sábado, junho 11, 2005

Os Forrozeiros em Junho 11


Esse Também é Forrozeiro

Um parceiro do homenageado de ontem vem abrilhantar o nosso blog hoje...
Geraldo Azevedo é um daqueles artistas que você passa um tempo sem escutar, mas sempre se lembra do quanto ele é importante para música nordestina...
Como também já falei dele por aqui, cliquem no titulo e entrem no site oficial...
Ele tem um disco onde faz arranjos de músicas antigas em forró, o que ficou muito interessante e são quatro dessas que teremos hoje:

Sétimo Céu
(Geraldo Azevedo /Fausto Nilo)

Eu e você
No mundo da lua de mel
Você e eu
Voando no sétimo céu
Dê que dê
A gente não quer mais parar
Aconteceu
E eu quero de novo
Quero você
Ainda que faça chorar
Quero você
Sorrindo querendo ficar
Da pra sentir
O teu coração bater no meu
Da pra saber
Aonde esse amor vai
Pois quem tem amor
Pode rir ou chorar

Chorando e Cantando
(Geraldo Azevedo Fausto Nilo)

Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua
No ar
O fogo vai deixar semente
A gente ri, a gente chora
Ai, ai, ai, ai, a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais
Depois faz acordar cantando
Pra fazer acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois Depois amor ô, ô, ô, ô
Ninguém, ninguém
Verá o que eu sonhei
Só você, meu amor
Ninguém verá
O sonho que eu sonhei
Um sorriso quando acordar
Pintado pro sol nascente
Eu vou te procurar
Na luz
De cada olhar mais diferente
Tua chama me ilumina
Me faz
Virar um astro incandescente
O teu amor faz cometer loucura
Faz mais
Depois faz acordar chorando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras
Faz crer
Faz desacreditar de tudo
E depois
Depois do amor, amor, ô, ô

Moça Bonita
(Geraldo Azevedo/Carlos Capinan)

Moça bonita
Seu corpo cheira
Ao botão de laranjeira
Eu também não sei se é
Imagino ou desatino
É um cheiro de café
Ou é só cheiro feminino
Ou é só cheiro de mulher
Moça bonita
Seu olho brilha
Qual estrela matutina
Eu também não sei se é
Imagina a minha sina
É o brilho puro da fé
Ou é só brilho feminino
Ou é só brilho de mulher
Moça bonita
O seu beijo pode
Me matar sem compaixão
Eu também não sei se é
Ou pura imaginação
Pra saber você
Me dê
Esse beijo assassino
Nos seus braços de mulher

Dona da Minha Cabeça
(Geraldo Azevedo/Fausto Nilo)

Dona da minha cabeça
Ela vem como um carnaval
E toda paixão recomeça
Ela é bonita, é demais
Não há um porto seguro
Futuro também não há
Mas faz tanta diferença
Quando ela dança, dança
Eu digo e ela não acredita
Ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita
Ela é bonita, é bonita
Dona da minha cabeça
Quero tanto lhe ver chegar
Quero saciar minha cede
Milhões de vezes, milhões de vezes
Na força dessa beleza
É que eu sinto firmeza e paz
Por isso nunca desapareça
Nunca me esqueça, não te esqueço jamais
Eu digo e ela não acredita
Ela é bonita demais
Eu digo e ela não acredita
Ela é bonita, é bonita
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, junho 10, 2005

Os Forrozeiros em Junho 10


Ele Também é Forrozeiro


Um artista defensor da nossa cultura inicia uma série de quatro dias com artistas que cantam vários estilos nordestinos...
Já falei sobre Alceu Valença nos primórdios do blog, então não vou me alongar...
No titulo tem um link para o site oficial dele...
As músicas de hoje são quatro forrozinhos gostosos para todos se animarem e se esbaldarem nesse mês de junho:

Coração Bobo
(Alceu Valença)
Meu coração tá batendo
Como quem diz não tem jeito
Zabumba, bumba esquisito
Batendo dentro do peito
Teu coração tá batendo
Como quem diz não tem jeito
O coração dos aflitos
Batendo dentro do peito
Coração bobo, coração bola
Coração balão, coração São João
A gente se ilude dizendo
Já não há mais coração
Pelas Ruas que Andei
(Alceu Valença/Vicente Barreto)
Na Madalena
Revi teu nome
Na Boa Vista
Quis te encontrar
Rua do Sol da Boa Hora
Rua da Aurora
Vou caminhar
Rua das Ninfas
Matriz, Saudade
Da Soledade de quem passou
Rua Benfica, Boa Viagem
Na Piedade tanta dor
Pelas ruas que andei procurei
Procurei procurei
Te encontrar
No Romper da Aurora
(Alceu Valença)
Quando o sol beijar a lua
E a lua for embora
Entro na Rua do Sol
Dobro na rua da Aurora
Meu amor, eu vou chorando
É chegada a nossa hora.
Meu bem já vou embora
Vou e vou
No romper d'aurora
Vou e vou
Vou carregando no fundo dos olhos
Teus olhos de onça pintada
Vou remoendo segredos, saudades
Na boca
Como faz o gado
Vou farejando no fundo das ventas
Teu cheiro
Como um cão de caça.
Tournee Nordestina (Lua do Lua)
(Alceu Valença)
Campina Grande se faz tão formosa
Caruaru está com todo tesão
A minha vida é um palco sobre rodas
Na tournée nordestina
Do São Pedro e São João
Arapiraca já estamos na estrada
Em Paulo Afonso avistei um balão
Em Petrolina comi milho verde
Em Arcoverde ouvi xaxado e baião
A tournée nordestina é no São Pedro e São João
E novamente já estamos na estrada
Vida cigana cheia de ilusão
Olhei pra lua e me lembrei do Gonzaga
Na tournée nordestina
Do São Pedro e São João
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, junho 09, 2005

Os Forrozeiros em Junho 9, um Grande Exemplo


Xico Bezerra, o Nono Forrozeiro


Mudando a linha um pouco, mas continuando a homenagem ao ciclo junino temos um projeto que vale a pena todos conhecerem...
Forroboxote de Xico Bizerra começou com um disco que foi gravado por dois amigos meus, Nico di Pádua e Serginho Luz...
Já são mais três discos além desse, a capa do quarto ilustra o nosso blog hoje...
No titulo tem o link para o site oficial desse projeto...
Quatro músicas, uma de cada disco para que vocês conheçam um pouco mais da obra desse poeta lutador da cultura nordestina:

Romeiros do Destino
(Xico Bizerra)
Sou a casca da bala do fuzil de lampião
Uma conta do rosário em que rezou frei damião
Sou o barro que escorria pelas mãos de vitalino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou o pé de pau que deu o cajado a conselheiro palavra
Que patativa transformava em verso inteiro
Sou o eco do aboio no cantar de marcolino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou da terra do vaqueiro, cantador violeiro,
Embolador, beatas e rezadeiras do arraial
Dos poetas sonhadores que enxergam os seus amores
Pra cantar uma canção do sertão em que a lua é mais bonita
Porque a gente acredita na grandeza do perdão
Onde todos são romeiros do destino
Têm coração de menino, nordestino,
Eu sou nação sou o fiapo da batina do padim ciço romão
Poeira do pé-de-serra que pariu o gonzagão
Na poesia de aderaldo sou um verso clandestino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Sou a linha das rendeiras, sou a corda da viola
Sou águas do pajeú, sou fogueira, bandeirola,
Sou o som de uma sanfona, sou um terreiro junino
Eu sou nordestino, sou dessa nação
Coração @ com Você
(Xico Bizerra)
Configurei meu coração e só tu pode acessar
Tive cuidado, botei senha, venha se conectar
Já pluguei o meu amor, nós já podemos navegar
Nosso carinho tá na rede, ninguém vai nos deletar
E todo dia vou te mandar um e-mail com um beijo atachado
E na caixa de saída vai ter sempre um abraço apertado
Te mandarei mil megabites de carinho com a melhor resolução
Na memória, aplicativos amorosos que causem boa impressão
Mas se tu quiser, um texto com a fonte mais linda te escrevo
E na planilha do amor demonstro meu enlevo
Vou te contar on-line a extensão do meu amor
E num arrasta-pé, sob teu domínio eu cheiro o teu cangote
Passo a noite no teu site, só dançando xote
E jogo na lixeira os arquivos da dor

Para Bom Entendedor
(Xico Bizerra)
Para bom entendedor
Meia palavra há de bastar,
Para quem sabe o que é o amor meio carinho há de faltar
Eu nunca quis saber de meio beijo,
Meio abraço, meio cheiro,carinho pela metade,
Beijo bom é beijo inteiro,abraço só se verdadeiro
E cheiro dado com vontade
Meio cafuné não deixa o cabra apaixonado
É um carinho com defeito, é um xamego incompletado
Desses que deixa o sujeito com uma dor dentro do peito
E o coração desarrumadopor isso eu peço,
Me complete, me xamegue, me dê o seu beijo inteiro
Um abraço verdadeiro e um cheiro bem cheirado,
Desses com muita vontade e eu te dou meu coração,
A minha vida, o meu bem querer
E te prometo devolver todo carinho que receber
E um mundo de felicidade

Cobertor de Estrelas
(Xico Bizerra/Adalberto Cavalcanti)
Prá ter certeza que nem tudo se perdeu
Pr'eu ser feliz e ter motivos pra cantar
Reencontrar a paz que um dia se escondeu
E toda noite, noite plena de luar
Pra olhar pro céu e ver milhões de estrelas
Poder trazê-las pra ser nosso cobertor
Saber que o amor ainda não me esqueceu
Basta botar esses teus 'ói' em riba deu
Prá ter sede bem 'pertim' do pote
Prá dançar xote agarradinho com você
Prá ser invernia toda hora
Não ir embora, não, sempre te ter
Pra ser feliz ficando aqui ao lado teu
Basta botar esses teus 'ói' em riba deu
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, junho 08, 2005

Os Forrozeiros em Junho 8


O Oitavo Forrozeiro


Se Luiz Gonzaga tem um sucessor, sem sombra de dúvida ele é esse sanfoneiro de Garanhuns...
Dominguinhos, um compositor de grandes clássicos, parceiro de várias pessoas e que até hoje consegue arrebentar nos periodos juninos...
Sem mais delongas, cliquem no titulo e entrem no site oficial dele...
As músicas de hoje são quatro desses clássicos, sei que poderia ter outras, mas vamos entender que mais quatro músicas é exagero:




Quando Chega o Verão
(Dominguinhos/Abel Silva)
Quando chega o verão
É um desassossego
Por dentro do coração
Quem ama sofre
Quem não ama sofre mais
Sofre a menina
Sofre o rapaz
Sofre a menina
Sofre o rapaz
Canário que muda a pena, dói
Amor que muda de penas, dói
Canário que muda a pena, dói
Amor que muda de penas, dói
E tome xote, Mariquinha
E tome xote,
Sá Zefinha
E tome xote
E tome mais

Abri a Porta
(Dominguinhos / Gilberto Gil)
Abri a porta
Apareci
A mais bonita
Sorriu pra mim
Naquele instante
Me convenci
Que o bom da vida
Vai prosseguir
Vai prosseguir
Vai tá pra lá do céu azul
Onde eu não sei
Lá onde a lei
Seja o amor
E usufruir do bom do mel e do melhor
Seja comum
Pra qualquer um
Seja quem for
Abri a porta
Apareci
Isso é a vida
É a vida assim

Isto Aqui Tá Bom Demais
(Dominguinhos e Nando Cordel)
Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
Pois é
Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
Vou me perder, me afogar no teu amor
Vou disputar, me lambuzar nesse calor
Te agarrar pra descontar minha paixão
Aproveitar o gosto dessa animação
Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai
Pois é
Olha, que isso aqui tá muito bom
Isso aqui tá bom demais
Olha, quem tá fora quer entrar
Mas quem tá dentro não sai

Só Quero um Xodó
(Dominguinhos e Anastácia)
Que falta eu sinto de um bem
Que falta me falta me faz um xodó
Mas como eu não tenho ninguém
Eu levo a vida assim tão só
Eu só quero um amor
Que acabe o meu sofrer
Um xodó prá mim
Do meu jeito assim
Que alegre o meu viver
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, junho 07, 2005

Os Forrozeiros em Junho 7


O Sétimo Forrozeiro


Hoje temos um grande compositor de forró dos últimos tempos...
Nando Cordel já compôs músicas para vários cantores e cantoras da MPB...
Para conhecer um pouco mais de sua carreira, é só clicar no titulo...
As músicas de hoje são os forrozinhos que foram gravados por Elba Ramalho e que estouraram nos anos oitenta:


Folia Brasileira
(Nando Cordel)
Tem que ter molejo, meu bem
Tem que ter tempero, meu bem
Se agarrar com jeito
Se esfregar direito
Nesse vai e vem
O forró tem que ser agarradinho
Tem que ser no escurinho
Tem que se aproveitar
O forró é uma folia brasileira
Só acaba a brincadeira
Quando o dia clarear
Tem que ter
Perna batendo com perna
Coxa roçando com coxa
No umbigo e no pescoço
Tem que ter
Um roça roça toda hora
Um pra dentro
Outro pra fora
Pra gente sentir o gosto



Doida
(Nando Cordel)
Doida, muito doida eu sou
Pelo teu amor
Doida, muito doida eu tou
Pelo teu amor
Vem mexer comigo pra ver meu fogo te acender
Vem rolar comigo se lambuzar no meu prazer
Te dou carinho, te faço um bem
Te deixo assim
Te faço tudo e você só faz gostar de mim
Oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh
Saculeja, me beija me dá teu calor



Vê Estrelas
(Nando Cordel)
É hoje que a gente vê
Estrelas
É hoje que a gente faz
Amor
Que bom, que bom querer
Você
Que bom, que bom querer
Você
Tudo é festa, é fôlego
Vem chegando maneiro
Teu olhar feiticeiro
Me prendeu
Não tem jeito, eu te quero
Balançando em meu corpo
Pra provar desse gosto
Que é só seu


Jogo de Cintura
(Nando Cordel)

Você tem que ter
Jogo de cintura
Olho na mistura
Não se incomodar
De vez em quando nessa vida
A gente engole um caô
Pra se arrumar
Pra namorar
Pra ser feliz
Pra ter amor
E a ô
Isso aqui vai melhorar
E a ô
Se a gente se enganchar
E a ô
Era bom que fosse já
Você quer, eu também quero
Ta faltando começar
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, junho 06, 2005

Os Forrozeiros em Junho 6


O Sexto Forrozeiro


O blog do forró está trazendo hoje um dos maiores representantes desse ritmo contagiante do nordeste brasileiro...
É um cara que luta para que todos possam ter acesso ao forrobodó...
Alcymar Monteiro junto com seu irmão João Paulo Junior fazem um dos melhores trabalhos da música nordestina...
Sem falar muito, entrem no site oficial dele clicando no titulo...
Temos grandes sucessos dele nas músicas de hoje, com exceção da primeira que é uma parceria dele com o homenageado de ontem, todas as outras são dessa parcera familiar:
Nem Olhou pra Mim
(Petrúcio Amorim/ Alcymar Monteiro)
Ela nem olhou pra mim
Ela nem olhou pra mim
Passei horas no espelho
Me arrumando o dia inteiro
E ela nem olhou pra mim
Como quem guarda lembrança
Abracei a esperança
Confiei no grande amor
Esperei o dia inteiro
Tomei até banho de cheiro
Parecendo um sonhador
Quando vi na euforia
Coração de alegria
Vibrou mais que um bandolim
Chegou feito uma princesa
Coroada de beleza
Nem se quer olhou para mim

Meu Forró é meu Canto
(João Paulo Junior/ Alcymar Monteiro)

Meu coração faz dum dum dum dum dum dum dum
É o zabumba batucando no forro
Meu coração faz dum dum dum dum dum dum dum
Como do jeito vai batendo satisfeito
No compasso do meu peito fazendo forrobodó
Agente vai vivendo assim no tororó
Levando a vida no balaço do forró
Meu forró é meu canto
Que canta meu povo
Os segredos da vida
Quem não amou, quem não viveu
Quem não chorou, quem não sofreu
Quem dessa vida nunca teu seu xodó
Uma saudade que amargo qui nem jiló
Um coração que bateu tanto que fez dó
A nossa vida é como se fosse um forró


Você Quer Namorar Comigo?
(João Paulo Junior/ Alcymar Monteiro)

Bada bauê bada bauê
Bada bauê bada bauê
Bada bauê bada bauê
Bada bauê
Você quer namorar comigo?
Te quero mais que uma amiga
É grande a nossa amizade
Eu te amo de verdade
Quero namorar contigo
Você não sabe mais agora vou dizer
Olha eu te amo, eu te adoro
Gosto muito de você
Fico tremendo, minha mão fica suando
Coração acelerado, simplesmente por te ver
Não tenho culpa de te querer tanto assim
Este amor dentro de mim
Já descobri meu amor será teu
Espero que seu amor também seja só meu
Lembre de mim, que lembro de você
Espere por mim, que espero por você

Forroteria
(João Paulo Junior/ Alcymar Monteiro)

Forró, forró, forró
Forró na danceteria
Forró, forró, forró
Eu quero ver
Forró baião
Contagiar a multidão
Eu quero ver
Arrasta-pé
Muita alegria
No salão
Vou pegar você também
E balançar até cansar
Vou fungar em seu cangote
Até o dia clarear
Encostar minha cabeça
No seu ombro e chorar
Até o fim da brincadeira
Quero ser seu par
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, junho 05, 2005

Os Forrozeiros em Junho 5


O Quinto Forrozeiro

No quinto dia de forró aqui no blog temos um grande compositor que de uns tempos para cá também está cantando...
Petrucio Amorim está num patamar de defensor da cultura nordestina que vale a pena curtir o seu trabalho...
Não encontrei um site oficial, então para que vocês conheçam um pouco mais dele, no titulo tem um link para uma página que fala da sua obra...
As músicas de hoje são classicos que foram gravados por grandes forrozeiros e estão imortalizadas:

Devagar
(Petrúcio Amorim)
Quem for feliz no amor
Que levante o dedo
E me responda sem medo
Se verdade for
Quem já bebeu dessa água
E banhou-se no rio
Sabe o gosto que sentiu
E a marca que ficou
Quando a paixão
Corre fundo
Por dentro da gente
Tantas são as ilusões
Para um só sonhador
Enquanto a cabeça sabe
O que o coração sente
Navega o corpo vadio
Em mares de amor
Devagar que o santo é de barro
Devagar que ele pode cair


Cidade Grande
(Petrúcio Amorim)

Cidade grande chaminé de gasolina
Foi minha sina nos teus braços vir parar
Tua grandeza me levou a um delírio
Feito um colírio clariando meu olhar
Cidade grande paraíso da loucura
Quem te procura feito vim te procurar
Sofre um bocado pra entender o teu mistério
Falando sério foi difícil acostumar
Cidade grande moça bela
Tu tens o cheiro da ilusão
Quem passou na tua janela
Já conheci a solidão
Teu movimento, comparei a um formigueiro
De tão ligeiro eu comecei a imaginar
Meu Deus do céu como é que a felicidade
Nesta cidade acha um espaço para morar
Minha tristeza rejeitou tua alegria
Num belo dia quando pude perceber
Que o progresso é que faz do teu dinheiro
Um cativeiro onde se mata para viver
Quando olhei a água preta do teu rio
Um calafrio me subiu ao coração
Fiquei com medo de algum dia o oceano
Achar um plano e se vingar na traição
Cidade grande se tu fosses minha um dia
Eu te mostraria como a abelha faz o mel
Mas quem sou um simples poeta
Que vê a vida com os olhos para o céu


Forró Brasileirinho
(Petrúcio Amorim)

Essa é pra você
Que adora o meu forró
Que roda e dá um nó
Com a dançarina no salão
Não deixe disso não
É feito de calor
Mistura de amor
Carinho dá no coração
Não vá me deixar
Pense no balanço
Que o forró tem direitinho
É um xamego
Boliçoso bem danado
Carinhoso bem safado
Um rela-rela no cantinho
Dá lhe zabumba
Na sanfona gemedeira
A gente brinca a noite inteira
No forró brasileirinho
É, é o forró brasileirinho
É, é o forró brasileirinho
É, é o forró brasileirinho
Toca sanfoneiro
Meu forró brasileirinho


Anjo Querubim
(Petrúcio Amorim)
Fiz você pra mim
Meu brinquedo
Meu anjo querubim
Meu segredo
Guardado só pra mim
Meu amor mais louco
Até de tanto amar
Fiz também algo
Pra gente ninar
Uma criança
Pra gente adorar
Tudo num sufoco
E você não gosta
Mais de mim
Vem dizer que eu não
Soube dar amor
E achar que a vida
E mesmo assim
Cada um leva um
Barco sofredor
Meu baião, coração
Arranca essa dor
Do meu peito
Pra eu não chorar
Comprei sururu, camarão
Fiz batida de caju
Dancei rumba
E até maracatu
Pra te fazer feliz
Fui até Natal, Salvador
Paraíba, Bacabal
Em Belém
Você quase passou mal
E te fiz feliz
Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem