quarta-feira, dezembro 22, 2004

Mais uma Repetição

Esses eu vou indicar para vocês:

http://www.mpbnet.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com/
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/


Uma mudança no estilo do blog, sempre que possivel teremos uma imagem do artista homenageado:

Renato Braz

Um cantor considerado por muitos um dos melhores dessa nova geração da MPB, que foi minha primeira indicação logo no inicio do blog...
Vocês podem conferir o que falei dele, clicando no titulo e indo para o dia indicado...
As músicas de hoje são quatro interpretações muito legais e gostaria que vocês procurassem esse cantor, vale a pena vocês conhecerem:

Anabela
(Mário Gil e Paulo César Pinheiro)
No porto de Vila Velha
Vi Anabela chegar
Olho de chama de vela
Cabelo de velejar
Pele de fruta cabocla
Com a boca de cambucá
Seios de agulha de bússola
Na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela
Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro
Veio Anabela deitar
Vento eriçava o meu pelo
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com mãos de rodamoinho
Fez o meu barco afundar
E eu que pensei que fazia
Daquele ventre o meu cais
Só percebi meu naufrágio
Quando era tarde demais
Vi Anabela partindo
Pra não voltar nunca mais


Bambayuque
(Zeca Baleiro)
Enquanto você na arquibancada eu na geral

Enquanto eu além de tudo você afinal
Enquanto eu rondó você madrigal
Enquanto eu paro e penso você avança o sinal
Enquanto você carta marcada eu canastra real
Enquanto eu lugar-comum você especial
Enquanto eu na cozinha você no quintal
Você dois pra lá
E eu dois pra cá
É a dança da nossa paixão
Enquanto você kamikaze eu general
Enquanto eu Paquetá você Cabo Canaveral
Enquanto eu média luz você carnaval
Enquanto você no Olimpo ai de mim mortal
Enquanto você brisa eu vendaval
Enquanto você Roberto eu Hermeto Paschoal
Enquanto você monumento eu pedra de sal
Enquanto você na folia eu no funeral
Enquanto eu matriz você filial
Enquanto você Branca de Neve eu Lobo Mau
Enquanto eu papai-mamãe você sexo oral
Enquanto eu na canção você no parque industrial

O Amor
(Caetano Veloso e Ney Costa Santos sobre poema de Vladimir Maiakovsky)
Talvez

Quem sabe um dia
Por uma alameda do zoológico ela também chegará
Ela que também amava os animais
Entrará sorridente assim como está
Na foto sobre a mesa
Ela é tão bonita
Ela é tão bonita que na certa eles a ressuscitarão
O século trinta vencerá
O coração destroçado já
Pelas mesquinharias
Agora vamos alcançar
Tudo o que não pudemos amar na vida
Com o estelar das noites inumeráveis
Ressuscita-meAinda que mais não seja
Por que sou poeta
E ansiava o futuro
Ressuscita-me
Lutando contra as misérias
Do cotidiano
Ressuscita-me por isso
Ressuscita-me
Quero acabar de viver
O que me cabe, minha vida
Para que não mais existam
Amores servis
Ressuscita-me
Para que ninguém mais tenha
Que sacrificar-se
Por uma casa, um buraco
Ressuscita-me
Para que a partir de hoje
A partir de hoje
A família se transforme
E o pai
Seja pelo menos o universo
E a mãe
Seja no mínimo a terra

Passarinheiro
(Jean Garfunkel e Pratinha)
Arranquei essa tirana

Do bojo do violão
A sorte é uma cigana
Que escreveu na minha mão
No meio dos seus rabiscos
Só duas coisas eu entendo
Correr mundo, correr risco
E o resto é seguir vivendo
Meu coração é um alazão passarinheiro
Sem freio, nem ferradura
Riscando o casco no vento
Só por paixão ele galopa assim ligeiro
Pois empaca que nem mula
Diante do sofrimento
Risquei fogo e fiz fandango
Bem no meio do terreiro
Meu senhor dono da casa
Não me vendo por dinheiro
Mas barganho pelo encanto
Do calor e da amizade
Em troca lhe dou meu canto
Pra alegrar sua saudade

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

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