sábado, abril 30, 2005

Continuando Com Cantoras


Elas
Encerrando a série dos discos da Som Livre.com venho com um disco que aproveita para encerra aquela série sobre cantoras...
O disco Elas não tive a oportunidade de escutar, mas com essa seleção não pode ser uma coletânea ruim...
Eu acho que é um disco definitivo, vocês podem comprovar entrando na página do disco no site da gravadora clicando no titulo...
As músicas de hoje englobam todos os estilos de música que estão no disco:
ECT
(Nando Reis/Marisa Monte/Carlinhos Brown)
Tava com um cara que carimba postais
Que por descuido abriu uma carta que voltou
Tomou um susto que lhe abriu a boca
Esse recado vem pra mim não pro senhor
Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado
Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado
Retrato de 3 x 4 pra batizado distante
Mas isso aqui meu senhor, é uma carta de amor
Levo o mundo e não vou lá
Mas esse cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
Tava em casa vitamina pronta
Ouvi no rádio a minha carta sim senhor
Dizendo "eu caso contente, papel passado, presente
Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera
Não brigue nunca comigo, eu quero ver nossos filhos"
O professor me ensinou fazer uma carta de amor
Leve o mundo que eu vou já
Folhas Secas
(Nelson Cavaquinho /Guilherme Brito)
Quando eu piso em folhas secas
Caídas de uma mangueira
Penso na minha escola
E nos poetas da minha Estação Primeira
Não sei quantas vezes
Subi o morro cantando
Sempre o sol me queimando
E assim vou me acabando
Quando o tempo avisar
Que eu não posso mais cantar
Sei que vou sentir saudade
Ao lado do meu violão
Da minha mocidade.
Ronda
(Paulo Vanzolini)
De noite eu rondo a cidade a te procurar sem encontrar
No meio de olhares espio em todos os bares você não está
Volto pra casa abatido, desencantado da vida
O sonho alegria me dá nele você está
Ah se eu tivesse quem bem me quisesse
Esse alguém me diria desiste
Esta busca é inútil eu não desistia
Porém com perfeita paciência
volto a te buscar hei de encontrar
bebendo com outras mulheres
rolando um dadinho jogando bilhar
E nesse dia então vai dar na primeira edição
Cena de sangue num bar da Avenida São João

A Noite do Meu Bem
(Dolores Duran)
Hoje eu quero a rosa mais linda que houver
E a primeira estrela que vier
Para enfeitar a noite do meu bem
Hoje eu quero paz de criança dormindo
E o abandono de flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem
Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem
Ah, eu quero o amor, o amor mais profundo
Eu quero toda beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem
Ah, como esse bem demorou a chegar
Eu já nem sei se terei no olhar

Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, abril 29, 2005

Um Disco para Relembrar


Nossas Canções


Não irei falar muito desse disco, pois vocês que curtiram a música brasileira dos anos setenta e oitenta perecisam ouvir esse disco; Procurem essa preciosidade no site da Som Livre que não irão se arrepender, o link está no titulo; As músicas de hoje são quatro clássicos dessa linha, de artistas que fizeram sucesso com poucas músicas e sumiram do mapa:


A Lua e Eu
Cassiano/ Paulinho Motoka

Mais um ano se passou
E nem sequer ouvi falar seu nome
A lua e eu
Caminhando pela estrada
Eu olho em volta e só vejo pegadas
Mas não são as suas, eu sei
O vento faz lembrar você
As folhas caem mortas como eu
Quando olho no espelho
Estou ficando velho e acabado
Procuro encontrar
Não sei onde está você
O vento faz eu lembrar você
As folhas caem mortas como eu
A lua e eu...
Rua Ramalhete
( Tavito / Ney Azambuja)
Sem querer fui me lembrar
De uma rua e seus ramalhetes
Do amor anotado em bilhetes
Daquelas tardes
No muro do Sacre-Coeur
De uniforme e olhar de rapina
Nossos bailes do clube da esquina
Quanta saudade
Muito prazer, vamos dançar
Que eu vou falar no seu ouvido
Coisas que vão fazer você tremer
Dentro do vestido
Vamos deixar tudo rolar
E o som dos Beatles na vitrola
Será que algum dia eles vêm aí
Cantar as canções que a gente quer ouvir
Casinha Branca
(Gilson/Joran)
Eu tenho andado tão
Sozinho ultimamente
Que não vejo à minha frente
Nada que me dê prazer
Sinto cada vez mais longe
A felicidade
Vemdo em minha mocidade
Tanto sonho parecer
Eu queria ter na vida
Simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca
De varanda
Um quintal e uma janela
Pra ver o sol nascer
Às vezes saio a caminhar
Pela cidade
À procura de amizades
Vou seguindo a multidão
Mas eu me retraio olhando
Em cada rosto
Cada um tem seu mistério
Seu sofrer sua ilusão
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida simplesmente um lugar de mato verde
Pra planta e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Eu queria ter na vida simplesmente
Um lugar de mato verde
Pra plantar e pra colher
Ter uma casinha branca de varanda
Um quintal e uma janela
Para ver o sol nascer
Sonho de Ícaro
(Pisca/ Claudio Rabelo)
Voar, voar, subir subir ir por onde for
Descer até o céu cair ou mudar de cor
Anjos de gás, asas de ilusão
E um sonho audaz feito um balão
No ar, no ar eu sou assim brilho do farol
Além do mais amargo fim simplesmente sol
Rock do bom ou quem sabe jazz
Som sobre som bem mais bem mais
O que sai de mim feito prazer
De querer sentir o que eu não posso ter
O que faz de mim ser o que sou
É gostar de ir por onde ninguém for
Do alto coração mais alto coração
Viver viver e não fingir esconder no olhar
Pedir não mais que permitir jogos de azar
Fauno lunar sombras no porão
E um show vulgar todo verão
Fugir meu bem pra ser feliz só no pólo sul
Não vou mudar do meu país nem vestir azul
Faça o sinal cante uma canção
Sentimental em qualquer tom
Repetir o amor já satisfaz
Dentro do bombom há um licor a mais
Ir até que um dia chegue em fim
Em que o sol derreta a cera até o fim
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, abril 28, 2005

A Década do Rock


20 Anos de Rock Brasil

A série sobre discos exclusivos da Som Livre com uma espetacular coletânea sobre o maior momento da música brasileira nos anos oitenta...
A comemoração dos 20 anos de Rock Brasil são dois albuns duplos que comemoram a grande diversidade de grupos que estouraram e tocavam muito nas rádios...
Esse movimento revelou vários grupos que estão até hoje na ativa e que fez muita gente balançar ao som deles... Eu particulamente me sinto muito bem ao escutar essa geração...

Conheçam os discos clicando no titulo e entrando na página da gravadora...
As músicas de hoje estão distribuidas nos quatro discos e a primeira é a única que é um artista solo que está revivendo essa época hoje em dia com um espetáculo com outros artistas, as outras são bandas que resistem até hoje:


A Fórmula do Amor
(Leo Jaime / Leoni)
Eu tenho o gesto exato
Sei como devo andar
Aprendi nos filmes pra um dia usar
Um certo ar cruel
De quem sabe o que quer
Tenho tudo planejado pra te impressionar
Luz de fim de tarde
Meu rosto em contra-luz
Não posso compreender
Não faz nenhum efeito
A minha aparição
Será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Mantenho o passo, alguém me vê
Nada acontece não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei
Ainda encontro a fórmula do amor
Eu tenho a pose exata
Pra me fotografar
Aprendi nos livros
Pra um dia usar
Um certo ar cruel
De quem sabe o que quer
Tenho tudo ensaiado pra te conquistar
Eu tenho um bom papo
E sei até dançar
Não posso compreender
Não faz nenhum efeito
A minha aparição
Será que errei na mão
As coisas são mais fáceis na televisão
Eu jogo um charme alguém me vê
Nada acontece não sei porque
Se eu não perdi nenhum detalhe
Onde foi que eu errei
Ainda encontro a fórmula do amor
Núcleo Base
(Edgard Scandurra)
Meu amor eu sinto muito, muito, muito, mais vou indo
Pois é tarde, muito tarde e preciso ir embora
Sinto muito meu amor mas acho que já vou andando
Amanhã acordo cedo e preciso ir embora
Eu queria ter você mas acho que já vou andando
Outro dia pode ser mas não vai dar pra ser agora...
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
E já esta ficando tarde e eu estou muito cansado
Minha mente está tão cheia e estou me transbordando
Você pensa que sou louco mas estou só delirando
Você pensa que sou tolo mas estou só te olhando
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
Eu tentei fugir não queria me alistar
Eu quero lutar mas não com essa farda
Mas não com essa farda.
Mas não com essa farda
Mas não com essa farda...
Não!!!!!!
Infinita Highway
(Humberto Gessinger)
Você me faz correr demais os riscos dessa highway
Você me faz correr atrás do horizonte dessa highway
Ninguém por perto, silêncio no deserto,
Deserta highway
Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar
Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos... nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e isso é tudo
É sobretudo a lei da Infinita Highway
Quando eu vivia e morria na cidade, eu não tinha nada
Nada a temer
Mas eu tinha medo, eu tinha medo dessa estrada
Olhe só, veja você
Que quando eu vivia e morria na cidade
Eu tinha de tudo, tudo ao meu redor
Mas tudo que eu sentia era que algo me faltava
E à noite eu acordava banhado em suor
Não queremos ter o que não temos
Nós só queremos viver com um mínimo de paz
Não queremos lembrar o que esquecemos
Não queremos nem saber
Sem motivos , nem objetivos
Estamos vivos e é só
Só obedecemos a lei dessa infinita highway
Escute, garota, o vento canta uma canção
Dessas que a banda nunca toca sem razão
Me diga, garota, será a estrada um canção?
Eu acho que sim, você finge que não
Mas nem por isso ficaremos parados
Com a cabeça nas nuvens e os pés no chão
Tudo bem, garota, não adianta mesmo ser livre
Se tanta gente vive sem ter o que comer
Estamos sós e nenhum de nós sabe onde vai parar
Estamos vivos, sem motivos
Que motivos temos pra estar?
Atrás de palavras escondidas
Nas entrelinhas do horizonte dessa highway
Silenciosa highway
Eu vejo o horizonte trêmulo, eu tenho os olhos úmidos
Eu posso estar completamente enganado
Eu posso estar correndo pro lado errado
Mas "a dúvida é o preço da pureza"
E é inútil ter certeza
Eu vejo as placas dizendo não corra, não corra, não fume
Eu vejo as placas cortando o horizonte
Elas parecem facas de dois gumes
A minha vida é tão confusa quanto a América Central
Por isso não me acuse de ser irracional
Escute, garota, façamos um trato
Você desliga o telefone se eu ficar muito abstrato
Eu posso ser um Beatle, um beatnik ou um bitolado
Mas eu não sou ator, eu não tô a toa do teu lado
Por isso garota, façamos um pacto
De não usar a highway pra causar impacto
110, 120, 160, só pra ver até quando o motor aguenta
Na boca em vez de um beijo um chiclete de menta
E a sombra do sorriso que eu deixei
Numa das curvas da highway
Falar a Verdade
(Lazão / Da Gama / Bino / Bernardo)
Vamos falar a verdade pra vocês
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
Você que luta para se manter
Você que pede pra sobreviver
Você que olha com toda curiosidade
A fim de saber a verdadeira verdade
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Você que foge como um ladrão
Tentando se esquivar da perseguição
Você que foge como um ladrão
Tentando se esquivar da perseguição
Você que anda pelo meio da rua
Você que lê livros de mulher nua
Você que vê coisa invisível
Você que crê no todo poderoso
Você que nasce, você que cresce
Você que luta para se manter
Você que pede pra sobreviver
Você que olha com toda curiosidade
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Você que foge como um ladrão
Tentando se esquivar da perseguição
Você que foge como um ladrão
Tentando se esquivar da perseguição
Você que anda pelo meio da rua
Você que lê livros de mulher nua
Você que vê coisa invisível
Você que crê no todo poderoso
Você que nasce, você que cresce
Você que luta para se manter
Você que pede pra sobreviver
Você que olha com toda curiosidade
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
A fim de saber a verdadeira verdade
Estamos a fim de saber, a fim de saber
Ei, ei, estamos aí pro que der e vier
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Ei, ei, estamos aí, pro que der e vier
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, abril 27, 2005

Os Festivais Precisam Voltar


Festivais

Continuando a série sobre discos exclusivos da Som Livre, temos hoje dois volumes sobre um dos momentos mais importantes da música brasileira...
Os Festivais revelaram praticamente todos os grandes artistas da MPB desde a década de sessenta...
Infelizmente não temos mais esses eventos que lotavam ginásios e que provocavam frisson em todo o Brasil...
Nestes discos temos até o inicio dos anos oitenta, que foi a fase auréa deles...
No titulo temos o link para a página do disco na Som Livre, vale a pena conhecer esse momento ímpar da nossa música...
As músicas de hoje mostram os grandes sucessos de quatro artistas que surgiram para todo o Brasil nos festivais:

A Banda
(Chico Buarque)
Estava a toa na vida, o meu amor me chamou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
A minha gente sofrida, despediu-se da dor
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
O homem sério que contava dinheiro, parou
O faroleiro que contava vantagens, parou
A namorada que contava as estrelas,
Parou para ver, ouvir e dar passagem
A moça triste que vivia calada, sorriu
A rosa triste que vivia fechada, se abriu
A meninada toda se asanhou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou
Qu'inda era moço pra sair no terraço e dançou
A moça feia debruçou na janela
Pensando que a banda tocava pra ela
A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu
A lua cheia que vivia escondida, surgiu
Minha cidade toda se enfeitou
Pra ver a banda passar, cantando coisas de amor
Mas para meu desencanto, o que era doce acabou
Tudo tomou seu lugar, depois que a banda passou
E cada qual no seu canto, em cada canto uma dor
Depois da banda passar, cantando coisas de amor
Planeta Água
(Guilherme Arantes)
Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos,
Nno leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora,
Virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água
Alegria Alegria
(Caetano Veloso)
Caminhando contra o vento
Sem lenço sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou
O sol se reparte em crimes
Espaçonaves guerrilhas
Em cardinales bonitas
Eu vou
Em caras de presidentes
Em grandes beijos de amor
Em dentes pernas bandeiras
Bomba e brigitte bardot
O sol nas bancas de revistas
Me enchem de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia?
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não? Por que não
Ela pensa em casamento e
E eu nunca mais fui à escola
Sem lenço sem documento
Eu vou
Eu tomo uma coca-cola
Ela pensa em casamento
Uma canção me consola
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Sem livros e sem fuzil
Sem fome sem telefone
No coração do brasil
Ela nem sabe até pensei
Em cantar na televisão
O sol é tão bonito
Eu vou
Sem lenço sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo amor
Eu vou por que não? Por que não?
Agonia
(Oswaldo Montenegro)
Se fosse resolver iria te dizer
Foi minha agonia
Se eu tentasse entender
Por mais que eu me esforçasse eu não conseguiria
Aqui no coração
Eu sei que vou morrer um pouco a cada dia
E sem que se perceba a gente se encontra
Pra uma outra folia
Eu vou pensar que é festa
Vou dançar, cantar, é minha garantia
E vou contagiar diversos corações com minha euforia
E a amargura e o tempo vão deixar meu corpo
Minha alma vazia
E sem que se perceba a gente se encontra
Pra uma outra folia
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, abril 26, 2005

A Volta do Escritor Solitário

Rapidamente só para dizer a quem frequenta o Blog da Cultura Brasileira que meu alter-ego Escritor Solitário avisa que o seu blog está de volta...
Quando vierem por aqui, deêm uma passadinha por lá e comentem...
Podem clicar no titulo ou então no próprio nome....

Um grande abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

Os Temas que Embalaram as Novelas


O Melhor Das Novelas

Conforme eu falei ontem essa semana teremos vários discos que pertencem ao catálogo da gravadora Som Livre que pertence as organizações Globo que tem sua televisão completando essa semana quarenta anos...
Esses discos são exclusivos para venda no site da gravadora e são excelentes coletâneas que valem a pena ter...
Primeiro vamos mostrar o disco que tem as músicas que foram trilhas das novelas globais durante esses quarenta anos...
O Melhor das Novelas são dois álbuns duplos com 56 músicas que tem vários estilos tornando ela bem diversificada...
No titulo tem o link para a página do disco no site da Som Livre...
As músicas de hoje estão distribuídas nos quatro discos dessa coletânea e tem Cassia Eller, Beth Carvalho, Tom Jobim, Chico Buarque representando todos eles:

Malandragem
(Cazuza/Frejat /Mário Manga)
Quem sabe eu ainda sou uma garotinha
Esperando o ônibus da escola sozinha
Cansada com minhas meias três quartos
Rezando baixo pelos cantos
Por ser uma menina má
Quem sabe o príncipe virou um chato
Que vive dando no meu saco
Quem sabe a vida é não sonhar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Bobeira é não viver a realidade
E eu ainda tenho uma tarde inteira
E eu ando nas ruas
Eu troco cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo pra cantar
Pra cantar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu ando nas ruas
Eu troco cheque
Mudo uma planta de lugar
Dirijo meu carro
Tomo o meu pileque
E ainda tenho tempo pra cantar
Pra cantar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança
E não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar
Eu sou poeta e não aprendi a amar
As Vitrines
(Chico Buarque)
Eu te vejo sumir por aí
Te avisei que a cidade era um vão
Dá tua mão, olha prá mim
Não faz assim, não vá lá, não
Os letreiros a te colorir
Embaraçam a minha visão
Eu te vi suspirar de aflição
E sair da sessão frouxa de rir
Já te vejo brincando gostando de ser
Tua sombra se multiplicar
Nos teus olhos também posso ver
As vitrines te vendo passar
Na galeria, cada clarão
É como um dia depois de outro dia
Abrindo o salão
Passas em exposição
Passas sem ver teu vigia
Catando a poesia
Que entornas no chão
Luiza
(Tom Jobim)
Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza

As Rosas não Falam
(Cartola)
Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão
Emfim
Volto ao jardim
Com a certeza de que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Queixo-me as rosas mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti
Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhavas meus sonhos
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, abril 25, 2005

Quatro Décadas de Entretenimento


Uma Homenagem para a Toda Poderosa
A Rede Globo amanhã estará completando quarentas anos de uma história que tem milhares de acontecimentos...
A vida de muitas gerações foi permeada pelas massificação da televisão nessas quatro décadas da força das Organizações Globo...
Nessa semana veremos vários programas e vocês podem saber quais entrando no site da televisão clicando no titulo...
De amanhã até sábado, eu decidi falar da Som Livre gravadora do grupo, pois existem vários discos especiais que valem a pena conhecer...
As músicas de hoje são para relembrar o Globo de Ouro, maior programa musical que durante anos embalou as noites sextas feiras e que estarão no especial de amanhã, a primeira foi tema de uma série chamada Malu Mulher, a segunda é do artista que está nos finais de ano da tv tradicionalmente, as duas últimas são para homenagear o Rock Brasil dos anos 80:

Começar de Novo
(Ivan Lins e Victor Martins)

Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as suas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem suas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo
Emoções
(Roberto Carlos e Erasmo Carlos)
Quando eu estou aqui eu vivo este momento lindo
Olhando prá você e as mesmas emoções sentindo
São tantas já vividas, são momentos que eu não me esqueci
Detalhes de uma vida, histórias que eu contei aqui
Amigos eu ganhei, saudades eu senti partindo
E às vezes eu deixei você me ver chorar sorrindo
Sei tudo que o amor é capaz de me dar
Eu sei já sofri mas não deixo de amar
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi
Mas eu estou aqui vivendo esse momento lindo
De frente prá você e as emoções se repetindo
Em paz com a vida e o que ela me traz
Na fé que me faz otimista demais
Se chorei ou se sorri
O importante é que emoções eu vivi
Que País é Este?
(Renato Russo)

Nas favelas, no senado
Sujeira pra todo lado
Ninguém respeita a constituição
Mas todos acreditam no futuro da nação
Que pais é este?
No Amazonas, no Araguaia, na Baixada fluminense
No Mato grosso, nas Gerais e no Nordeste tudo em paz
Na morte eu descanso mas o sangue anda solto
Manchando os papéis, documentos fiéis
Ao descanso do patrão
Que país é este ?
Terceiro Mundo se for
Piada no exterior
Mas o Brasil vai ficar rico
Vamos faturar um milhão
Quando vendermos todas as almas
Dos nossos índios num leilão.
Que país é este?
Brasil
(Cazuza/ George Israel / Nilo Romero)

Não me convidaram
Pra essa festa pobre
Que os homem armaram
Pra me convencer
Apagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha
Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio
O nome do teu sócio
Confia em mim
Não me sortearam a garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim
Ver TV a cores naTaba de um índio
Programada pra só dizer sim
Grande pátria desimportante em nenhum instante
Eu vou te trair não vou te trair
Um abraço para vocês:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, abril 24, 2005

A MPB Está Invadindo os Eua!!!


É a Música Brasileira Fazendo Sucesso!!!!


Estou falando muito sobre cantoras e fiquei imaginando se as cantoras brasileiras realmente são tão interessantes como aparentam ser...
Então comecei a observar um fato que ocorreu nos últimos meses e que só me fez acreditar que realmente o nosso nível de cantoras está num patamar alto...
No curto periodo foram lançados três filmes americanos que tinham em suas trilhas sonoras músicas brasileiras sendo interpretadas por grandes cantoras nacionais...
Bebel Giberto está em Closer- Perto Demais com três músicas, Maria Rita está no filme Ladrão de Diamantes com uma música e encerrando a mãe dela Elis Regina no filme Be Cool Outro Nome do Jogo com uma música...
E temos de tudo, desde Gilberto Gil até Vinicius de Moraes passando por Rita Lee e até Cazuza...
Lembrando que isso vem de muito tempo, como por exemplo, Carmem Miranda foi uma das grandes coqueluches dos filmes americanos na década de quarenta...
Se vocês observarem são excelentes cantoras onde a genética aparece, a Bebel que é filha de Miúcha e João Gilberto e a mãe e filha Maria Rita e Elis Regina, precisa falar alguma coisa????
As músicas de hoje, como não poderia deixar de ser, são quatro das que falei acima sendo a primeira da Elis, a segunda a de Maria Rita e as últimas são duas das três da Bebel:


A Roda
(Gilberto Gil /João Augusto)
Meu povo, preste atenção na roda que eu te fiz
Quero mostrar a quem vem aquilo que o povo diz
Posso falar, pois eu sei, eu tiro os outros por mim
Quando almoço, não janto e quando canto é assim
Agora vou divertir, agora vou começar
Quero ver quem vai sair, quero ver quem vai ficar
Não é obrigado a me ouvir quem não quiser escutar
Quem tem dinheiro no mundo quanto mais tem, quer ganhar
E a gente que não tem nada fica pior do que está
Seu moço, tenha vergonha, acabe a descaração
Deixe o dinheiro do pobre e roube outro ladrão
Agora vou divertir, agora vou prosseguir
Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai sair
Não é obrigado a escutar quem não quiser me ouvir
Se morre o rico e o pobre, eterre o rico e eu
Quero ver quem que separa o pó do rico do meu
Se lá embaixo há igualdade, aqui em cima há de haver
Quem quer ser mais do que é, um dia há de sofrer
Agora vou divertir agora vou prosseguir
Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai sair
Não é obrigado a escutar quem não quiser me ouvir
Seu moço, tenha cuidado com sua exploração
Se não lhe dou de presente a sua cova no chão
Quero ver quem vai dizer, quero ver quem vai mentir
Quero ver quem vai negar aquilo que eu disse aqui
Agora vou divertir, agora vou terminar
Quero ver quem vai sair, quero ver quem vai ficar
Não é obrigado a me ouvir quem não quiser escutar
Agora vou terminar, agora vou discorrer
Quem sabe tudo e diz logo fica sem nada a dizer
Quero ver quem vai voltar, quero ver quem vai fugir
Quero ver quem vai ficar, quero ver quem vai trair
Por isso eu fecho essa roda, a roda que eu te fiz
A roda que é do povo onde se diz o que diz
Agora Só Falta Você
(Rita Lee / Luz Sérgio)
Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto a você
E em tudo o que eu faço
Existe um porque
Eu sei que eu nasci,
Sei que eu nasci pra saber,
Pra saber o que
E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar para o que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto o prazer de ser quem eu sou,
De estar onde estou
Agora só falta você, agora só falta você
Agora só falta você, agora só falta
Mais Feliz
(Dé, Bebel Gilberto e Cazuza)
O nosso amor nao vai para de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que dividi o rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar nem ser tema de livro
A vida inteira que quis um verso simples
Pra transforma o que eu digo
Rimas faceis, calafrios,
Furo o dedo faz um pacto comigo
Num segundo teu, no meu
Por um segundo mais feliz AhhhAhhh!
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar nem ser tema de livro
A vida inteira eu quis um verso simples
Pra transforma o que eu digo
Rimas faceis, calafrios furo o dedo
Faz um pacto comigo
Por um segundo mais feliz
O nosso amor nao vai para de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que dividi o rio
Me diga coisas bonitas
Rimas faceis, calafrios
Furo o dedo faz um pacto comigo
Num segundo teu no meu
Por um segundo mais feliz
Samba da Benção
(Vinícius de Moraes)
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Mas prá fazer um samba com beleza
É preciso um bocado de tristeza
Senão não se faz um samba não
Fazer samba não é contar piada
E quem faz samba assim não é de nada
O bom samba é uma forma de oração
Porque o samba é a tristeza que balança
E a tristeza tem sempre uma esperança
De um dia não ser mais triste não
Põe um pouco de amor numa cadência
E vai ver que ninguém no mundo vence
A beleza que tem um samba não
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
Porque o samba nasceu lá na Bahia
E se hoje ele é branco na poesia
Ele é negro demais no coração
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem