sexta-feira, novembro 05, 2004

O Homem do Tudo Outra Vez

Os sites que indico:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com
http://www.continentemulticultural.com.br
http://s16comunicacao.blogspot.com
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Eu hoje gostaria de homenagear um dos grandes artistas nordestinos:

Belchior

A voz rouca desse cearense, que começou a aparecer na década de 70 e até hoje sempre que todos escutam algumas músicas sempre se emocionam...
Eu particulamente sou suspeito para falar, pois o primeiro cd que comprei para minha coleção foi dele...
Sem mais delongas vocês podem clicar no titulo e entrar num site muito legal sobre sua carreira...
Mais um dos compositores que foi gravado por Elis Regina...
Essas letras abaixo são do seguinte site:

http://www.mpbnet.com.br/index.html

As músicas de hoje são quatro clássicos e inclusive já postei pelo menos uma delas no dia do meu aniversário, essa é a primeira:

Como Nossos Pais
(Belchior)
Não quero lhe falar, meu grande amor
Das coisas que aprendi nos discos
Quero lhe contar como eu vivi e tudo o que aconteceu comigo
Viver é melhor que sonhar
E eu sei que o amor é uma coisa boa
Mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida de qualquer pessoa
Por isso cuidado, meu bem, há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal está fechado pra nós que somos jovens
Para abraçar seu irmão e beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço, o seu lábio e a sua voz
Você me pergunta pela minha paixão
Digo que estou encantado como uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade, não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento o cheiro da nova nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva do meu coração
Já faz tempo eu vi você na rua cabelo ao vento gente jovem reunida
Na parede da memória essa lembrança é o quadro que dói mais
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como nossos pais
Nossos ídolos ainda são os mesmos e as aparências não se enganam, não
Você diz que depois deles não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer que tou por fora ou então que tou inventando
Mas é você que ama o passado é que não vê
É você que ama o passado é que não vê
Que o novo sempre vem
Hoje eu sei que quem deu me deu a idéia de uma nova consciência e juventude
Está em casa guardado por Deus contando vil metal
Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo tudo o que fizemos
Nós ainda somos os mesmos e vivemos
Ainda somos os mesmos e vivemos
Como os nossos pais


Paralelas
(Belchior)
Dentro do carro, sob o trevo
À cem por hora meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico
Diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio vejo a luz do teu olhar
Passas praças, viadutos
Nem te lembras de voltar, de voltar, de voltar
No Corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
(E as borboletas do que fui pousam demais)
Que só entende o que é cruel, o que é paixão
(Por entre as flores do asfalto em que tu vais)
E as paralelas dos pneus nas águas das ruas são duas
Estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento do oitavo andar abro a vidraça
E grito quando o carro passa
Eu infinito sou eu, sou eu, sou eu...


Todo Sujo de Baton
(Belchior)
Eu estou muito cansado
Do peso da minha cabeça
Desses dez anos passados, presentes
Vividos entre o sonho e o som
Eu estou muito cansado de não poder
De não poder falar palavra
Sobre essas coisas sem jeito
Que eu trago em meu peito
E acho tão bom
Quero uma balada nova
Falando de brotos, de coisas assim
De money, de banho de lua, de ti e de mim
Um cara tão sentimental
Quero a sessão de cinema das cinco
Para beijar a menina e levar a saudade
Na camisa toda suja de batom


Apenas um Rapaz Latino Americano
(Belchior)

Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas trago na cabeça uma canção do rádio
Em que um antigo compositor baiano me dizia
Tudo é divino, tudo é maravilhoso
Tenho ouvido muitos discos, conversando com pessoas
Caminhado o meu caminho, papo o som dentro da noite
E não tenho um amigo sequer que ainda acredite nisso não
Tudo munda, e com toda a razão
Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas sei que tudo é proibido, alías, eu queria dizer que tudo é permitido
Até beijar você no escuro do cinema quando ninguém nos vê
Não me peça que eu lhe faça uma canção como se deve
Correta, branca, suave, muito limpa, muito leve
Som, palavras são navalhas e eu não posso cantar como convém
Sem querer ferir ninguém
Mas não se preocupe, meu amigo com os horrores que eu lhe digo
Isso é somente uma canção
A vida realmente é diferente quer dizer, ao vivo é muito pior
Eu sou apenas um rapaz latino americano, sem dinheiro no banco
Por favor não saque a arma no saloon, eu sou apenas um cantor
Mas se depois de cantar você ainda quiser me atirar
Mate-me logo à tarde, às três que à noite eu tenho compromisso
E não posso faltar por causa de você
Eu sou apenas um rapaz latino americano sem dinheiro no banco
Sem parentes importantes e vindo do interior
Mas sei, sei que nada é divino
Nada, nada é maravilhoso
Nada, nada é secreto
Nada, nada é misterioso não


Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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