terça-feira, junho 03, 2008

Um Novo Colaborador

Bom gente, volto por aqui com uma resenha feita por um grande novo amigo de Fortaleza que tive a honra de trabalhar no ano passado, o Atilla grande defensor da cultura brasileira assim como eu e que a partir de hoje passa a ser nosso colaborador...


"Caro Beto,não resisto em lhe passar boas noticias e uma delas é que a concha acustica da UFC sambou pra burro.
Que privilégio á nós cearenses presenciarmos duas apresentações sensacionais:
Pantch e as Rochas e Otto.
Gostaria de começar com o grande baterista Pantico Rocha e sua orquestra percussiva Pantch e as Rochas, formada por membros do bloco carnavalesco Unidos da Cachorra que lhe deu uma base para executar um repertório setentista e também atual com musicas próprias e também dos bardos pernambucanos Lenine e Lula Queiroga. A apresentação começou com os acordes de "2001", dos Mutantes, passando por "Divino, Maravilhoso" de Gal Costa e encerrando com a participação especialissima do violão de Manassés em "Carneiro" de Ednardo. Mas a noite estava só começando e após as apresentações das bandas vencedoras do festival ecos de 68, entrou Otto inspirado de cara com o sucesso "Indaguei a Mente" e depois uma sequencia matadora: "O Celular de Naná", Low, Bob e "Tv a Cabo".
Mas o que mais chamou atenção foi a coleção de citações entre as canções: "Olha pro céu "de Luiz Gonzaga, "Sinhá Pureza"de Pinduca,"Enquanto Engomo a Calça"de Ednardo e uma versão bem safada de"Mora na Filosofia" de Mansueto Meneses.
Os sucessos de otto foram desfilados diante de um publico completamente entregue á prosa afro-urbana e psicodélica de Otto e sua Jambroband,que contava com a participação do guitar hero cearense Fernando Catatau que havia se apresentado no dia anterior com sua banda Cidadão Instigado.
Meu amigo,me despeço aqui pedindo que você volte a incentivar as artes em sua terra através de seu blog, de minha parte continuarei a lhe enviar resenhas de shows que presenciar sempre de acordo com o universo musical que compartilhamos..."

Então é isso meu povo, o Atilla detonou nesse texto e espero que ele sempre tenha novidades para a gente lá da terra de Iracema, e para não fugir do esquema do blog, aqui vão umas músicas citadas na resenha:


2001
(Tom Zé)
Astronauta libertado
Minha vida me ultrapassa
Em qualquer rota que eu faça
Dei um grito no escuro
Sou parceiro do futuro
Na reluzente galáxia
Eu quase posso falar
A minha vida é que grita
Emprenha se reproduz
Na velocidade da luz
A cor do sol me compõe
O mar azul me dissolve
A equação me propõe
Computador me resolve
Amei a velocidade
Casei com 7 planetas
Por filho, cor e espaço
Não me tenho nem me faço
A rota do ano-luz
Calculo dentro do passo
Minha dor é cicatriz
Minha morte não me quis
Nos braços de 2.000 anos
Eu nasci sem ter idade
Sou casado sou solteiro
Sou baiano e estrangeiro
Meu sangue é de gasolina
Correndo não tenho mágoa
Meu peito é de sal de fruta
Fervendo num copo d'água

Divino Maravilhoso
(Caetano Veloso)
Atenção
Ao dobrar uma esquina
Uma alegria
Atenção, menina
Você vem
Quantos anos você tem?
Atenção
Precisa ter olhos firmes
Pra este sol
Para esta escuridão
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Atenção
Para a estrofe, para o refrão
Pro palavrão
Para a palavra de ordem
Atenção
Para o samba exaltação
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Atenção
Para as janelas no alto
Atenção
Ao pisar no asfalto mangue
Atenção
Para o sangue sobre o chão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
Atenção
Tudo é perigoso
Tudo é divino maravilhoso
Atenção para o refrão
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte
É preciso estar atento e forte
Não temos tempo de temer a morte



Indaguei a Mente
(Otto)
Vai teu corpo, leva de mim
Teu passado todo
Consolo
E ficar por aqui
Vai ter a quaresma na terra
E a guerra não deve existir
Só rima com escravos, não cravos
De bonitas rosas
Já que indaguei a mente e não a alma
Que bonita flor
Primeiro a imaginação
Depois eu poderia pôr
Você faz bem isso
Que te amo
Já que indaguei a mente
E não a alma
Elegi o amor

TV a Cabo/O Que Dá Lá é Lama
(Otto)
Acabo de comprar uma tv a cabo
Acabo de entrar pra solidão a cabo
Acabo de comprar uma tv a cabo
Acabo de entrar pra solidão
Acabo de cair no dezesseis acabo,
Acabo me tornando usuário a cabo
Acabo de cair no dezesseis acabo,
Acabo me tornando usuário
Do doze pro cinqüenta e sete é um assalto
E um sete um?
Um sete um (vai net,vem net)
Só não caí porque sou nordestino bem alimentado
É o caranguejo
O que dá lá é lama
A recifes amas
É o dalai lama


Um grande abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem