domingo, julho 18, 2004

Porque Hoje em Dia não temos mais Festivais de Música?

Nas décadas de 60 e 70 vivemos no país uma onda de grandes festivais que lançou uma grande geração de artistas maravilhosos como, por exemplo:

Caetano Veloso, Chico Buarque, Elis Regina, Edu Lobo, Gilberto Gil, MPB4, Quarteto em Cy, Mutantes, Geraldo Vandré, Tom Jobim e tantos outros...
As emissoras de TV, como Globo e Record investiam e existiam verdadeiras “Batalhas” entre torcidas nos ginásios, como a clássica entre Sabiá de Tom Jobim e Chico Buarque e Para que não dizer que não falei das flores de Geraldo Vandré onde a torcida desta vaiou a vitória da outra, pois a maioria das pessoas que queria uma canção de protesto, pois estávamos em plena ditadura militar.
Depois desta fase tivemos no inicio da década de 80 outro grande festival que foi o “MPB Shell”que revelou entre outros:
Oswaldo Montenegro, Eduardo Dusek, Joyce, Sandra de Sá
O último grande festival foi em 1985 promovido pala Globo que é o “Festival dos Festivais” que revelou, por exemplo:
Tetê Espíndola, Leila Pinheiro
Infelizmente este tipo de evento virou um comércio principalmente pelas gravadoras e acabou perdendo a credibilidade...
Tivemos também o “Canta Nordeste” realizado pela Globo Nordeste à partir de 1991 e revelou:
Petrúcio Amorim, Israel Filho, Cristina Amaral, Nádia Maia, Geraldo Lins, Edy Carlos.

Vamos voltar a fazer festivais para dar mais espaço para cultura...

Para homenagear os festivais:

Sabiá
(Tom Jobim/Chico Buarque).
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma sabiá

Vou voltar
Sei que ainda vou voltar.
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor talvez possa espantar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou voltar

Sei que ainda vou voltar
Não vai ser em vão
Que fiz tantos planos de me enganar
Como fiz enganos de me encontrar
Como fiz estradas de me perder
Fiz de tudo e nada de te esquecer
Vou voltar
Sei que ainda vou voltar
Para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar

Pra não Dizer que não Falei de Flôres

(Geraldo Vandré).
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais, braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Caminhando e cantando e seguindo a cançãoPelos campos a fome em grandes plantaçõesPelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo canhões.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam antigas lições
De morrer pela pátria e viver sem razão.
Nas escolas, nas ruas, campos, construções
Somos todos soldados, armados ou não
Caminhando e cantando e seguindo a canção
Somos todos iguais braços dados ou não.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Os amores na mente, as flores no chão
A certeza na frente, a história na mão
Aprendendo e ensinando uma nova lição
Caminhando e cantando e seguindo a canção.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Vem, vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.

Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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