sábado, junho 25, 2005

Os Forrozeiros em Junho 25


A Nova Geração do Forró

Uma banda que faz um forró de qualidade sem cair para o lado do eletrônico...
Chá de Zabumba, procura batalhar pela tradição, levando seu forró para vários locais e com isso demonstrar que os jovens também fazem pé de serra...
No titulo tem um link para o site oficial deles, entrem lá e descubram o que essa banda tem de interessante...
As músicas de hoje estão no primeiro disco da banda e espero que todos curtam e queiram conhecer o trabalhos desses caras:


A Mulher de Tatá
(Clima)
Zé foi visitar Tatá
Mas Tatá não tava não
Zé também não esperava
Que ia ser bem recebido
Pela mulher dele, não
Ai, que mulherão!
E ele foi se aconchegando
Todo dia ele passa lá
Tatá vive a passear, mas
A mulher de Tatá tando
É mesmo que Tatá tá
Tatá tá aí?
Não, tatá não tá mas
A mulé de Tatá tando
É mesmo que Tatá tá
Mas o dono do buteco
Fez fuxico pra tatá
E disse: - Tatá tu tá de tôca
Tatá tá desconfiado
Tá tentando se tocar
Que confusão
Zé tá mal acostumado
Ainda hoje ele passa lá
Tatá vive a passear, mas
A mulher de Tatá tando
É mesmo que Tatá tá
Tatá tá aí?...
Denize
(Clima)
Quem te ensinou Denise
Amar e querer bem
Foi a minha pouca sorte
Eu não me queixo de ninguém
Desce desce rio abaixo
Corre ladeira acima
Uma pedra no caminho
Tropeça levanta vai
O vento balança flores
Denise é uma flor
Uma flor sem terra
Uma rosa de metal
Vai vai e já vai tarde
A cidade seca
A terra quente
Moinho de moer gente
Quente por fora
Fervendo por dentro
O amor bateu na porta
Denise não quer abrir
São calos da sua horta
Legumes da sua vida
Mas a força lhe saltou
Faltou-lhe força
Ela recorreu Maria
Cadê Maria
A vida fez arapuca
Para engaiolar Denise
Nesse dia ela chorou
Promessa
(Clima)
Quanto tempo sem te ver
Vida passa e ninguém ver
Ainda ontem sonhei com você
E no meu sonho você aparecia
Era bem de manhãzinha
Me acordou tocando a campainha
Me convidou: vamos ganhar o mundo
Foi meu sonho
E foi um sonho tão profundo
Que eu penso que um dia desse
Você vem me procurar
E se vier
Eu vou eu vou
Se você quiser que eu vá
Eu vou eu vou
Se você quiser me levar
Eu prometo que não dou trabalho
Que não embaralho
Nem jogo cascalho
No seu caminhar
Quando eu tou cansado
Repouso minha pessoa
E quando eu tou sonhando
Eu lembro que a vida é boa
Viaja meu sonho
Sai do mundo barulhento
Afaga o ombro de alguém
Deixe a indecisão calar
Vadeia
(Clima)
São Cosme mandou fazer
A sua camisa azul
No dia da festa dele
São Cosme quer carurú
Vadeia Cosme, vadeia
Vadeia Cosme, vadeia
São Cosme deu carurú
Pra são Pedro e são João
No dia da festa dele
São Cosme quer ver balão
São Cosme tocando caixa
Damião toca tambor
São João cantou com são Pedro
E santo Antônio festejou
São Pedro e São João: riqueza
Damião: felicidade
Santo Antônio é de batalha
São Cosme: longevidade
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, junho 24, 2005

Os Forrozeiros em Junho 24, Viva São João!!!!


Mais um Mestre, Aliás é o Mestre!!!!

Não tem o que falar do homenageado nesse dia de São João...
O Rei do Baião Luiz Gonzaga vem para uma demonstração de que o forró deve ser preservado na sua essência...
Sem mais, cliquem no titulo e entrem num site que homenageia ele e conheçam sua história...
Um ano atrás ele também era homenageado aqui no blog, mas não tinha músicas como teremos hoje, quatro grandes clássicos do seu repertório:



Asa Branca
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha, nenhum pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a Asa Branca bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus Rosinha, guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos se espaiá na plantação
Eu te asseguro, não chores não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração



Vozes da Seca
(Luiz Gonzaga /Zé Dantas)

Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê, nosso distino mecê tem na vossa mão


Roendo Unha
(Luiz Ramalho /Luiz Gonzaga)
Quando Vinvin cantou
corri pra ver você
Atrás da serra, o sol
estava pra se esconder
Quando você partiu
eu não esqueço mais
Meu coração, amor,partiu atrás
vivo com os olhos na ladeira
quando vejo uma poeira
penso logo que é você
Vivo de orelha levantada
Para o lado da estrada
que atravessa o muçambê
Ora, já estou roendo unha
A saudade é testemunha
Do que agora vou dizer
Quando na janela
Eu me debruço
O meu cantar é um soluço
A galopar no maçapê


Numa Sala de Reboco
(José Marcolino /Luiz Gonzaga)

Todo tempo quanto houver
Pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho
Numa sala de reboco
Enquanto o fole
Tá fungando, tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo
Meu sofrer pra ela só
E ninguém nota
Que eu tô lhe conversando
Nosso amor vai aumentando
E pra que coisa mais melhor
Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus se eu pudesse
Acabar a separação
Pra nós viver
Igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga
Do que essa que nos dão
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, junho 23, 2005

Os Forrozeiros em Junho 23


Esse é um dos Mestres

Um dos maiores artistas nordestinos que tenho a honra de homenagear nessa véspera de São João...
Jackson do Pandeiro é um daqueles artistas que deveriam estar presente em tudo que for relacionado à cultura nordestina...
Junto com Gonzagão ele está fazendo uma festa no céu para comemorar os festejos juninos...
Tem um site na internet que fala um pouco da carreira dele, então cliquem no titulo e entrem...
Quatro grandes clássicos na sua voz estão aqui para abrilhantar essa homenagem e quem nunca dançou ao som delas:


Na Base da Chinela
(Jackson do Pandeiro / Rosil Cavalcante)
Eu fui dançar um baile na casa da Gabriela
Nunca vi coisa tão boa
Foi na base da chinela
O sujeito ia chegando tirava logo o sapato
Se tivesse de botina sola grossa bico chato
Entrava pra dançar no baile da Gabriela
Tirando meia e sapato
Calçando par de chinela
O baile estava animado só na base da chinela
Toda turma disputava dançar com a Gabriela
Requebrar naquela base no salão só tinha ela
Todos convidados riam
Gostando da base dela
Jogaram no salão pimenta bem machucada
O baile da Gabriela acabou com chinelada
Home numa pisada dessa eu vou
Até amanhecer dia
Só nessa base a chinelinha no chão
Um a Um
(Edgar Ferreira)
Esse jogo não é um a um
Se o meu time perder tem zum-zum-zum
Esse jogo não pode ser um a um
O meu clube tem time de primeira
Sua linha atacante é artilheira
A linha média é tal qual uma barreira
O center-forward corre bem na dianteira
A defesa é segura e tem rojão
E o goleiro é igual um paredão
É encarnado e branco e preto
É encarnado e branco
É encarnado e preto e branco
É encarnado e preto
O meu time jogando, eu aposto
Quer jogar, um empate é pra você
Eu dou um zurra a quem aparecer
Um empate pra mim já é derrota
Eu confio nos craques da pelota
E o meu clube só joga pra vencer
Sebastiana
(Rosil Cavalcanti)
Convidei a comadre Sebastiana
Pra cantar e xaxar na Paraíba
Ela veio com uma dança diferente
E pulava que só uma guariba
E gritava: a, e, i, o, u, y
Já cansada no meio da brincadeira
E dançando fora do compasso
Segurei Sebastiana pelo braço
E gritei, não faça sujeira
O xaxado esquentou na gafieira
E Sebastiana não deu mais fracasso
Mas gritava: a, e, i, o, u, y
Cantiga do Sapo
(Jackson do Pandeiro / Buco do Pandeiro)
É assim que o sapo canta na lagoa
Sua toada improvisada em dez pés
- Tião
- Oi!
- Fostes?
- Fui!
- Comprastes?
- Comprei!
- Pagaste?
- Paguei!
- Me diz quanto foi?
- Foi quinhentos réis
Mas como é bom morar lá na roça
Numa palhoça perto da beira do rio
A chuva cai e o sapo fica contente
Que até alegra a gente com seu desafio
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, junho 22, 2005

Os Forrozeiros em Junho 22


Mais um Trio Pé deSerra

Um trio de quatro é o que temos hoje aqui no blog de forró nesse mês de festividades juninas...
O Trio Forrozão que na verdade possuem quatro integrantes é mais dos que buscam um espaço para divulgar a cultura nordestina...
No titulo tem um link para um site que fala um pouco da carreira deles, entrem e conheçam...
Quatro músicas que estão nos discos deles, as duas primeiras são regravações de sucessos de Gonzagão, a terceira um arranjpo de forró para uma música de Reginaldo Rossi e a última é a primeira gravação que fizeram para o tema de um filme:

Ovo de Codorna
(Severino Ramos)

Eu quero ovo de codorna prá cumê
O meu problema ele tem que resolvê
Eu sou madurão, passei da flor da idade
Mas ainda tenho alguma mocidade
Vou cuidar de mim pra não acontecer
Vou comprar ovo de codorna pra cumê
Eu quero ovo de codorna prá cumê
O meu problema ele tem que resolvê
Eu já procurei um dôtô meu amigo
Ele me falou pode contar comigo
Ele me ensinou e eu passo pra vocês
Pra comprar ovo de codorna pra cumê
Eu quero ovo de codorna prá cumê
O meu problema ele tem que resolvê
Eu andava triste, um pouco apavorado
Estavam me fazendo de um pobre coitado
A minha companheira está feliz porquê
Eu comprei ovo de codorna pra cumê
Eu quero ovo de codorna prá cumê
O meu problema ele tem que resolvê
Xote Ecológico
(Aguinaldo Batista /Luiz Gonzaga)

Não posso respirar,
Não posso mais nadar
A terra tá morrendo,
Não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce,
Se nascer não dá
Até pinga da boa
É difícil de encontrar
Cadê a flor que estava ali?
Poluição comeu.
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu
E o verde onde que está ?
Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu

Em Plena Lua de Mel
(Clayton / Cleide)
Toda vez que o seu namorado sai
Você vai ver outro rapaz
Olha todo mundo está comentando
Seu cartaz tá aumentando
Moça linda por favor
Guarde todo esse amor
Pra um rapaz
Dá vergonha de dizer
O que disseram de você
Mas ouça
Dizem que o seu coração
Voa mais que avião
Dizem que o seu amor
Só tem gosto de fel
Vai trair o marido
Em plena lua de mel

Lisbela
(José Almino/ Caetano Veloso)
Eu quero a sina de um artista de cinema
Eu quero a cena onde eu possa premiar
Um brilho intenso um desejo eu quero um beijo
Um beijo imenso onde eu possa me afogar
Eu quero a sina de um artista de cinema
Eu quero a cena onde eu possa premiar
Um brilho intenso um desejo eu quero um beijo
Um beijo imenso onde eu possa me afogar
Eu quero ser o matador das cinco estrelas
Eu quero ser o Bruce Lee do Maranhão
A patativa do Norte eu quero a sorte
Eu quero a sorte do chofer de caminhão
Pra me danar, por essa estrada
Mundo afora indo embora sem sair do meu lugar
Pra me danar, por essa estrada
Mundo afora indo embora sem sair do meu lugar
Ser o primeiro ser o rei eu quero um sonho
Moça donzela, mulher dama ilusão
A minha vida tudo vira brincadeira
A matina é verdadeira, domingo e televisão
Eu quero um beijo de cinema americano
Fechar os olhos fugir do perigo
Matar bandido e prender ladrão
A minha vida vai virar novela
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero mar e o sertão
Eu quero amor, eu quero amar
Eu quero o amor de Lisbela
Eu quero mar e o sertão
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, junho 21, 2005

Os Forrozeiros em Junho 21


Mais um Trio de Pé de Serra

Hoje eu coloco mais um trio que luta pela tradição do pé de serra, no sul maravilha...
Utilizando o nome de uma das maiores figuras que o nordeste já teve, o rei do cangaço Virgulino Ferreira, o Lampião, o Trio Virgulino resgata a formação tradicional, assim como o Trio Nordestino...
Clicando no titulo, vocês entram no site oficial deles e conhecem um pouco mais da carreira desses batalhadores de cultura...
Eles gravaram no últio disco deles uma música de Geraldinho Lins, mas como coloquei no dia do mesmo, vou por quatro que são regravações, inclusive a última é uma de Caetano que eles colocaram em forró:


Petrolina e Juazeiro
(Jorge de Altinho)
Na margem do São Francisco nasceu a beleza
Que a natureza ela conservou
Jesus abençoou com sua mão divina
Pra não morrer de saudade vou voltar pra Petrolina
Do outro lado do rio tem uma cidade
Que na minha mocidade eu visitava todo dia
Atravessava a ponte ai que alegria chegava em Juazeiro
Juazeiro da Bahia
Hoje eu me que no tempo de criança
Esquisito era a carranca e o apito do trem
Mas achava lindo quando a ponte levantava
E o vapor passava num gostoso vai e vem
Petrolina, Juazeiro, Juazeiro, Petrolina
Todas duas eu acho uma coisa linda
Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina

De Mala e Cuia
(Flávio Leandro / Enok Virgulino)
Na minha casa tá sobrando espaço
Guardei de mim um pedaço
Reservei só pra você
Na minha casa está sobrando rede
Sobra torno na parede
Amor pra da e vender
Na minha casa toda hora é hora
A gente ri a gente chora a gente se diverte
Nesse flerte você botando as unhas de fora
Nosso amor não demora logo acontece
Pode vir de mala e cuia amor
Que eu não vou tá nem aí pro povo
Nosso amor tá cobiçado
Mas não vai ser maltratado por ninguém de novo

Forró dos Infernos S.A
(Lula Queiroga)
E teve um dia que o diabo tirou as botas
Calçou uma alpercata e decretou a solução
Esse inferno tá meio desanimado
Tá todo mundo arriado criando teia na mão
Quem olha pensa que isso aqui é um paraíso
E eu faço o que for preciso pra manter a tradição
Vou condenar um sanfoneiro quente
Pra mostrar pra essa gente o fogo do cão
Vem diaba espalha a brasa
Prova comigo a labareda do amor
Vem diaba espalha a brasa
Que nós dois agrradinho vai sair vapor
E feito isso derepente o ambiente
Foi ficando diferente
Grande a modifacação
O Satanás tava todo sorridente
Porque no portão da frente
Era uma grande multidão
E agora a moda é ir pro inferno
Pra arder no fogo eterno do xaxado e do baião
Já tem cambista de ingresso falsifacado
E na roleta do pecado passa até cristão

De Noite na Cama
(Caetano Veloso)
De noite na cama, eu fico pensando
Se você me ama ...
E quando
Se você me ama, eu fico pensando
De noite na cama ...
E quando
De dia eu faço graça
Pra não dar bandeira
De dia o tempo passa como brincadeira
Por longe de você
Por onde você mora
Para e se demora
Por hora não vou ter
Coragem de dizer
Mas há de ver a hora...
Se você for embora
Agora
De noite na cama, eu fico pensando
Se você me ama e quando
Se você me ama, eu fico pensando
De noite na cama e quando
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, junho 20, 2005

Os Forrozeiros em Junho 20


O Maior Representante de um Trio Pé de Serra

Hoje tem um grupo que nasceu na Bahia e que leva o nome da sua região no nome e é um prova viva de que o forró tradicional persiste até hoje...
O Trio Nordestino já passou para a história do forró, pois faz o autêntico pé de serra com a formação basica, ou seja, zabumba, sanfona e triângulo...
Tem uma página oficial deles que todos podem acessar clicando no titulo...
As músicas de hoje são grandes clássicos da carreira exceto a última que é uma regravação de um sucesso da MPB:

Procurando Tu
(Antônio Barros/ J. Luna)

Morena diga onde é que tu tava
Onde é tu tava, onde é que tava tu
Passei a noite procurando tu
Procurando tu, procurando tu
Passei a noite procurando tu
Procurando tu, procurando tu
Eu vivo triste meu amor me beija
Mesmo que não seja
Beijo de amor
Esse teu beijo, eu sei que me envenena
Mas não tenha pena
Se ele é matador
Eu quero um beijo de lascar o cano
Pois eu sou baiano
Cabra beijador
Chega pra perto me dá um arrocho
Que já tô roxo de tanto roer
Acende o fogo da minha fogueira
Que a noite inteira só faltei morrer
Te procurando meu amor te dando
E tu me negando, fazendo eu sofrer
Forró Desarmado
(Ceceu/Lindolfo Barbosa)

Pode dançar a noite inteira, até amanhecer o dia
Por que a nossa brincadeira, é uma eterna alegria
Mas o senhor não tem respeito, é um homem mal educado
Sabe que não é de direito, o senhor tá dançando armado
O senhor tá dançando armado, o senhor tá dançando armado
O senhor tá dançando armado, nós vamos dizer pro delegado
Todo mundo se desarmou, prá poder dançar com mais jeito
A mulherada até que gostou, achou isso muito bem feito
Só o senhor tá disconforme, então vai ser logo encanado
Porque a polícia não dorme, e nós vamos dizer pro delegado
O senhor tá dançando armado, o senhor tá dançando armado
O senhor tá dançando armado, nós vamos dizer pro delegado
Como tem Zé na Paraiba
Catulo de Paula / Manezinho Araújo

Vixe com tem Zé
Zé de baixo Zé de Rita
Me desconjuro com tanto Zé
Como tem Zé lá na Paraiba
Lá na feira é só Zé que faz frevura
Tem mais Zé do que coco catolé
Só de Zé tem uns cem na prefeitura
Outro cem no comercio tem de Zé
tanto de Zé desse jeito é um estrago
Eu só sei que tem Zé que dá com pé
Vai lembrar a gagueira de um gago gaguisse danou a de Zezé
Em eum forró que eu fui em Cajazeira o cacete contou e fez panzé
Pois um bebado no meio da bebedeira falou mal e xingou a mãe de um Zé
Como só tinha Zé nesse zum zum ouve logo tamanha arrapapé
Mãe de Zé era mãe de cada um no saão brigou tudo que era Zé
É Zé João Zé Pilão e Zé maleta
Zé Negão Zé da Cota zé Quelé
Todo Mundo só tem uma receita quando quer ter um filho só tem Zé
E com essa franqueza que eu uso eu repito e se zangue quem quiser tanto
Zé desse jeito é um abuso mas o diabo que eu tambem me chamo Zé
Sobradinho
(Sá / Guarabira)
O homem chega e já desfaz a natureza
Tira a gente põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá prá cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia
Do beato que dizia que o sertão ia alagar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Adeus remanso, casa nova, sento-sé
Adeus pilão arcado vem o rio te engolir
Debaixo d'água lá se vai a vida inteira
Por cima da cachoeira o Gaiola vai sumir
Vai ter barragem no salto do Sobradinho
E o povo vai se embora com medo de se afogar
O sertão vai virar mar
Dá no coração
O medo que algum dia
O mar também vire sertão
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, junho 19, 2005

Os Forrozeiros em Junho 19


Um Casal Unido no Forró

Antes de começar tem um show de um grande amigo e é a mais pura MPB e tive a honra de ser o responsável por ele ter conseguido e estarei lá:

Puan
Pra Ficar
Auditório da Livraria Cultura
Paço Alfandêga
18:00
Entrada 1 Kg de alimento não perecivel

Agora voltemos ao forró...
O casal de paraibanos que tem uma historia dentro do forró está hoje aqui na homenagem aos forrozeiros nesse mês de junho...
Antônio Barros e Cecéu, fizeram juntos, separados ou então com outros parceiros grandes clássicos que ficaram marcados na história do forró...
Foram gravados por Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Ney Matogrosso, Marinês e tantos outros que cantaram os seus sucessos...
Quatro músicas que estão inseridas nos grandes clássicos do forró, pelo menos três delas a última eu escutei essa semana numa gravação do Trio Nordestino e achei muito interessante:

Sou o Estopim
(Antônio Barros)
Eu sou o estopim da bomba
É você que me faz se assim
Se não quer ver
Oestouro da bomba
Não encosta esse fogo em mim
Sei que será um estouro
Se você tocar em mim
Mas meu bem nosso namoro
So é gostoso assim
Por que você é o fogo
E eu sou o estopim
Forró Número Um
(Cecéu)
Sanfona véia do fole furado,
Só faz fum só faz fum.
Mesmo assim o cavalheiro
Faz um resfungado.
E o coração da morena faz tum tum.
O sanfoneiro animado puxa o fole.
Depois de tomar um gole de rum.
E haja fum, haja fum, haja fum
Forró com esse fole
É forró número um
Vem gente de todo lado,
Conhecer o sanfoneiro
Prque ele é o primeiro
A tocar no fole furado
Em pouco tempo
Já começa o zumzumzum
Sanfona véia assim
Não se vê em canto nenhum
E haja fum, haja fum, haja fum
Forró com esse fole é forró número um

Vamos Ajuntar os Troços
(Antônio Barros)
Vamos ajuntar os troços
O que é meu
O que é teu
Será só nosso
Esse negócio de viver dessa maneira
Na brincadeira
Vou ficar roendo os ossos
Que nem cachorro
Quando tá com fome
Qualquer coisa come
Eu vou morrer de fome
Meu amor, já não almoço
Esperando qualquer dia
Pra gente ajuntar os troços
Menino de Colo
(Cecéu)
Quando eu era, menino todo mundo me pegava
As mocinhas bonita, dava beijo e segurava
Me botava no colo, na banheira me banhava
Trocava minha fralda, nem sequer me censurava
Me dava chupetinha, preu chupar e eu não chupava
Eu era tão bestinha, abria a boca e chorava
Chorava por que eu queria o colo,
da mocinha mais bonita daquela que me beijava
Eu queria tá no colo daquela que me beijava
O Tempo foi passando, eu fui crescendo fui crescendo
De menino criança, home feito já morrendo
Morrendo de saudade da mocinha me querendo
Da fralda da chupeta, da banheira me aquecendo
Eu tenho na cabeça, uma coisa me dizendo
Que as mocinhas de ontem, também estão envelhecendo
Queria mesmo assim o colo dela,
porque é no colo dela que eu vou logo me aquecendo
Eu queria tá no colo daquela que me beijava
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem