto que eu sofri
Ao ter que me afastar de ti
Não chorei
Como louca eu até sorri
Mas no fundo só eu sei
Das angústias que senti
Sempre sonhamos com o mais eterno amor
Infelizmente eu lamento mas nao deu
Nos desgastamos transformando tudo em dor
Mas mesmo assim eu acredito que valeu
Quando a saudade bate forte é envolvente
Eu me possuo e é na sua intençao
Com a minha culpa naqueles momentos quentes
Em que se acelerava o meu coração
Ex amor


Casa De Bamba
(Martinho Da Vila)
Na minha casa todo mundo é bamba
Todo mundo bebe todo mundo samba
Na minha casa não tem bola pra vizinha
Não se fala do alheio, nem se liga pra Candinha
Na minha casa ninguém liga pra intriga
Todo mundo xinga, todo mundo briga
Macumba lá minha casa
Tem galinha preta, azeite de dendê
Mas ladainha lá minha casa
Tem reza bonitinha e canjiquinha pra comer
Se tem alguém aflito
Todo mundo chora, todo mundo sofre
Mas logo reza pra São Benedito
Pra Nossa Senhora e pra Santo Onofre
Mas se tem cantando
Todo mundo canta, todo mundo dança
Todo mundo samba e ninguém se cansa
Pois minha casa é casa de bamba


Disritimia
(Martinho da Vila)
Eu quero me esconder debaixo
Dessa sua saia prá fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar
No emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir meu sangue
Pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixa te trazer um dengo
Prá num cafuné fazer os meus apelos
Eu quero ser exorcisado
Pela água benta desse olhar infindo
Que bom é ser fotografado
Mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado
Prá acabar de vez com essa disritmia
Vem logo, vem curar seu nêgo

Hino dos Batutas de São José

(João Santiago)
Eu quero entrar na folia, meu bem
Você sabe lá o que é isso?
Batutas de São José, isso é, parece que tem feitiço
Batutas tem atração que ninguém pode resistir
Um frevo desses que faz demais a gente se distinguir
Deixa o frevo rolar
Eu só quero saber
Se você vai ficar
Ai, meu bem, sem você
Ai, não há carnaval
Vamos cair no passo
E a vida gozar


Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, dezembro 09, 2004

O Poeta da Vila Isabel

Entrem nesses sites, valem a pena:

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Um dos grandes nomes da música brasileira:

Noel Rosa

Não poderia falar de música brasileira sem citar o Poeta da Vila, que nasceu no Rio de Janeiro e viveu pouco, mas essa vida breve permitiu compor grandes clássicos da MPB...
Até hoje essas músicas são cultuadas por todas gerações desde sua morte em 37...
Para saber mais dele é só clicar no titulo e entrar num site dedicado a este compositor genial...
As músicas de hoje são quatro clássicos que são cantados até os dias atuais:

Pastorinhas
(Noel Rosa/Braguinha)
A estrela d'alva no céu desponta
E a lua anda tonta com tamanho esplendor
E as pastorinhas pra consolo da lua
Vão cantando na rua lindos versos de amor
Linda pastora morena da cor de madalena
Tu não tens pena de mim
Que vivo tonto com o teu olhar
Linda criança tu não me sais da lembrança
Meu coração não se cansa
De sempre sempre te amar


Pierrô Apaixonado
(Noel Rosa/Heitor dos Prazeres)
Um pierrô apaixonado
Que vivia só cantando
Por causa de uma colombina
Acabou chorando, acabou chorando
A colombina entrou num butiquim
Bebeu, bebeu, saiu assim, assim
Dizendo: pierrô cacete
Vai tomar sorvete com o arlequim
Um grande amor tem sempre um triste fim
Com o pierrô aconteceu assim
Levando esse grande chute
Foi tomar vermute com amendoim

Com que Roupa?
( Noel Rosa)
Agora vou mudar minha conduta, eu vou pra luta
Pois eu quero me aprumar
Vou tratar você com a força bruta, pra poder me reabilitar
Pois esta vida não está sopa e eu pergunto: com que roupa?
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?
Agora, eu não ando mais fagueiro,

Pois o dinheiro não é fácil de ganhar
Mesmo eu sendo um cabra trapaceiro,

Não consigo ter nem pra gastar
Eu já corri de vento em popa, mas agora com que roupa?
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?
Eu hoje estou pulando como sapo, pra ver se escapo
Desta praga de urubu
Já estou coberto de farrapo, eu vou acabar ficando nu
Meu paletó virou estopa e eu nem sei mais com que roupa
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?
Com que roupa que eu vou pro samba que você me convidou?

Conversa de Botequim
(Noel Rosa, Vadico e Francisco Alves)
Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d'água bem gelada
Fecha a porta da direita com muito cuidado
Que não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do futebol
Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão uma caneta, um tinteiro
Um envelope e um cartão
Não se esqueça de me dar palitos
E um cigarro pra espantar mosquitos
Vá dizer ao charuteiro que me empreste umas revistas
Um isqueiro e um cinzeiro
Telefone ao menos uma vez para 34-4333
E ordene ao Seu Osório que me mande um guarda-chuva
Aqui pro nosso escritório
Seu garçom, me empreste algum dinheiro
Que eu deixei o meu com o bicheiro
Vá dizer ao seu gerente
Que pendure essa despesa no cabide ali em frente


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, dezembro 08, 2004

Os Caras do Pé de Calçada

O Blog da Cultura Brasileira indica:

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Voltamos para Pernambuco:


Mestre Ambrósio

Um grupo formado na época do auge do Movimento Mangue, que fazia um forró que ná era pé de serra e sim pé de calçada, uma linha mais urbana...
Hoje em dia praticamente eles já não estão em atividade o que entristece toda uma galera que curtia o som deles...
Siba com sua Fuloresta do Samba, Eder "O" Rocha com seu "Circo", Helder com seu trabalho de ator e dançarino e os outros também com seus trabalhos solos, vão mostrando sua versatilidade e conquistando todo o Brasil, como oficialmente ainda não acabou, espero que um dia eles se reunam e voltem a fazer o pé de calçada com muita competência...
O site deles está desatualizado, mas como não existe nenhum outro, cliquem no titulo e entrem lá...
As músicas de hoje estão no segundo disco deles, sendo que as três últimas também estão no primeiro, que eu considero o melhor deles e a derradeira só está neste primeiro:

Fuá Na Casa De Cabral
( Siba/ Helder Vasconcelos)
Naquele Brasil antigo
Perdido no desengano
Seu Cabral chegou nadando
E não preocupou com nada
Deu ordem à rapaziada
Mandou barrer o terreiro
Me chame o pai do chiqueiro que hoje eu quero forró,
Toré, samba, catimbó que eu já virei brasileiro
Foi gente de todo tipo
Na festa de seu Cabral
Português de Portugal
Raceado no Oriente
Negão bebeu aguardente
Caboclo foi na Jurema
Seu Cabral pediu um tema
Danou-se a cantar poesia
Até amanhecer o dia
Numa viola pequena
No fim da festa e da farra
Cabral não sentiu preguiça
Mandou logo rezar a missa
Pra ficar aliviado
Chamando o padre, apressado
Mandou começar ligeiro
Botando ordem no terreiro
Com seu maracá na mão
Jurando pelo alcorão
Que era crente verdadeiro
Mas na hora da verdade
Quando passou a cachaça
Seu Cabral sentou na praça
Caiu na reflexão
Disse:
Esta situação sei que nunca mais resolvo
Então falou para o povo:
Juro que me arrependi o Brasil que eu descobri
Queria cobrir de novo

Usina (Tango No Mango)
( Mestre Ambrósio (Adaptação))
Ajustei um casamento
Com uma nega dum borde
Pensando que era uma moça
E era o diabo duma veia
Tombo no martelo tombador
Tombo no martelo militar
Me caso contigo veia
É de ser em condição
D’eu dormir na minha rede
E tu, veia no fogão
Me casei com esta veia
Pra livrar da filharada
A danada dessa veia
Teve dez numa ninhada
Desses dez que nasceram
Um deu pra ladrão de bode
Deu no tango e deu no mango
Dos dez só ficaram nove
Dos nove que ficaram
Um deu pra ladrão de poico
Deu no tango e deu no mango
Dos nove que ficaram oito
Dos oito que ficaram
Um deu pra ladrão de jegue
Deu no tango e deu no mango
Dos oito ficaram sete
Dos sete que ficaram
Um deu pra ladrão de rêz
Deu no tango e deu no mango
Dos sete ficaram seis
Desses seis que ficaram
Um deu pra ladrão de pinto
Deu no tango e deu no mango
Dos seis só ficaram cinco
Dos cinco que ficaram
Um deu pra ladrão de pato
Deu no tango e deu no mango
Dos cinco ficaram quatro
Dos quatro que ficaram
Um deu pra roubar outra vez
Deu no tango e deu no mango
Dos quatro ficaram três
Dos três que ficaram
Um deu pra ladrão de boi
Deu no tango e deu no mango
Dos três só ficaram dois
Dos dois que ficaram
Um deu pra roubar jerimum
Deu no tango e deu no mango
Dos dois só ficaram um
Desse um que ficaram
Um deu pra roubar ladrão
Deu no tango e deu no mango
Acabou-se a geração

Pé de Calçada
(Siba)
Mas eu fui num forró no pé da serra
Nunca nessa terra vi uma coisa igual
Mas eu fui num forró no pé da serra
Cume quente, baiano sensacional
Rebeca véia do pinho de arvoredo
Espalhava baiano no salão
O pandeiro tremia a maquinada
Eu vi a poeira subir do chão
Hoje eu faço forró em pé de calçada
No meio da zuada pela contra-mão
Eu fui la na mata e voltei pra cidade
De cabôco eu sei minha situação
Rebeca veia não me abandona
Zabumba treme-terra, come o chão
Na hora que o tempo desaparece
Transforma em pé de serra o calçadão

José
(Siba)
Não fique de boca aberta Zé
Em cidade que for chegando Zé
Tem que tomar cuidado Zé!
Tem casa amarela
Tem casa vermelha
Tem casa com fome
Tem casa na ceia
Tem casa com florzinha na janela
Tem cabra que eu não sei
Que malvadeza é aquela
Na rua do marmeleiro
Na frente da casa do coveiro
Tão te esperando, Zé!
Zé!!
Tem que tomar cuidado Zé!
Tem arma de bala
Cacete, bengala,
Tem faca, cravinote
Soldado sem farda
Resóve, espingarda
No meio da cidade
Vão te deixar nu
E nesse lundu
Sem querer razão
Até com a mão
Vão querer dar em tu Zé...
Tem que tomar cuidado, Zé!
Entrou pela frente
Saiu por detrás
Puxou por um lado
Mexeu e lái-vái
José não tem medo
Nem do satanás
Não fique de boca aberta Zé
Em cidade que for chegando
Terra alheia, pisa no chão devagar

Um abraço para todos que curtem arte de qualidade:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, dezembro 07, 2004

Um Pai Injustiçado e os Filhos Recuperando sua Memória

Os sites que valem a pena visitar:

http://www.mpbnet.com.br/
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http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com//
http://www.continentemulticultural.com.br/
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Um pai e seus filhos hoje no blog:

Wilson Simonal
Simoninha
Max de Castro

Um cantor que foi injustiçado na década de sessenta, sendo acusado de ser informante da ditadura militar e que se não houvesse essa acusação ele não teria morrido como mais um cantor e sim como um dos maiores cantores que o Brasil já teve, pois o seu talento era inquestionável...
Como fruto deixou dois filhos como sucessores que hoje são destaque da nova geração de artistas que valorizam a MPB, procurando dar uma oxigenada neste estilo...
Eles procuram tentar resgatar a imagem do pai, para que as novas gerações saibarm que Simonal não era um dedo duro e sim uma vitima desse periodo negro do nosso país...
Hoje teremos ao invés de um link só no titulo, este vai ser uma página dedicada ao pai no site Clique Music e abaixo estarão os links para os sites dos filhos, ambos hospedados no site da sua gravadora, a Trama:

http://www.trama.com.br/simoninha/
http://www.trama.com.br/maxdecastro/

Iniciando as músicas de hoje teremos uma música que ficou marcada na voz forte do Simonal e que é um dos clássicos dos anos 60:

Sá Marina
(Antonio Adolfo /Tibério Gaspar)
Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flor de laranjeira
Sá Marina levei pra dançar
De saia branca costumeira
Gira o sol, que parou pra olhar
Com seu jeitinho tão faceiro
Fez o povo inteiro cantar
Roda pela vida afora
E põe pra fora essa alegria
Dança que amanhece o dia pra se dançar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia no olhar
Deixando versos na partida
E só cantigas pra se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar


A segunda é do Max de Castro e dá titulo ao primeiro disco dele:

Samba Raro
(Bernardo Vilhena - Max de Castro)
Ela vai, ela vem
Depois dela não tem pra mais ninguém
Samba
Mexe comigo de um jeito tão raro
Ama
Ela sabe me enfeitiçar
Me enfeitiçar, enfeitiçar, me enfeitiçar
Me namorar, namorar, me namorar
Samba rola na minha língua
Me diz e me prova
Ela sabe me provocar
Me provocar, e provocar, me provocar
Me excitar, me excitar, me excitar
Ela vai, ela vem
Depois dela não tem pra mais ninguém
Mas nada é tão claro
Quanto a luz do imenso amor
Que ilumina a noite
O samba raro já chegou


A terceira é do Simoninha e é do segundo disco que ele gravou:

Essência
(Simoninha / Marcelo Yuka)
Garrafas de cervejas
Espalhadas pelo chão
Um sapato perdido
Lembrando a confusão
O samba de ontem
Não acabou bem
O samba de ontem
Não acabou bem, não
Porque, porque
O samba não é só um dia
O samba não é só folia
O samba se parece com a vida
Nasce e morre todo dia
Pra ser essência
Corpos e contruções essência
Beijos e lições essência
Corpos e construções essência
Entre beijos e lições essência

A última é uma música do Simonal que ele dedicou ao Simoninha e que este regravou para homenagear o pai:

Tributo a Martin Luther King
(Ronaldo Bôscoli / Wilson Simonal)
Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim, luta mais
E a luta está no fim
Cada negro que for, mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta irmão
Ouvir minha voz, oh yes, lutar por nós
Luta negra de mais é lutar pela paz
Luta negra demais para sermos iguais


Um abraço para vocês:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, dezembro 06, 2004

O Caras do Rock Social

Esses são os sites que indico:

http://www.mpbnet.com.br/
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O rock continua por aqui:

O Rappa

Essa banda da nova geração do rock brasileiro faz um trabalho bem legal, um rock com a cara do país...
Com um trabalho social muito forte é um dos poucos artistas que realmente tem essa preocupação...
Um site que é indicado por eles para quem quiser se engajar é esse:

http://www.fase.org.br/

E para conhecer um pouco mais sobre eles é só clicar no titulo...
As músicas de hoje são dos dois primeiros discos e retratam bem a realidade brasileira, como a violência, a miséria e tantos outros problemas:

A Minha Alma
( Yuka / O Rappa)
A minha alma tá armada
E apontada para a cara
Do sossego

Pois paz sem voz
Pois paz sem voz
Não é paz é medo,

Às vezes eu falo com a vida
Às vezes é ela quem diz
Qual a paz que eu não quero
Conservar
Para tentar ser feliz
As grades do condomínio
São para trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que está nessa prisão
Me abrace e me dê um beijo
Faça um filho comigo
Mas não me deixe sentar
Na poltrona no dia de domingo, domingo
Procurando novas drogas
De aluguel nesse vídeo
Coagido

É pela paz que eu não quero seguir admitindo
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

Miséria S.A
(Pedro Luis)
Senhoras e senhores estamos aqui
Pedindo uma ajuda por necessidade
Pois tenho irmão doente em casa
Qualquer trocadinho é bem recebido
Vou agradecendo antes de mais nada
Aqueles que não puderem contribuir
Deixamos também o nosso muito obrigado
Pela boa vontade e atenção dispensada
Vamo agradecendo antes de mais nada
Bom dia passageiros
É o que lhes deseja
A miséria S.A
Que acabou de chegar
Bom dia passageiros
É o que lhes deseja
A miséria S.A
Que acabou de falar
Lhes deseja , lhes deseja
Lhes deseja , lhes deseja

A Feira
( Yuka / O Rappa)
É dia de feira
Quarta-feira, sexta feira
Não importa a feira
É dia de feira
Quem quiser pode chegar
Vem maluco, vem madame
Vem maurício, vem atriz
Pra comprar comigo
Vem maluco, vem madame
Vem maurício, vem atriz
pra levar comigo
Tô vendendo ervas
Que curam e acalmam
Tô vendendo ervas
Que aliviam e temperam
Mas eu não sou autorizado
Quando o rappa chega
Eu quase sempre escapo
Quem me fornece
É quem ganha mais
A clientela é vasta, eu sei
Porque os remédios normais
Nem sempre amenizam a pressão
Amenizam a pressão amenizam a pressão

Me Deixa
( Yuka / O Rappa)
Podem avisar, podem avisar
Invente uma doença que me deixe em casa pra sonhar
Com o novo enredo outro dia de folia
Com novo enredo outro dia de folia
Eu ia explodir eu ia explodir
Mas eles não vão ver os meus pedaços por aí
Me deixa que hoje eu to de bobeira, bobeira
Me deixa que hoje eu tô de bobeira, bobeira
Hoje eu desafio o mundo sem sair da minha casa
Hoje eu sou um homem mais sincero
E mais justo comigo
Hoje eu desafio o mundo sem sair da minha casa
Hoje eu sou um homem mais sincero

E mais justo comigo
Podem os homens vir que nao vao me abalar
Os caes farejam o medo, logo não vão me encontrar
Não se trata de coragem
Mas meus olhos estão distantes
Me camuflam na paisagem
Dando um tempo, tempo, tempo pra cantar
Me deixa, que hoje eu tô de bobeira, bobeira
Me deixa, que hoje eu tô de bobeira, bobeira
Me deixa, vê se me deixa, que hoje eu to de bobeira, bobeira, bobeira


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, dezembro 05, 2004

O Cara que ia para a Califórnia

Podem entrar nesses sites que eu garanto:

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Hoje eu volto a falar de rock:

Lulu Santos

Um dos ícones do rock nacional consegue até hoje manter uma legião de fãs e com isso faz o mesmo sucesso do inicio da carreira...
Para não falar muito coloquei o link para o site oficial dele no titulo acima, entrem lá e vejam mais sobre ele...
As músicas de hoje eu escolhi como sendo as melhores dele, as duas primeiras com um dos parceiros mais fiéis e as duas últimas são dele sozinho, curtam:

Como uma Onda (Zen-Surfismo)
(Lulu Santos / Nelson Motta)
Nada do que foi será
De novo do jeito que já foi um dia
Tudo passa
Tudo sempre passará
A vida vem em ondas
Como um mar
Num indo e vindo infinito
Tudo que se vê não é
Igual ao que a gente viu há um segundo
Tudo muda o tempo todo no mundo
Não adianta fugir
Nem mentir pra si mesmo agora
Há tanta vida lá fora
Aqui dentro sempre
Como uma onda no mar!

Certas Coisas
(Lulu Santos / Nelson Motta)
Não existiria som se não
Houvesse o silêncio
Não haveria luz se não
Fosse a escuridão
A vida é mesmo assim
Dia e noite, não e sim
Cada voz que canta o amor
Não diz
Tudo que quer dizer
Tudo que cala
Fala mais
Alto ao coração
Silenciosamente
Eu te falo com paixão
Eu te amo calado
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncio e de luz
Nós somos medo e desejo
Somos feitos de silêncio e som
Tem certas coisas que eu não sei dizer

Tudo Bem
(Lulu Santos)
Já não tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é "so easy" se viver
Hoje eu não consigo
Mais lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de incompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto
Maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no teu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem

Minha Vida
(Lulu Santos)
Quando eu era pequeno
Eu achava a vida chata
Como não podia ser
Os garotos da escola
Só a fim de jogar bola
Eu queria ir tocar guitarra na TV
Aí veio a adolescência
E pintou a diferença
Foi difícil de esquecer
A garota mais bonita
Também era a mais rica
Me fazia de escravo do seu bel-prazer
Quando eu saí de casa
Minha mãe me disse: baby
Você vai se arrepender
Pois o mundo lá fora
Num segundo te devora
Dito e feito, mas eu não dei o braço a torcer
Hoje eu vendo sonhos
Ilusões de romance
Te toco "Minha Vida"
Por um troco qualquer
É o que chama de destino
Eu não vou lutar com isso
Que seja assim quanto é

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem