sábado, outubro 16, 2004

O Baiano Que é Pernambucano

Olhem os blogs que valem a pena visitar:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.noites_de_castana.blogger.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/

E um site que divulga os artistas que não estão na midia:

http://www.entrecantos.com/

Hoje eu vou falar do mais pernambucano dos baianos:

Moraes Moreira

Salve esse pernambaiano que faz uma música de qualidade e divulgando a cultura nordestina, inclusive a nossa, pois com seus frevos mostra acultura pernambucana pelo mundo...
Sem mais delongas se clicarem no titulo para entrar no site oficial dele...
As músicas de hoje são quatro sucessos que considero as mais representantes dessa carreira brilhante:

Brasil Pandeiro
(Assis Valente)

Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor
Eu fui na Penha, fui pedir ao Padroeiro para me ajudar
Salve o Morro do Vintém, Pendura a saia eu quero ver
Eu quero ver o tio Sam tocar pandeiro para o mundo sambar
O Tio Sam está querendo conhecer a nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana melhorou seu prato
Vai entrar no cuzcuz, acarajé e abará
Na Casa Branca já dançou a batucada de ioiô, iaiá
Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Há quem sambe diferente noutras terras, noutra gente
Num batuque de matar
Batucada, Batucada, reunir nossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressão que não tem par, ó meu Brasil
Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros que nós queremos sambar
Ô, ô, sambar, iêiê, sambar...

Pombo Correio
(Dodô - Osmar - Moraes Moreira)
Pombo correio voa depressa esta carta leva para o meu amor

Leva no bico que eu aqui fico esperando
Pela resposta que é prá saber se ela ainda gosta de mim
Pombo correio se acaso um desencontro
Acontecer não perca nem um só segundo
Voar o mundo se preciso for
O mundo voa mas me traga uma notícia boa
Pombo correio voa ligeiro
Meu mensageiro e essa mensagem de amor
Leva no bico que eu aqui fico cantando
Que é prá espantar essa tristeza
Que a incerteza que o amor traz
Pombo correio nesse caso eu lhe conto
Por estas linhas a que ponto quer chegar
Meu coração o que mais gosta

Preta Pretinha
(Galvão - Moraes Moreira)
Enquanto eu corria, assim eu ia

Lhe chamar enquanto corria a barca
Lhe chamar enquanto corria a barca
Por minha cabeça não passava
Só, só, somente só
Assim vou lhe chamar, assim você vai ser
Assim vou lhe chamar, assim você vai ser
Lá iá lá lá iá, lá lá lá iá, lá iá
Preta, preta, pretinha
Preta, preta, pretinha
Preta, preta, pretinha
Preta, preta, pretinha
Abre a porta e a janela e vem ver o sol nascer
Abre a porta e a janela e vem ver o sol nascer
Eu sou um pássaro que vivo avoando
Vivo avoando sem nunca mais parar
Ai Ai saudade não venha me matar
Ai Ai saudade não venha me matar

Lá Vem o Brasil Descendo a Ladeira
(Pepeu Gomes - Moraes Moreira)
Quem desce do morro não morre no asfalto

Lá vem o Brasil, descendo a ladeira
Na bola, no samba, na sola, no salto
Lá vem o Brasil, Descendo a ladeira
Da sua escola é passista de primeira
Lá vem o Brasil, descendo a ladeira
No equilíbrio da lata não é brincadeira
Lá vem o Brasil, descendo a ladeira
E toda a cidade que andava quieta
Naquela madrugada acordou mais cedo
Arriscando um verso gritou o poeta
Respondeu o povo num samba sem medo
E enquanto a mulata em pleno movimento com tanta cadência
Descia a ladeira todos mostrava naquele momento
A força que tem a mulher brasileira

Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, outubro 15, 2004

O Frevo com Cem Anos

Vamos visitar esses blogs:

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Hoje eu vou falar de frevo e vou homenagear dois compositores que se vivos fossem estariam completando 100 anos:

Capiba
Edgard Moraes

Eles são autores de grandes sucessos e infelizmente só Capiba que é conhecido como compositor, embora de uns tempos para cá o Edgard Moraes está tendo seu reconhecimento...
Infelizmente não achei nenhum site para que vocês entrem, mas o que importa é a lembrança né...
Tem uma história curiosa sobre Capiba que é o fato dele não ser compositor de frevo, tendo uma música que acabou nomeando uma das maiores cantoras do Brasil, Maria Bethânia, já que por causa de uma música com esse nome que foi sucesso com Nelson Gonçalves, que Caetano Veloso pediu a mãe para colocar o name na sua irmã recém nascida:

MARIA BETÂNIA
(Capiba)
Maria Betânia
Tu és para mim
A senhora do engenho
Em sonhos te vejo
Maria Betânia és tudo que eu tenho
Quanta tristeza sinto no peito
Só em pensar
Que o meu sonho está desfeito
Maria Betânia
Te lembras ainda
Daquele São João
As minhas palavras
Caíram bem dentro do teu coração
Tu me olhavas com emoção
E sem querer
Pus minha mão em tua mão
Maria Betânia
Tu sentes saudade
De tudo, bem sei
Porém também sinto
Saudade do beijo
Que nunca te dei
Beijo que vive com esplendor
Nos lábios meus
Para aumentar a minha dor
Maria Betânia
Eu nunca pensei
Acabar tudo assim
Maria Betânia
Por Deus eu te peço
Tem pena de mim
Hoje confesso com dissabor
Que não sabia
Nem conhecia o amor.


Continuando com as músicas eu irei colocar quatro frevos, dois de cada para representrar esse ritmo que merece todas as honrarias, já que até o trio eletrico começou tocando Vassourinhas:

Valores do Passado
(Edgard Moraes)
Bloco das flores, Andaluzas, Cartomantes
Camponeses, Após Fum e o bloco Um dia Só
Os Corações Futuristas, Bobos em Folia,
Pirilampos de Tejipió
A Flor da Magnólia
Lira do Charmion, Sem Rival
Jacarandá, a Madeira da Fé
Crisântemos Se Tem Bote e
Um Dia de Carnaval
Pavão Dourado, Camelo de Ouro e Bebé
Os queridos Batutas da Boa Vista
E os Turunas de São José
Príncipe dos Príncipes brilhou
Lira da Noite também vibrou
E o Bloco da Saudade,
Assim recorda tudo o que passou.


Madeira Que Cupim Não Roi
(Capiba)
Madeira do Rosarinho
Vem a cidade sua fama mostrar
E traz com seu pessoal
Seu estandarte tão original
Não vem prá fazer barulho
Vem só dizer, e com satisfação
Queiram ou não queiram os juizes
O nosso bloco é de fato campeão
E se aquí estamos,
Cantando esta canção
Viemos defender
A nossa tradição
E dizer bem alto que a injustiça dói
Nós somos Madeira, de lei,
Que cupim não roi



A Dor de Uma Saudade
(Edgard Moraes)
A dor de uma saudade
Vive sempre em meu coração
Ao relembrar alguém que partiu
Deixando a recordação, nunca mais ...
Hão de voltar os tempos
Felizes que passei em outros carnavais
Cantar! oh! cantar
É um bem que do céu nos vem
Se algumas vezes nos faz chorar
Ante os revezes nos rir também
Cantar! oh! cantar
Com expressão de uma emoção
Que nasce d'alma e vem dizer ao coração
Que a vida é uma canção


A Pisada é Essa
(Capiba)
Quando a vida é boa
Não precisa pressa
Até quarta-feira
A pisada é essa
Prá que vida melhor
Fale quem tiver boca
Eu nunca vi coisa assim
Oh que gente tão louca
Eu quero ver
Carvão queimar
Eu quero ver queimar carvão
Eu quero ver daqui a pouco
Pegar fogo no salão


Para encerrar uma música que tanto pode ser frevo ou uma ciranda:

Frevo Ciranda
(Capiba)
Eu fui na praia do Janga
Pra ver a ciranda e o seu cirandar.
O mar estava tão belo
E um peixe amarelo eu vi navegar
Não era peixe, não era
Era Iemanjá, rainha
Dançando a ciranda, ciranda
No meio do mar

Um grande abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, outubro 14, 2004

O Homem do Frete

Entrem nesses blogs que eu indico:

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Hoje eu vou homenagear um grande poeta de raiz:

Renato Teixeira

Esse paulista que compôs verdadeiros clássicos da música brasileira e foi gravado por vários artistas, principalmente Elis Regina, sempre ela, e eu sou um admirador da obra dele e vou fazer diferente hoje, eu vou indicar três discos que são obras primas dele emparceria com outros artistas e um solo:

Renato Teixeira e Pena Branca e Xavantinho Ao Vivo Em Tatuí
Renato Teixeira e Zé Geraldo O Novo Amanhece
Renato Teixeira e Xangai Aguaraterra
Renato Teixeira Ao Vivo no Rio

O primeiro, segundo e quarto são da Kuarup e o terceiro é da Paradoxx, eles são discos que todo mundo deveria ter na sua casa, pois são muito bons e retrata a verdadeira música de raiz brasileira...
Se clicarem no titulo, vão ter acesso ao site oficial dele e irão poder conhecer um pouco mais deste brilhante artista...
As músicas de hoje são bem conhecidas do publico e acho que já publiquei pelo menos uma delas, a primeira e salvo engano posso ter publicado a segunda também, mas vale a pena ter elas por aqui novamente:

Tocando em Frente
(Almir Sater e Renato Teixeira)
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe
Eu só levo a certeza de que muito pouco eu sei
E nada sei
Conhecer as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs
É preciso amor pra poder pulsar, é preciso paz pra poder sorrir
É preciso chuva para florir
Penso que cumprir a vida seja simplesmente
Compreender a marcha e ir tocando em frente
Como um velho boiadeiro levando a boiada
Eu vou tocando os dias pela longa estrada eu vou
Estrada eu sou
Todo mundo ama um dia, todo mundo chora
Um dia a gente chega, no outro vai embora
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz
Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Cada um de nós compõe a sua história
E cada ser em si carrega o dom de ser capaz
De ser feliz


Romaria
(Renato Teixeira)
É de sonho e de pó, o destino de um só
Feito eu perdido em pensamentos
Sobre o meu cavalo
É de laço e de nó, de gibeira o jiló,
Dessa vida cumprida a sol
Sou caipira, Pirapora Nossa

Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida
O meu pai foi peão, minha mãe solidão
Meus irmãos perderam-se na vida
Em busca de aventuras
Descasei, joguei, investi, desisti
Se há sorte eu não sei, nunca vi
Me disseram porém que eu viesse aqui
Pra pedir de romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar, só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar, meu olhar


Amizade Sincera
(Renato Teixeira e Dominguinhos)
Amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso se for preciso
Conte comigo, amigo disponha
Lembre-se sempre que mesmo modesta
Minha casa será sempre sua
Amigo
Os verdadeiros amigos
Do peito, de fé
Os melhores amigos
Não trazem dentro da boca
Palavras fingidas ou falsas histórias
Sabem entender o silêncio
E manter a presença mesmo quando ausentes
Por isso mesmo apesar de tão raro
Não há nada melhor do que um grande amigo


Um Violeiro Toca
(Almir Sater e Renato Teixeira)
Quando uma estrela cai
Na escuridão da noite
E um violeiro toca suas mágoas
Então os olhos dos bichos
Vão ficando iluminados
Rebrilham neles estrelas
De um sertão enluarado
Quando o amor termina
Perdido numa esquina
E um violeiro toca sua sina
Então os olhos dos bichos
Vão ficando entristecidos
Rebrilham neles lembranças
Dos amores esquecidos
Quando um amor começa
Nossa alegria chama
E um violeiro toca em nossa cama
Então os olhos dos bichos
São os olhos de quem ama
Pois a natureza é isso
Sem medo, nem dó, nem drama
Tudo é sertão, tudo é paixão
Se um violeiro toca
A viola, o violeiro e o amor
Se tocam


Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, outubro 13, 2004

O Poetinha

Agora eu tenho quatro blogs que vou indicar, além dos dois que já são conhecidos de vocês, o da Lu e o do meu amigo André Mussalém, de hoje em diante tem os dois blogs da Bia:

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E foi olhando este terceiro blog acima que me inspirei para homenagear o grande poetinha:

Vinicius de Moraes

Ele é um dos grandes nomes da literatura e da MPB, que teve grande parceiros e essa homenagem não precisa de falar muito, entrem no site oficial clicando no titulo do post que vocês vão ver que história fantástica...
Vou colocar seis músicas que são marcantes para todos os brasileiros e as duas últimas tem haver muito com Pernambuco, a quinta é uma parceria com o grande Capiba e a última foi composta aqui em Recife:

Regra Três
(Vinicius de Moraes / Toquinho)
Tantas você fez que ela cansou

Porque você, rapaz
Abusou da regra três
Onde menos vale mais
Da primeira vez ela chorou
Mas resolveu ficar
É que os momentos felizes
Tinham deixado raízes no seu penar
Depois perdeu a esperança
Porque o perdão também cansa de perdoar
Tem sempre o dia em que a casa cai
Pois vai curtir seu deserto, vai.
Mas deixe a lâmpada acesa
Se algum dia a tristeza quiser entrar
E uma bebida por perto
Porque você pode estar certo que vai chorar

Gente Humilde
(Vinicius de Moraes / Chico Buarque / Garoto)
Tem certos dias em que eu penso em minha gente

E sinto assim todo o meu peito se apertar
Porque parece que acontece de repente
Como um desejo de eu viver sem me notar
Igual a como quando eu passo no subúrbio
Eu muito bem vindo de trem de algum lugar
E aí me dá uma inveja dessa gente
Que vai em frente sem nem ter com que contar
São casas simples, com cadeiras na calçada
E na fachada escrito em cima que é um lar
Pela varanda, flores tristes e baldias
Como a alegria que não tem onde encostar
E aí me dá uma tristeza no meu peito
Feito um despeito de eu não ter como lutar
E eu que não creio peço a Deus por minha gente
É gente humilde, que vontade de chorar

Eu Sei Que Vou Te Amar
(Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim)
Eu sei que vou te amar

Por toda a minha vida, eu vou te amar
Em cada despedida, eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar
E cada verso meu será
Pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida
Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua, eu vou chorar
Mas cada volta tua há de apagar
O que esta tua ausência me causou
Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver
À espera de viver ao lado teu
Por toda a minha vida

Eu Não Existo Sem Você
Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim
Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim

Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe
Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste
Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos me encaminham pra você
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você

Soneto de Fidelidade
(Vinicius de Moraes / Capiba)
De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

O Filho Que Eu Quero Ter
(Vinicius de Moraes / Toquinho)
É comum a gente sonhar, eu sei

Quando vem o entardecer
Pois eu também dei de sonhar
Um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar
Com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar
O filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho
Dorme que a noite já vem
Teu pai está muito sozinho
De tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar
Num menino igual a mim
Que vem correndo me beijar
Quando eu chegar lá de onde vim
Um menino sempre a me perguntar
Um porquê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem
E a quem só diga que sim
Dorme, menino levado
Dorme que a vida já vem
Teu pai está muito cansado
De tanta dor que ele tem
Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado
Dorme que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, outubro 12, 2004

A Literatura Está Triste

Vale a pena visitar esses blogs:

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Infelizmente hoje eu vou ter que homenagear um grande escritor que nos deixou ontem:

Fernando Sabino

Esse mineiro que estaria completando 81 anos hoje, faleceu depois de luta inglória contra um câncer...
Eu lembro que li, há muito tempo atrás o mais famoso livro dele:

Encontro Marcado

Confesso que não lembro do livro, mas eu recordo que foi importante para mim na vontade de querer ser escritor...
Eu não vou me alongar muito e quem tiver interesse em conhecer a carreira deste representante da maravilhosa literatura brasileira é só clicar no titulo...
Hoje eu vou colocar duas crônicas dele:

O Homem Nu
Fernando Sabino

Ao acordar, disse para a mulher:
-- Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
-- Explique isso ao homem -- ponderou a mulher.
-- Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar -- amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
-- Maria! Abre aí, Maria. Sou eu -- chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
-- Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
-- Ah, isso é que não! -- fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
-- Isso é que não -- repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
-- Maria! Abre esta porta! -- gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
-- Bom dia, minha senhora -- disse ele, confuso. -- Imagine que eu...
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
-- Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
-- Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
-- É um tarado!
-- Olha, que horror!
-- Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
-- Deve ser a polícia -- disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.


Mulher de Matar
Fernando Sabino

Olhou distraidamente para o relógio e deu um pulo na cadeira: Ih, cacilda, quatro e meia da manhã! Mais um pouco e encontraria a mulher acordada.
Enquanto a noite durasse, nada a temer. Mas não podia se deixar se apanhar na rua quando a claridade do céu começava a anunciar o novo dia. A partir de então a mulher acordava a qualquer barulhinho. Houve um dia, por exemplo, em que mal havia tirado a roupa, ouviu a voz dela lá na cama, você vai sair a esta hora? Não teve remédio senão dizer que sim, tinha de estar bem cedo no escritório. E tornou a sair, foi mesmo para o escritório, dormir no sofá da sala de espera o restinho da manhã.
-- Gente, eu tenho de me mandar.
Chamou o garçom, pagou sua conta, despediu-se dos amigos que, já bêbados, nem deram por sua partida. Meio bebido, ele próprio, na rua firmou-se sobre as pernas e fez sinal para um táxi que passava.
Alguém mais se adiantou e acenou para o mesmo táxi. Era uma mulher que também acabava de sair da boate.
Pronto, pensou rápido: se perco este táxi, lá vai minha última chance de chegar ainda de noite.
Quando o táxi parou, fingiu que não via a mulher e avançou para abrir a porta. Ela também avançou, tocou-lhe o braço:
-- Por favor, estou com pressa!
A voz, aflita, era educada e insinuante. Então ele reparou que era uma mulher bonita. Ainda assim resistiu: pediu-lhe também de maneira educada que o desculpasse, mas sua pressa era maior. A menos que seguissem juntos no táxi, e ele a deixaria no caminho, se é que iam para o mesmo lado. Vacilaram ambos:
-- Se não se incomoda...
-- Incômodo nenhum.
-- Bem, nesse caso...
Estavam nisso quando surgiu um grandalhão, de terno xadrez e segurou a mulher pelo braço. Ignorou a presença dele e falou com a voz carregada:
-- Eu agorra te matarr.
Notou que o homem tinha à ilharga algo avolumado sob o paletó, só podia ser revolver. E a manopla já avançando para sacá-lo.
-- Não faça isso! -- gritou, com a mão espalmada no ar, como um guarda de trânsito: -- O senhor não pode fazer uma coisa dessas!
-- O homem se voltou, como se o visse só então:
-- Não poderr porr quê? Quem é senhorr?
Agora era distrair o gringo e tomar o táxi:
-- Tenho mulher e filhos em casa me esperando, e o senhor quer me envolver num crime?
-- Sernhor não saberr que esta mulherr fazerr comigo.
-- Seja o que for, não vá matá-la, pelo menos na minha vista.
Mesmo que fosse embora, estaria envolvido: o chofer do táxi seria testemunha. E a mulher não tinha a menor reação, ia morrer sem um pio. O jeito era ficar:
-- Do you speak English?
-- Eu serr alemon.
-- Neste caso vai em português mesmo. Vamos tomar um drinque.
Dispensou o táxi e conduziu ambos pelo braço de volta à boate.
Era dia claro quando se viu noutro táxi, em companhia da mulher e do alemão, reconciliados graças à sua intervenção. A idéia era deixá-la primeiro, para evitar que o homem, sozinho com ela, tivesse novo ímpeto homicida.
Quando ela saltou, o alemão quis descer também, foi um custo contê-lo:
-- Você prometeu, Fritz.
Ela se foi, sã e salva, e os dois seguiram viagem. Ele convidou o alemão para tomar o café da manhã em sua casa -- única maneira de sua mulher acreditar naquela história:
-- Quero que você conheça minha mulher. Esta sim, é de matar.


Para não fugir ao espirito do blog, eita que ele vai ficar grande hoje, vou colocar duas músicas que fizeram sucesso com a filha dele, Verônica Sabino, a segunda teve a participação de Emilio Santiago e por coincidência são duas versões:

Demais (Yes, it is)
(Paul McCartney /John Lennon/ Miguel Paiva )

Foi um vento que passou
Que te trouxe e te levou
Deixando no corpo a marca do amor
Que ficou no ar ilusão luar
A chuva que esse vento trás
Faz com que eu me lembre mais
De todos os sonhos que a gente sonhou
Planejou demais demais
Bem que eu podia tentar te encontrar
Mas um vento forte que me afastou,

Te levou te escondeu longe demais
A chuva que esse vento trás
Faz com que eu me lembre mais
De todos os sonhos que a gente sonhou
Planejou demais demais
E cada vento que soprar
Pode te fazer voltar
Encher o vazio que ficou no ar
Me marcou demais
Me marcou demais
Me marcou demais


Tudo o Que Se Quer ( All I Ask of You)
(Andrew Lloyd Webber/Hart/Stilgoe/Nelson Motta)
Olha nos meus olhos
Esquece o que passou
Aqui neste momento

Silêncio e sentimento
Sou o teu poeta

Eu sou o teu cantor
Teu rei e teu escravo

Teu rio e tua estrada
Vem comigo meu amado amigo

Nessa noite clara de verão
Seja sempre o meu melhor presente
Seja tudo sempre como ‚
É tudo que se querLeve como o vento
Quente como o solEm paz na claridade
Sem medo e sem saudade
Livre como um sonho
Alegre coma a luz
Desejo e fantasia
Em plena harmonia
Eu sou o teu homem
Sou teu pai, teu filho
Sou aquele que te tem amor
Sou teu par, o teu melhor amigo
Vou contigo seja onde for
E onde estiver, estou
Vem comigo meu amado,
meu amigo
Sou teu barco, neste mar de amor
Sou a vela que te leva longe
Da tristeza
Eu sei, eu vou
E onde estiver estou
E onde estiver estou.


Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, outubro 11, 2004

Uma Mulher que é do Norte

Os blogs que eu curto:

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Hoje eu vou falar de uma cantora que escutei a algum tempo atrás e agora escuto direto:

Eliana Printes

Essa amazonense tem uma das mais belas vozes da atual MPB, e infelizmente é uma das qua a mídia não se interessa...
Vocês precisam conhecer o trabalho dela e para isso cliquem no titulo que irá para um blog que é um site oficial...
As músicas que escolhi são quatro que estão no terceiro e quarto discos da sua carreira e a mais desconhecida é a primeira:

Coca-Colas e Iguarias
(Valdo Aderaldo)
Tenho vivido dias entre dias e mais dias

Em que o sol não quer se pôr não há fadiga
Grito aos inimigos em que dia mês e hora
O meu amor sai de visitas chuta as solidões
E diz amémEu ouço anjos que anunciam, Coca Colas e iguarias
Quem vê o banquete não sabe o que tem
Por esses dias saio dessa trilha
E faço a barca andar nesse oceano
Vou para as Índias noutro elefante
Traficar o que se quer especiarias
Eu faço fé e compras num mercado de ilusões
Eu ouço anjos que anunciam Coca Colas e iguarias
Quem vê o banquete não sabe o que tem

Quase Não Dá Pra Ser Feliz
(Dalto e Cláudio Rabelo)
Quanto mais te chamo você não vem

Será que ainda dorme comigo? Será que ainda sonha?
Posso, mas não topo mais ficar sozinho
Me encontro no fim do caminho te encontro no fim
Largo tudo se você chegar agora o amor tá em cima da hora
O seu amor ou o meu? Não dá
Logo depois de amar as lágrimas rolam e ninguém me diz
Não dá posso te esperar, ou não
Mas quase não dá para ser feliz

Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim
(Rossini Pinto)
De hoje em diante vou modificar

O meu modo de vida
Naquele instante que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar, de esperar enfim
E pra começar eu só vou gostar
De quem gosta de mim
Não quero com isso dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela quando a gente ama
Tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E pra não chorar
Eu só vou gostar de quem gosta de mim
Não vai ser fácil, eu bem sei
Eu já procurei, não encontrei meu bem
A vida é assim, eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém

Sobre o Tempo
(Thedy Corrêa)
Os homens trocam as famílias

As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e o que nunca vai se mover
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais
Que juram que pensam
Existem também aqueles
Que juram sem saber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e o que nunca vai se mover

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, outubro 10, 2004

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Uma Amiga Especial

Esse são os blogs que eu visito todo dia, entrem também:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/

Hoje vou pedir licença para vocês, pois gostaria de homenagear uma grande amiga, que é uma pessoa muito especial e, que é a Cris Pessoa, uma artesã por hobby, mas que está fazendo um trabalho com imãs de geladeira muito interessante e também bolsas muito legais...
Quem quiser conferir à partir das 14:00 e até as 22:00 desse domingo 10/10, ela está com um stand no:

Mercado Brasilis
Armazém 12 Marco Zero Recife Antigo
R$ 1,00 é isso mesmo R$1,00

Minha amiga esse post de hoje é para você e eu vou fazer direfente, antes das músicas eu vou colocar umas frases de efeito que achei super legais:

"Que nem eu, só tem eu"
"Um corpo em repouso, tende a ficar em repouso"
"Dívida para mim é sagrada: Deus lhe pague"
"Lixo: Coisas que jogamos fora; Coisas: Lixo que guardamos"

Agora vem as músicas e como não poderia deixar de ser, são músicas escolhidas por essa minha pequena grande amiga Cris, ressaltando que a primeira é na nova versão com Adriana Calcanhoto:

Fico Assim Sem Você
(Cacá Moraes / Abdullah)
Avião sem asa fogueira sem brasa sou eu assim sem você
Futebol sem bola Piu-piu sem Frajola sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante nem mil auto-falantes vão poder falar por mim
Amor sem beijinho Buchecha sem Claudinho sou eu assim sem você
Circo sem palhaço namoro sem amasso sou eu assim sem você
Tô louca pra te ver chegar tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço retomar o pedaço que falta no meu coração
Eu não existo longe de você e a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?
Neném sem chupeta romeu sem Julieta sou eu assim sem você
Carro sem estrada queijo sem goiabada sou eu assim sem você
Porque que é que tem que ser assim? Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante nem mil auto-falantes vão poder falar por mim
Eu não existo longe de você e a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver, mas o relógio tá de mal comigo

Estrela
(Gilberto Gil)
Há de surgir uma estrela no céu
Cada vez que ocê sorrir
Há de apagar uma estrela no céu
Cada vez que ocê chorar
O contrário também bem que pode acontecer
De uma estrela brilhar quando a lágrima cair
Ou então
De uma estrela cadente se jogar
Só pra ver a flor do seu sorriso se abrir
Hum!

Deus fará absurdos
Contanto que a vida seja assim
Sim, um altar
Onde a gente celebre tudo o que Ele consentir


Sapato Velho.
(Mú/ Paulinho Tapajós)
Você lembra, lembra, naquele tempo eu tinha
Estrela nos olhos e um jeito de herói
Era mais forte e veloz, que qualquer mocinho de cowboy
Você lembra, lembra, eu costumava
Andar bem mais de mil léguas pra poder buscar
Flores de maio azuis e os seus cabelos enfeitar
Água da fonte cansei de beber pra não envelhecer
Como quisesse roubar da manhã um lindo pôr do sol
Hoje não colho mais as flores de maio nem sou mais veloz
Como os heróis, é talvez eu seja simplesmente
Como um sapato velho, mas ainda sirvo se você quiser
Basta você me calçar, que eu aqueço o frio dos seus pés

Velha Infância
(Arnaldo Antunes/ Marisa Monte/Carlinhos Brown/ Pedro Baby / Davi Moraes)
Você é assim um sonho pra mim e quando eu não te vejo

Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança e a gente não se cansa
De ser criança da gente brincar da nossa velha infância
Seus olhos meu clarão me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho Eu sigo e nunca me sinto só
Você é assim um sonho pra mim quero te encher de beijos
Eu penso em você desde o amanhecer até quando eu me deito
Eu gosto de você e gosto de ficar com você meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta e a gente dança e a gente não se cansa
De ser criança da gente brincar da nossa velha infância

Abraço para todos e um grande beijo para Cris:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem