sábado, fevereiro 19, 2005

As Filhas do Fino Da Bossa

Umas cantoras que são filhas de artistas de uma geração maravilhosa, Maria Rita e Luciana Mello, cujos pais fizeram sucesso com um programa chamado "O Fino da Bossa"

Cara Valente
(Marcelo Camelo)
Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai ficar sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mau-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Tristesse
Milton Nascimento/Telo Borges
Como você pode pedir
Pra que eu fale do nosso amor
Que foi tão forte e ainda é
Mas cada um se foi
Quanta saudade brilha em mim
Se cada sonho é seu
Virou história em sua vida
Mas prá mim não morreu
Lembra, lembra, lembra, cada instante que passou
De cada perigo, da audácia do temor
Que sobrevivemos que cobrimos de emoção
Volta a pensar então
Sinto, penso, espero, fico tenso toda vez
Que nos encontramos, nos olhamos sem viver
Pára de fingir que não sou parte do seu mundo
Volta a pensar então
Como você pode pedir...
Se..
(Djavan)
Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber, quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser, se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora o Se
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz a beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em 0 a 0 eu quero 1 a 1
Sei lá o que te dar, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não
Boa Noite
(Djavan)
Seu ar de dominador dizia que eu ia ser seu dono
E nessa eu dancei! Hoje no universo
Nada que brilha cega mais que seu nome
Fiquei mudo ao lhe conhecer, o que vi foi demais, vazou
Por toda selva do meu ser, nada ficou intacto
Na fronteira de um oásis, meu coração em paz se abalou
É surpresa demais que trazes, 'inda bem que eu sou Flamengo
Mesmo quando ele não vai bem, algo me diz em rubro-negro
Que sofrimento leva além, não existe amor sem medo
Boa noite!
Quem não tem pra quem se dar, o dia é igual à noite
Tempo parado no ar, há dias, calor, insônia, oh! noite
Quem ama vive a sonhar de dia, voar é do homem
Vida foi feita pra estar em dia, com a fome, com a fome, com
afome
Se vens lá das alturas com agruras ou paz, Oh, meu bem, serei
seuguia na terra
Na guerra ou no sossego sua beleza é o cais e você é meu homem
Que pode lhe dar, além de calor, fidelidade
inha vida por inteiro eu lhe dou
Minha vida por inteiro eu lhe dou
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

sexta-feira, fevereiro 18, 2005

Parabéns Amigo

Hoje é aniversário de um irmão que eu tenho, um cara que tem a minha idade, até setembro ele fica mais velho, e resolvi fazer uma homenagem colocando músicas que marcou a vida dele:

Parabéns Alexandre Cantarelli

Tudo Outra Vez
(Belchior)
Há tempo muito tempo que eu estou longe de casa
E nessas ilhas cheias de distância
O meu blusão de couro se estragou
Ouvi dizer num papo da rapaziada
Que aquele amigo que embarcou comigo
Cheio de esperança e fé, já se mandou
Sentado à beira do caminho pra pedir carona
Tenho falado à mulher companheira
Quem sabe lá no trópico a vida esteja a mil
E um cara que transava à noite no "Danúbio azul"
Me disse que faz sol na América do Sul
E nossas irmãs nos esperam no coração do Brasil
Minha rede branca, meu cachorro ligeiro
Sertão, olha o Concorde que vem vindo do estrangeiro
O fim do termo "saudade" como o charme brasileiro
De alguém sozinho a cismar
Gente de minha rua, como eu andei distante
Quando eu desapareci, ela arranjou um amante.
Minha normalista linda, ainda sou estudante
Da vida que eu quero dar
Até parece que foi ontem minha mocidade
Meu diploma de sofrer de outra Universidade
Minha fala nordestina, quero esquecer o francês
E vou viver as coisas novas, que também são boas
O amor/humor das praças cheias de pessoas
Agora eu quero tudo, tudo outra vez
Corsário
(João Bosco)
Meu coração tropical está coberto de neve mas
Ferve em seu cofre gelado
E à voz vibra e a mão escreve mar
Bendita lâmina grave que fere a parede e traz
As febres loucas e breves
Que mancham o silêncio e o cais
Roserais nova granada de Espanha
Por você eu teu corsário preso
Vou partir na geleira azul da solidão
E buscar a mão do mar
Me arrastar até o mar procurar o mar
Mesmo que eu mande em garrafas
Mensagens por todo o mar
Meu coração tropical partirá esse gelo e irá
Com as garrafas de náufragos
E as rosas partindo o ar
Nova granada de Espanha
Pôxa
(Gilson de Souza)
Pôxa,
Como foi bacana te encontrar de novo
Curtindo um samba junto com meu povo
Você não sabe como eu acho bom
Eu te falei que você não ficava nem uma semana
Longe desse poeta que tanto te ama
Longe da batucada e do meu amor
Pôxa,
Por que você não pára pra pensar um pouco?
Não vê que é motivo de um poeta louco
Que quer o teu amor pra te fazer canção
Pôxa,
Não vem com essa de mudar de assunto
Não vê como é gostoso a gente ficar junto
Mulher o teu lugar é no meu coração
Andanças
(Edmundo Souto/ Paulinho Tapajós/ Danilo Caymmi)
Vim tanta areia andei
Da lua cheia eu sei
Uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim
Vestido de cetim
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa a se derramar (me leva amor)
Ao luar descansa meu caminhar (amor)
Meu olhar em festa se fez feliz (me leva amor)
Lembrando a seresta que um dia eu fiz (por onde for quero ser
seu par)
Já me fiz a guerra por não saber (me leva amor)
Que esta terra encerra meu bem-querer (amor)
E jamais termina meu caminhar (me leva amor)
Só o amor me ensina onde vou chegar (por onde for quero ser seu
par)
Rodei de roda andei
Dança da moda eu sei
Cansei de ser sozinha
Verso encantado usei
Meu namorado é rei
Nas lendas do caminho onde andei
No passo da estrada só faço andar (me leva amor)
Tenho o meu amor pra me acompanhar (amor)
Vim de longe léguas cantando eu vim (me leva amor)
Vou e faço tréguas sou mesmo assim (por onde for quero ser seu
par)
Já me fiz a guerra por não saber (me leva amor)
Que esta terra encerra meu bem-querer (amor)
E jamais termina meu caminhar (me leva amor)
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Músicas dos Filhos

Nessa nova geração temos os filhos dos artistas que fizeram sucesso nas décadas de 60 e 70 e aqui temos músicas de quatro deles, Max de Castro, Jair Oliveira, Pedro Mariano e Simoninha:
Samba Raro
(Max De Castro)
Ela vai, ela vem
depois dela não tem pra mais ninguém
Samba
mexe comigo de um jeito tão raro
ama
ela sabe me enfeitiçar
me enfeitiçar, enfeitiçar, me enfeitiçar
me namorar, namorar, me namorar
samba rola na minha língua
me diz e me prova
ela sabe me provocar
me provocar, e provocar, me provocar
me excitar, me excitar, me excitar
Ela vai, ela vem
depois dela não tem pra mais ninguém
mas nada é tão claro
quanto a luz do imenso amor
que ilumina a noite
o samba raro já chegou
Bom Dia, Anjo
(Jairzinho Oliveira)
Em lençóis brancos você dorme
E eu em meu canto te admiro
Em meu descanso você brilha
Em teus encantos meus suspiros
Não acorde ainda, seja meu anjo
Guarde minha vida em baixo
De teus lençóis brancos
Sonhe melodias e acorde cantando
Deixe que o dia siga teus planos
Quando acordar, bom dia
A madrugada vem te olhar tranqüila
E vai avisar o dia
Que pode te acordar
Bom dia, anjo....
Voz No Ouvido
(Jairzinho Oliveira)
Tava esperando um telefonema teu
Tava precisando de uma voz no ouvido
Tava imaginando teu olhar mirando o meu
Tava desejando um beijo em teu umbigo
Tá legal, falei o que não devia
Me de mal, amanheceu um novo dia,
Já esqueci, pensei em ti decidi:
Tô aqui esperando pra ver se você vem.
Deixa de lado essa tristeza.
Beija e acaba esse tormento
Deita nesse amor desarrumado
Chega de perder tanto tempo
Ter Você
(Simoninha)
Felicidade é perto
Bem mais que o distante
Que você vê
Da janela do navio, rumo ao oceano
Mas você sempre quer
O que não é você
E sofre tanto com isso
O maior dos tormentos
Que é não ser você, não ter você
Não saber de você
Quando mais precisa
Você errou
E nem por isso vai ficar
A vida inteira chorando
Areia pro mar que o vento levou
O sol chegou
Esse é mais um dia pra tentar
Não tenha medo de nada
Não perca mais essa chance
Ser você, ter você
Saber de você
Quando mais precisa
Quem vai saber de mim
Não sei, nem mesmo eu sei
Aonde vai dar, o que vai dar
Eu não sei...

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Mais Músicas Interessantes 2

E continuo minha cruzada com problemas na internet, então lá vai mais umas músicas para vocês de cantores de uma nova geração:

Do Jeito Que For
( Jorge Vercilo /Marcelo Miranda)
Aonde cresci
do que já vivi
Não me lembro de nada na vida
que mais se pareça com amor
como lembro de ti
Na minha ilusão
O seu coração
é a peça perdida
no quebra-cabeças daquela emoção
que um dia perdi
Flor,
Minha vida tá despetalada sem teu amor
e parece que nada vai mudar
Chuva que cai sem parar
deixa no canto do peito
esse gosto de dor
Vem,
Eu guardei o meu tempo de vida
pra mais ninguém
Seja fogo de palha ou seja amor
Seja do jeito que for
só de pensar em você
já me faz tanto bem
Por Que
(Otto)
Por que você me quer assim,
Triste e traiçoeiro?
Se eu posso dividir meu corpo,
meu amor
Pra que ficar assim desesperada,
se ele falou que não lhe quer
até de manhã?
Vou esquentar os pães, seus dedos,
até de manhã.
Por que você me quer assim,
Triste e traiçoeiro?
Se eu posso dividir meu corpo,
meu amor
Pra que ficar assim desesperada,
se ele falou que não lhe quer
até de manhã?
Vou esquentar os pães, seus dedos,
até de manhã.
Na vida
Tenho muito o que dançar
para guentar o peso
para parar de pensar no Eu
Por que você não quer
ficar aqui um pouco?
Seu rosto é mais bonito rindo.
Pra que ficar assim desesperada,
se ele falou que não lhe quer
até de manhã?
Vou esquentar os pães, seus dedos,
até de manhã, vou esquentar os pães, seus dedos.
Por que você me quer assim,
Triste e traiçoeiro?
Paradeiro
(Arnaldo Antunes)
Haverá paradeiro para o nosso desejo
Dentro ou fora de um vício
Uns preferem dinheiro
Outros querem um passeio perto do precipício
Haverá paraíso
Sem perder o juízo sem morrer
Haverá pára-raio
Para o nosso desmaio
Num momento preciso
Uns vão de pára-quedas
Outros juntam moedas antes do prejuízo
Num momento propício
Haverá paradeiro para isso?
Haverá paradeiro
Para o nosso desejo
Dentro ou fora de nós
Haverá paraíso
A Seta e o Alvo
(Moska)
Eu falo de amor à vida, você de medo da morte
Eu falo da força do acaso e você, de azar ou sorte
Eu ando num labirinto e você, numa estrada em linha reta
Te chamo pra festa mas você só quer atingir sua meta
Sua meta é a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Eu olho pro infinito e você, de óculos escuros
Eu digo: "Te amo" e você só acredita quando eu juro
Eu lanço minha alma no espaço, você pisa os pés na terra.
Eu experimento o futuro e você só lamenta não ser o que era
E o que era ? Era a seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Eu grito por liberdade, você deixa a porta se fechar
Eu quero saber a verdade, e você se perocupa em não se machucar
Eu corro todos os riscos, você diz que não tem mais vontade
Eu me ofereço inteiro, e você se satisfaz com metade
É a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada
Quando se parte rumo ao nada ?
Sempre a meta de uma seta no alvo
Mas o alvo, na certa não te espera
Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada

Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Mais Músicas Interessantes

Mais umas músicas de cantoras que estão abrilhantando a MPB:

(Tom Zé)
Solidão
Que poeira leve...
Solidão
Olhe a casa é sua
O telefo...
E no meu descompasso
Na vida quem perde o telhado
Em troca recebe as estrelas
Pra rimar até se afogar
E de soluço em soluço esperar
O sol que sobe na cama
E acende o lençol
Só lhe chamando
Solicitando
Solidão que poeira leve...
Se ela nascesse rainha
Se o mundo pudesse agüentar
Os pobres ela pisaria
E os ricos iria humilhar
Milhares de guerras faria
Pra se deleitar
Por isso eu prefiro
chorar sozinho
Solidão
que poeira leve...
solidão,
olhe, a casa é sua
o telefone tocou, foi engano
solidão
que poeira leve
solidão
olhe a casa é sua
e no meu descompasso passa
o riso dela
Sobre O Tempo
(Thedy Corrêa)
Os homens trocam as famílias
As filhas, filhas de suas filhas
E tudo aquilo que não podem entender
Os homens criam os seus filhos
Verdadeiros ou adotivos
Criam coisas que não deviam conceber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover... êê,êê
O passado está escrito
Nas colunas de um edifício
Ou na geleira
Onde um mamute foi morrer
O tempo engana aqueles que pensam
Que sabem demais que juram que pensam
Existem também aqueles que juram
Sem saber
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover... êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
Se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover.. êê,êê
O tempo passa e nem tudo fica
A obra inteira de uma vida
O que se move e
O que nunca vai se mover..
Se mover..
A Ponte
(Lenine)
Como é que faz pra lavar a roupa?
Vai na fonte, vai na fonte
Como é que faz pra raiar o dia?
No horizonte, no horizonte
Este lugar é uma maravilha
Mas como é que faz pra sair da ilha?
Pela ponte, pela ponte
A ponte não é de concreto, não é de ferro
Não é de cimento
A ponte é até onde vai o meu pensamento
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
A ponte nem tem que sair do lugar
Aponte pra onde quiser
A ponte é o abraço do braço do mar
Com a mão da maré
A ponte não é para ir nem pra voltar
A ponte é somente pra atravessar
Caminhar sobre as águas desse momento
Nagô, nagô, na Golden Gate
Entreguei-te
Meu peito jorrando meu leite
Mas no retrato-postal fiz um bilhete
No primeiro avião mandei-te
Coração dilacerado
De lá pra cá sem pernoite
De passaporte rasgado
Sem ter nada que me ajeite
Coqueiros varam varandas no Empire State
Aceite
Minha canção hemisférica
A minha voz na voz da América
Cantei-te
Flor Da Idade
(Chico Buarque)
A gente faz hora, faz fila na vila do meio dia
Pra ver Maria
A gente almoça e só se coça e se roça e só se vicia
A porta dela não tem tramela
A janela é sem gelosia
Nem desconfia
Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor
Na hora certa, a casa aberta, o pijama aberto, a família
A armadilha
A mesa posta de peixe, deixe um cheirinho da sua filha
Ela vive parada no sucesso do rádio de pilha
Que maravilha
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor
Vê passar ela, como dança, balança, avança e recua
A gente sua
A roupa suja da cuja se lava no meio da rua
Despudorada, dada, à danada agrada andar seminua
E continua
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor
Carlos amava Dora que amava Lia que amava Léa que amava Paulo
Que amava Juca que amava Dora que amava Carlos que amava Dora
Que amava Rita que amava Dito que amava Rita que amava Dito que
amava Rita que amava
Carlos amava Dora que amava Pedro que amava tanto que amava
a filha que amava Carlos que amava Dora que amava toda a
quadrilha

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Umas Músicas Interessantes 2

Músicas de cantoras de uma geração que está despontando para o sucesso:

É Ouro Para Mim
(Peninha)
Tudo junto no meu caso rolou de uma vez só
De repente o que era já não era mais
Mudou tudo no amor
Outra cara
Outra forma de ver e sentir
O que antes eu não entendia
Agora é ouro pra mim
A cabeça mudou
Outra cara
Eu tô fora e não vou mais sair
O que eu não precisava
Agora é preciso
Amor é assim
Lindo
Tô que nem criança
Tô de alma limpa
Com você por perto
Sou mais longe ainda
Hoje eu quero luz de sol e mar
Nova
Renovada a força
Tô feliz da vida
Sob o seu domínio
Tô mais forte ainda
Não tem nada fora de lugar
Há Mulheres
(Vania Borges)
Há mulheres que se pintam de caulim
Na Costa do Marfim
para o deus louvar
Eu também me pinto para o luar, em mim,
A prata derramar
Oh! Musa da inspiração!
Oh! Musa da inspiração!
Oh! Musa da inspiração!
Caia sobre mim este céu sem fim
Banzo
Itamar Assumpção
Às margens do rio Sena
Me lembro do Amazonas
Da minha raça morena
Bordunas e pés de cana
Das procissões, das novenas
Das praias com suas dunas
Penha, Vila Madalena
Dos Paiakans , dos Jurunas
Lembro Xangô, Janaína
Tupã, Roraima, Itabuna
Dos brancos cá, Caraíbas
Paris me lembra Criciúma
Porto Alegre , tri Curitiba
Gurias loiras, morenas
Me lembra rio Parnaíba
Pará, Paraná, Paranapanema ] bis
Aqui e lá há lacunas
Mas não há lá Iracemas
Me lembro que a cobra fuma
Na França ou Ipanema
Remember da minha tchurma
Piquet, Fittipaldi e Sena
São Paulo, usina de Furnas
Umãpe Xe raperana
A força que nunca seca
Vanessa /Chico César
Já se pode ver ao longe
A senhora com a lata na cabeça
Equilíbrando a lata vesga
Mais do que o corpo dita
Que faz e equilíbrio cego
A lata não mostra
O corpo que entorta
Pra lata ficar reta
Pra cada braço uma força
De força não geme uma nota
A lata só cerca, não leva
A água na estrada morta
E a força nunca seca
Pra água que é tão pouca
Pra cada braço uma força
De força não geme uma nota
A lata só cerca, não leva
A água na estrada morta
E a força nunca seca
Pra água que é tão pouca

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

domingo, fevereiro 13, 2005

Umas Músicas Interessantes

Para não ficar sem postar nada esses dias enquanto a minha internet está sem funcionar, vou colocar durante uns dias só músicas de alguns artistas que acho os melhores da nova geração:

Paciência
(Lenine /Dudu Falcão)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede preça
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara(Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não)
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara(tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não...a vida não
para)
Lenha
(Zeca Baleiro)
Eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Eu amo você
Mas não sei o que
Isso quer dizer
Eu não sei por que
Eu teimo em dizer
Que amo você
Se eu não sei dizer
O que quer dizer
O que vou dizer
Se eu digo pare
Você não repare
No que possa parecer
Se eu digo siga
O que quer que eu diga
Você não vai entender
Mas se eu digo venha
Você traz a lenha
Pro meu fogo acender
Isso
(Chico César)
Isso que não ouso dizer o nome
Isso que dói quando você some
Isso que brilha quando você chega
Isso que não sossega, que me desprega de mim
Isso tem de ser assim...
Isso que carrego pelas ruas
Isso que me faz contar as luas
Isso que ofusca o sol
Isso que é você e sou sem fim
Anabela
(Paulo César Pinheiro / Mário Gil)
No porto de Vila Velha
Vi Anabela chegar
Olho de chama de vela
Cabelo de velejar
Pele de fruta cabocla
Com a boca de cambuca
Seios de agulha de bussola
na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela
Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro
Veio Anabela deitar
Vento eiriçava o meu pelo
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com maos de roda moinho
Fez o meu barco afundar
E eu que pensei que fazia
Daquele ventre o meu cais
So percebi meu naufragio
Quando era tarde demais
Vi Anabela partindo
Pra nao voltar nunca mais
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem