sábado, janeiro 15, 2005

Um Grupo que faz Oração Pela Arte


OPA Regional 2003

Bia

Lu

Fúria do Mar

Escritor Solitário

Cinema, Literatura...

Cine Fila

Cinema com Rapadura

Leo Rios

MPB Net

Entrecantos

PE A-Z

Som Brasil

M-Música

Revista Continente


O grupo OPA foi criado no final da década de 70 por Padre Casemiro Irala, um jesuíta que tinha o interesse trabalhar as mais diversas artes numa dimensão de oração...
O OPA foi se expandindo pelo Brasil criando núcleos em vários estados, como Bahia, Pernambuco, São Paulo, Brasilia, Rio de Janeiro, Curitiba, Minas Gerais (Varginha), Ceará (Fortaleza), Piauí( Teresina)...
No nosso nacional teremos representantes de alguns desses estados, mostrando a vontade que temos de estar jutos e fazer trabalhos que encantam a quem assiste...
A imagem de hoje é de um trabalho que fiz em fotografia no encontro regional de três dias...
Abaixo teremos quatro músicas do repertório do OPA:
Essa Luz
(Nizan Guanaes/Grace Gomes/Sérgio Valente / Guiga Reis)
Crer no que não posso ver.
Ver o que ali não está.
Mesmo sem o conhecer, acreditar, acreditar.
Contra toda evidência,
Sem qualquer pista ou prudência.
Mesmo que roubem meus planos,
Que sequem meus anos, hei de encontrar.
Essa luz que acende o coração
Essa luz, equilíbrio dos tempos,
Que uns chamam de Deus, outros não.
Ela me faz prisioneiro, eu sou seu detento.
Na insegurança de ir,
Deus, me perdi por aí.
Não sei em quem acreditar.
Tem que ter fé prá encontrar
Essa luz, que acende o coração
Essa luz, equilírio dos tempos,
Que uns chamam de Deus, outros não.
Ela me faz prisioneiro, eu sou seu detento.
Claridade
(Maria Célia Monteiro / Nizan Guanaes)
Quando o amanhã
Quando o sol levantar pra você
E o azul
Convidar todos nós a viver
Quando o amanhã chegar ele há de nos dizer
Do amor, do amor, do amor
Desse Deus que é dono de tudo
E que em sua paixão fez do sol
Oração da esperança
Brilha luz onde não havia
Abre as portas do dia em mim
Vida fé que transforma o mundo
Fazendo em um segundo
A dor da gente sorrir.
Mãos abertas
(Mariângela Prudente (Colgate) / Ana)
Nesta prece Senhor, venho te oferecer
O crepitar da chama, a certeza do dar.
Eu te ofereço o sol que brilha forte
Te ofereço a dor do meu irmão
A fé na esperança, o meu amor.
Eu te ofereço as mãos que estão abertas
O cansaço do passo mantido,
Meu grito mais forte, de louvor.
Eu te ofereço o que vi de belo
No interior dos corações,
A coragem de me transformar.

Festa de Luz
Nizan Guanaes & Maria Célia Monteiro
O Natal chegou (O Natal chegou)
E com ele trouxe um canto
Bonito de paz (bonito de paz) por toda a cidade
A felicidade se fez alegria
Espalhando a verdade
Dizendo: nasceu o Senhor
Promessa mantida
Mensagem de vida e amor
Festa de luz, nasce Jesus
Numa cidade qualquer
E a esperança se fez criança
No ventre de uma mulher
Deus dos meninos, rei pequenino
Nasce numa gruta em Belém
Pra redimir nossos pecados
E nos fazer Deus também
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Uma História de Orar com Arte


OPA Nacional 2005

Bia

Lu

Fúria do Mar

Escritor Solitário

Cinema, Literatura...

Cine Fila

Cinema com Rapadura

Leo Rios

MPB Net

Entrecantos

PE A-Z

Som Brasil

M-Música

Revista Continente
A vinte anos atrás fui convidado para participar de uma reunião de um grupo que meus irmãos faziam parte chamado Oração Pela Arte(OPA), com pessoas que se interessavam em poder praticar alguma arte numa dimensão de oração...
O tempo foi passando e aquele menino que era o simbolo de uma geração que iria dar continuidade na década de 90 ao legado de seus irmãos que estavam se afastando se tornou um atuante participante...
Hoje eu estou na terceira geração e continuo atuando para manter viva a chama do OPA...
Essa é mais ou menos minha história nesse grupo e estou falando isso, porque nos próximos dez dias estarei num encontro nacional que se realizará aqui em Recife, então vocês conhecerão nesses dias o OPA aqui no blog...
Acima temos a camisa com a marca desse que é o XXVI OPA Nacional, que foi criada pelo artista plástico e publicitário Hime Navarro...
As músicas de hoje tem umas histórias legais, a primeira é uma invenção de alguns amigos no OPA Nacional de 93 aqui em Recife, inclusive eu era um dos aventureiros e agradou em cheio, a segunda também foi de 93, mas no Regional e foi composta por meu irmão e o grande amigo que já foi tema várias vezes aqui no blog, a terceira foi cantada por esse meu amigo num dos discos, e a quarta é uma das primeiras que escutei quando entrei no OPA:

Sotaque Esquisito

(Bleysson/ Bringel/ Beto L. Carvalho/ Marcelo Amaral/ Luisinho Vieira)

Tá chegando um pessoal

Com sotaque esquisito

Gente de tudo que é canto

Desse meu Brasil bonito

Desse meu Brasil bonito

Tem muito cabra macho

E também mulher bonita

Esse povo é arretado

Que quase não se acredita

Venha ver Maracatu

O Frevo é de lascar

Nosso carnaval de rua

Quero ver você pular

Não sabe o que é Pitomba

Nunca viu um Sapoti

Aipim é Macaxeira

E Caqui não dá aqui

Mesmo que desajeitado

Ce vai sempre se alembrar

Se encantar com nosso xote

Venha pro forró dançar

A Hora é de Parar

( Gerson Filho/ Geraldo Lins)

A hora é de parar

Momento de refletir

Acreditar, acreditar

Abre bem teu coração

Você já deve saber

Vai te convidar

Para anunciar

Você vai aclamar

Vai ver como vai mudar

Acreditar, acreditar

Crença
Maria Célia Monteiro / Nizan Guanaes
Meu coração está batendo forte
Corro depressa pra lhe encontrar
Tudo me diz que você vem chegando
Tudo me diz que você vem pra cá
Vem, vem ver, vem para acreditar
Nas coisas que o olho não vê
Crer no impossível quem há de acreditar
Mas tudo é possível pro olho de quem crê
O cego viu, o morto ressuscitou
O pão se multiplicou, a estéril teve cria
A mãe de Deus era virgem e concebeu
E o impossível aconteceu da barriga de Maria

Canção das Crianças
(Nizan Guanaes/ José Barbosa Filho (Zito))
Eu vi a estrela paquerando um cometa
Eu vi uma nuvem passeando lá no céu
Vi um menino se banhar na cachoeira
Eu vi a vida, eu vi a vida
Eu vi a rosa perguntar prá margarida
Se a vida é boa e vale a pena ser vivida
Você sabe o que ela respondeu?
Olhe pro céu, é tudo seu
Vi um coqueiro balançando com a brisa
Ia dançando de maneira diferente
Nem parecia que era planta, era gente
Igual a mim e a você!
Lá vem a zebra balançando seu rabinho
Vem a girafa, o macaco, o porquinho
Lá vem o gato, o cachorro, o passarinho!
Lá vem a vida no seu caminho
Lá vem o peixe na imensidão do mar
É vagabundo nunca pensa em trabalhar
Prá que correr se existe um luar
Prá se banhar, prá se banhar
Lá vem a onda prá fazer chuá-chuá
Bater na pedra e depois voltar pro mar
Fazer barulho e depois ir descansar
Chuá-chuá, chuá-chuá
Lá vem o rio fazendo a sua festa
Vai deslizando zig-zag na floresta
E quando chega a bicharada, toda gente
Fica contente, fica contente
E assim a vida é melhor a cada dia
Nos dá presente, dá amor, dá alegria
E você sabe porque ela é boa assim
Pois tem um Pai, que pensa em mim !!!

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

quinta-feira, janeiro 13, 2005

A Orquestra Manguefônica Canta Da Lama ao Caos


Um dos Maiores Discos de Todos os Tempos


No inicio da década de 90 surgiu um movimento aqui em Recife que modificou o pensamento das pessoas em relação a cultura pernambucana...
O Mangue Beat surgiu nos dois extremos da região metropolitana da capital, em Candeias e em Rio Doce, com mundo livre s/a e Chico Science e Nação Zumbi respectivamente...
Pois bem, com o sucesso desse movimento as gravadoras se interessaram para contratar os expoentes o que ocorreu com os citados acima....
Samba Esquema Noise do mundo livre é um grande disco, mas quem viveu essa época não tem que pensar diferente, o melhor disco dessa geração foi o do Chico Science, Da Lama ao Caos, foi eleito por várias entidades e revistas como sendo um dos marcos da discografia nacional...
Vocês devem estar se perguntando o porque de estar falando isso, mas é que lendo um reportagem, descubro que as duas bandas se uniram e estão fazendo um show com o repertório desse disco o que achei uma idéia fantástica...
As músicas de hoje não poderia ser diferente são quatro desse excelente disco e quem puder escutar não irá se arrepender:

Da Lama Ao Caos
(Chico Science)
O sol queimou queimou
A lama do rio
Eu vi um chié
Andando devagar
Vi um aratu
Pra lá e pra cá
Vi um carangueijo
Andando pro sul
Saiu do mangue
Virou gabiru
Ô Josué eu nunca vi
Tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem
Mais urubu ameaça
Peguei um balaio fui na feira
Robar tomate e cebola
Ia passando uma véia
A minha cenoura
Ae minha véia
Deixa a cenoura aí
Com a barriga vazia
Não consigo dormir
E com o bucho mais cheio
Comecei a pensar
Que eu me organizando
Posso desorganizar
Da lama ao caos
Do caos a lama
Um homem roubado
Nunca se engana

A Cidade
(Chico Science)
O Sol nasce e ilumina as pedras evoluídas,
Que cresceram com a força de pedreiros suicidas.
Cavaleiros circulam vigiando as pessoas,
Não importa se são ruins, nem importa se são boas.
E a cidade se apresenta centro das ambições,
Para mendigos ou ricos, e outras armações.
Coletivos, automóveis, motos e metrôs,
Trabalhadores, patrões, policiais, camelôs.
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o debaixo desce.
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o debaixo desce.
A cidade se encontra prostituída,
Por aqueles que a usaram em busca de saída.
Ilusora de pessoas e outros lugares,
A cidade e sua fama vai além dos mares.
No meio da esperteza internacional,
A cidade até que não está tão mal.
E a situação sempre mais ou menos,
Sempre uns com mais e outros com menos.
A cidade não pára, a cidade só cresce
E de cima sobe e o debaixo desce.
A cidade não pára, a cidade só cresce
O de cima sobe e o debaixo desce.
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tú.
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus. (haha)
Eu vou fazer uma embolada, um samba, um maracatu
Tudo bem envenenado, bom pra mim e bom pra tú.
Pra gente sair da lama e enfrentar os urubus. (ê)
Num dia de Sol, Recife acordou
Com a mesma fedentina do dia anterior.


A Praieira
(Chico Science)
No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar

Tenho a hora certa pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom,

Pra ficar pensando melhor
E eu piso onde quiser, você está girando melhor, garota
Na areia onde o mar chegou, a ciranda acabou de começar, e ela é
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução,

Vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão
E na praia é que se vê, a areia melhor pra deitar
Vou dançar uma ciranda pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom,

Pra ficar pensando melhor
Você pisa onde quer
Que você se sente melhor
Na areia onde o mar chegou
A ciranda acabou de começar, e ela é !
E é praieira!!! Segura bem forte a mão
E é praieira !!! Vou lembrando a revolução,

Vou lembrando a Revolução
Mas há fronteiras nos jardins da razão
No caminho é que se vê, a praia melhor pra ficar

Tenho a hora certa pra beber
Uma cerveja antes do almoço é muito bom,

Pra ficar pensando melhor.


(Monólogo ao Pé do Ouvido) Banditismo Por Uma Questão De Classe
(Chico Science)
Modernizar o passado
É uma evolução musical
Cadê as notas que estavam aqui?
Não preciso delas
Basta suar bem os ouvidos
Viva Sapata! ,Viva Santido! ,Viva Zumbi!
Antôni Conselheiro, Todos os Panteras Negras
Chico Science e toda Nação Zumbi
Eu tenho certeza
Que eles tambem tocaram um dia

Há um tempo atrás se falava de bandidos
Há um tempo atrás se falava em solução
Há um tempo atrás se falava e prograsso
Há um tempo atrás que eu via televisão
Galeguinho do Coque não tinha medo, não tinha
Não tinha medo da perna cabiluda
Biu do olho verde fazia sexo, fazia
Fazia sexo com seu alicate
Oi sobe morro, ladeira córrego, beco, favela
A polícia atrás deles e eles no rabo dela
Acontece hoje e acontecia no sertão
quando um bando de macaco perseguia Lampião
E o que ele falava outros ainda falam
"Eu carrego comigo: coragem, dinheiro e bala"
Em cada morro uma história diferente
Que a polícia mata gente inocente
E quem era inocente hoje já virou bandido
Pra poder comer um pedaço de pão todo fudido
Banditismo por pura maldade
Banditismo por necessidade


Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

quarta-feira, janeiro 12, 2005

O Tio do Duca Matou um Cara


Meu Tio Matou um Cara

Hoje eu fui para o cinema, coisa que fazia um tempo que não fazia e fui assistir um filme que me chamou atenção, pois tinha assistido um curta e um outro longa de Jorge Furtado diretor gaúcho que tem uma linguagem própria...
Meu Tio Matou um Cara remete imediatamente ao Homem que Copiava o outro longa dele, que também tem o personagem principal numa narrativa diferente das que estamos acostumados a assistir...
Tem umlink novo na lista, não deixe de acessar um portal sobre cinema muito interessante, o Cinema com Rapadura...
Quem não teve a oportunidade de assistir o curta Ilha das Flores, estou dando uma chance, é só clicar no nome do filme e assistir, não irão se arrepender...
No titulo não deixem de clicar e entrar no site oficial do filme, que é estrelado por Lázaro Ramos, Darlan Cunha, Deborah Secco, Sophia Reis, filha de Nando Reis e outros...
A trilha sonora também é bem interessante, infelizmente tinha escolhido uma música que é cantada por Luciana Mello e Rappin Hood, Se essa Rua, mas não achei a letra, fica o registro; Essa trilha foi dirigida por Caetano Veloso e André Moraes e é uma das melhores dos últimos anos, como não poderia deixar de ser as músicas de hoje são da trilha, com exceçaõ da segunda e da terceira que são cantadas por Caetano e Gal respectivamente, as outras são cantadas pelos autores:

Por Onde Andei
(Nando Reis)
Por onde andei
Desculpe estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda de tempo
De dizer que andei errado e eu entendo
As suas queixas estão justificadas
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbivias até pra uma criança
Por onde andei
Enquanto você me procurava
Será que eu sei que você é tudo aquilo que me faltava?
Amor eu sinto a sua falta
E a falta é morte da esperança
Como o dia em que roubaram o seu carro, deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo coisa muito frágil
Uma bobagem uma irrelevancia
Diante da eternidade do amor, de quem se ama
Por onde andei
Enquanto você me procurava
E o que eu te dei, foi muito ou quase nada
E que eu deixei algumas roupas penduradas
Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?
Pra Te Lembrar
(Nei Lisboa)
Que é que eu vou fazer pra te esquecer?
Sempre que já nem me lembro, lembras pra mim
Cada sonho teu me abraça ao acordar
Como um anjo lindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus vai apagar...
Que é que eu vou fazer pra te deixar?
Sempre que eu apresso o passo, passas por mim
E um silêncio teu me pede pra voltar
Ao te ver seguindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar
Que é que eu vou fazer pra te lembrar?
Como tantos que eu conheço e esqueço de amar
Em que espelho teu, sou eu que vou estar?
A te ver sorrindo
Mais leve que o ar
Tão doce de olhar
Que nenhum adeus pode apagar...
Barato Total
(Gilberto Gil )
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
Quando a gente tá contente
Tanto faz o quente, tanto faz o frio, tanto faz
Que eu me esqueça do meu compromisso
Com isso ou aquilo que aconteceu dez minutos atrás
Dez minutos atrás de uma idéia já dão
Pra uma teia de aranha crescer e prender
Sua vida na cadeia do pensamento
Que de um momento pro outro começa a doer
Quando a gente tá contente
Gente é gente (gato é gato!)
Barata pode ser um barato total
Tudo que você disser deve fazer bem
Nada que você comer deve fazer mal
Quando a gente tá contente
Nem pensar que está contente
Nem pensar que está contente a gente quer
Nem pensar a gente quer, a gente quer
Soraya Queimada
(Zéu Britto)
Eu queria ter um lança chamas,
Eu queria ter uma fogueira.
Eu queria ter somente um fósforo,
Eu queria ter uma vela acesa.
Pra queimar Soraya, pra ver torrar seu couro,
Pra deixar somente o osso exposto ao Sol.
E depois da meia noite Soraya vai voltar...
Ela vem toda queimada se vingar, Se vingar...
Eu quero ver Soraya queimada,
Soraya queimada,
Porque Soraya me queimou...
Eu quero ver, quero ver,
Soraya queimada,
Soraya queimada,
Porque Soraya me queimou...
Eu queria ácido sulfúrico,
E um litro de álcool tubarão.
Eu queria uma tocha iluminada,
Pra deixar Soraya igual carvão.
E depois da meia noite Soraya vai voltar...
Ela vem toda queimada se vingar,
Pode vir,
Se vingar...
Eu quero ver Soraya queimada,
Soraya queimada,
Porque Soraya me queimou...
Eu quero ver, quero ver,
Soraya queimada,
Soraya queimada,
Porque Soraya me queimou...
E doeu...

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

terça-feira, janeiro 11, 2005

Homenagem ao Rei do Rock Brasileiro


O Baú do Raul


Estava hoje visitando uma loja de discos e assisti um DVD em homenagem ao um dos grandes gênios da música brasileira, Raul Seixas...
Essa imagem acima é do CD que também saiu como duplo com grandes sucessos cantados por ente que conviveu com Raulzito como Marcelo Nova, Caetano Veloso e gente da nova geração como Marcelo D2, Pitty e tantos outros...
Um projeto da Som Livre com o Multishow tornou possivel essa homenagem, como também teve tributos a Cazuza e Tim Maia e aos Beatles...
As músicas de hoje estão nessa homenagem e são quatro clássicos do grande Raulzito:

Ouro de Tolo
(Raul Seixas)
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros por mês
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar um Corcel 73
Eu devia estar alegre e satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa
Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa
Eu devia estar contente
Por ter conseguido tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto: E daí?
Eu tenho uma porção de coisas grandes
Pra conquistar, e eu não posso ficar aí parado
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Pra ir com a família ao Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos
Ah! Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco praia, carro, jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco
É você olhar no espelho
Se sentir um grandessíssimo idiota
Saber que é humano, ridículo, limitado
Que só usa dez por cento de sua cabeça animal
E você ainda acredita que é um doutor, padre ou policial
Que está constribuindo com sua parte
Para nosso belo quadro social
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarda cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarda cheia de dentes
Esperando a morte chegar
Porque longe das cercas embandeiradas que separam quintais
No cume calmo do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora de um disco voador

Maluco Beleza
(Raul Seixas/Claúdio Roberto Azeredo)
Enquanto você se esforça prá ser
Um sujeito normal e fazer tudo igual
Eu do meu lado, aprendendo a ser louco
Um maluco total na loucura real
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez
Vou ficar ficar com certeza
Maluco beleza
Este caminho que eu mesmo escolhi
É tão fácil seguir por não ter onde ir
Controlando a minha maluquez
Misturada com minha lucidez
Vou ficar ficar com certeza
Maluco beleza
Eu vou ficar
Metamorfose Ambulante
(Raul Seixas)
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Gitã
(Raul Seixas/ Paulo Coelho)
"Eu que já andei pelos quatro cantos do mundo procurando,
Foi justamente num sonho que ele me falou"
Às vezes você me pergunta
Por que é que eu sou tão calado
Não falo de amor quase nada
Nem fico sorrindo ao teu lado
Você pensa em mim toda hora
Me come, me cospe, me deixa
Talvez você não entenda
Mas hoje eu vou lhe mostrar
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou
Gitâ gitâ gitâ gitâ gitâ
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
Por que você me pergunta
Perguntas não vão lhe mostrar
Que eu sou feito da terra
Do fogo, da água e do ar
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você
Mas você não está em mim
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra A tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor
Eu sou a dona de casa
Nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo
Gitâ gitâ gitâ gitâ gitâ
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

segunda-feira, janeiro 10, 2005

As Parceiras que são Feras na Federal do Ceará


Minhas Parceiras Realizando Seus Sonhos!!!!


Estou voltando hoje da praia de Tamandaré, preparei os posts desses dias e tive o auxilio de uma grande parceira que me ajudou bastante...
Essa parceira eu conheci através de uma outra que um belo dia me descobriu no Google, procurando uma música que achou por aqui...
Essas duas meninas, Bia e Lu, estão realizando um grande sonho, foram aprovadas na Universidade Federal do Ceará em Letras e História respectivamente...
Parabéns as duas por terem conseguido superar esse desafio e torço para que se tornem excelentes profissionais, pois competentes sei que são...
Para homenagear essas duas meninas vou colocar quatro músicas que sei que fazem parte da vida delas, a primeira é um poema que já é um clássico no encerramento dos shows do Cordel do Fogo Encantado e foi postado por Bia, que também colocou um poema que ficou famoso na voz de Fagner que o musicou e essa é a quarta música de hoje, a segunda e a terceira recebi da Lu na época da eleição das músicas da sua vida e que representam bem essas minha parceiras:

Ai Se Sêsse
(Zé Da Luz)
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois lá subisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse a porta do céu

E fosse te dizer qualquer tolice
E se eu ariminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me aresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tavés que nois dois ficasse
Tavés que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse


Bicho de Sete Cabeças II
(Geraldo Azevedo /Zé Ramalho/Renato Rocha)
Não dá pé, não tem pé nem cabeça
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem jeito mesmo
Não tem dó no peito, não tem nem talvez
Ter feito o que você me fez, desapareça
Cresça e desapareça
Não tem dó no peito, não tem jeito
Não tem ninguém que mereça, não tem coração que esqueça
Não tem pé, não tem cabeça
Não dá pé, não é direito
Não foi nada, eu não fiz nada disso e você fez um
Bicho de sete cabeças

Chover (ou Invocação Para Um Dia Líquido)
(Lirinha/Clayton Barros)
“O sabiá no sertão quando canta me comove,
Passa três meses cantando e sem cantar passa nove,
Porque tem obrigação de só cantar quando chove”.
(Chover, chover)
Valei-me Ciço que posso fazer
Um terço pesado pra chuva descer
(Chover, chover)
Ate Maria deixou de moer
Banzo, Batista, bagaço e bangüê.
(Chover, chover)
Cego Aderaldo peleja pra ver
Já que meu olho cansou de chover
(chover, chover)
Até Maria deixou de moer
Banzo, Batista, bagaço e bangüê
“Meu povo não vá simbora pela Itapemirim, pois mesmo perto
Do fim nosso sertão tem melhora, o céu ta calado agora

Mais vai dar cada trovão de escapulir torrão de paredão de tapera
Bombo trovejou a chuva choveu".
(Choveu, choveu)
Lula Calixto virando Mateus
O bucho cheio de tudo que deu
(Choveu, choveu)
Suor e canseira depois que comeu
Zabumba zunindo no colo de Deus
Inácio e Romano meu verso e o teu
Água dos olhos que a seca bebeu
“Quando chove no sertão o sol deita e a água rola,

O sapo vomita espuma onde um boi pisa
Se atola e a fartura esconde o saco que a fome pedia esmola"
Seu Boiadeiro por aqui choveu, seu Boiadeiro por aqui choveu
Choveu que amarrotou, foi tanta água que meu boi nadou


Fumo
(Florbela Espanca/ Fagner)
Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti não há luar nem rosas
Longe de ti há noites silenciosas
Há dias sem calor, beirais sem ninhos
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas
Abertos sonham mãos cariciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Os dias são outonos, choram, choram
Há crisântemos roxos que descoram
Há murmúrios dolentes de segredos
Invoco o nosso sonho, estendo os braços
E é ele, ó meu amor, pelos espaços

Fumo leve que foge entre os meus dedos

Um abraço para todos e principalmente para as parceiras:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

domingo, janeiro 09, 2005

Ciranda e Mar, uma Para Cá e Outro Para Lá


Escolhi uma imagem de Porto de Galinhas, para homenagear um ritmo tipicamente pernambucano que promove a união entre pessoas,pois para dançar tem que fazer uma grande roda e se dar as mãos...
A Ciranda parece com as ondas do mar por isso a ligação com o litoral, vai no balanço para lá e para cá no mesmo movimento de uma onda...
Eu particulamente adoro uma roda de ciranda, seja ela de Lia de Itamaracá ou de Dona Duda do Janga...
As músicas de hoje são quatro cirandas que embalam todos que adoram o balanço do mar, as três primeiras são gravações de Lia e a última é uma gravação de Elba:

Se Balança
(Fernando Borges)
Ô se balança, se balança
No se balançar
Ô se balança, se balança
Pra lá e pra cá
Esta ciranda eu tirei de Lia
Que não sabia estava no seu olhar
Ô cirandeiro balança essa ciranda
Que a cirandeira agora
É quem vai se balançar

Eu Sou Lia (Ciranda de Lia)
(Paulinho da Viola)
Eu sou Lia da beira do mar
Morena queimada do sal e do sol
Da Ilha de Itamaracá
Quem conhece a Ilha de Itamaracá
Nas noites de Lia
Prateando o mar
Eu me chamo Lia e vivo por lá
Cirandando a vida na beira do mar
Cirandando a vida na beira do mar
Vejo o firmamento, vejo o mar sem fim
E a natureza ao redor de mim
Me criei cantando
Entre o céu e o mar
Nas praias da Ilha de Itamaracá
Nas praias da Ilha de Itamaracá

Minha Ciranda
(Capiba)
Minha ciranda
Não é minha só
Ela é de todos nós
A melodia principal quem
Guia é a primeira voz
Pra se dançar ciranda
Juntamos mão com mão
Formando uma roda
Cantando uma canção

Ciranda Da Rosa Vermelha
(Alceu Valença)
Teu beijo doce tem sabor do mel da cana
Sou tua ama, tua escrava, teu amor
Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
Tu és feito passarinho que se chama beija-flor
Sou tua cana, teu engenho, teu moinho
Tu és feito passarinho que se chama beija-flor
Sou rosa vermelha
Ai, meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer
Quando tu voas pra beijar as outras flores
Eu sinto dores, um ciúme e um calor
Que toma o peito, o meu corpo, invade a alma
Só meu beija-flor acalma tua escrava, meu senhor
Que toma o peito, o meu corpo, invade a alma
Só meu beija-flor acalma tua escrava, meu senhor
Quando tu voas pra beijar as outras flores
Eu sinto dores, um ciúme e um calor
Que toma o peito, o meu corpo, invade a alma
Só meu beija-flor acalma tua escrava, meu senhor
Que toma o peito, o meu corpo, invade a alma
Só meu beija-flor acalma tua escrava, meu senhor
Sou rosa vermelha
Ai, meu bem querer
Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer
Beija-flor sou tua rosa
Hei de amar-te até morrer

Um abraço para vocês:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello