quinta-feira, dezembro 13, 2007

95 Anos do Rei

Se estivesse vivo hoje, o Rei do Baião, Luiz Gonzaga estaria completando 95 anos de idade, então nada mais justo que o espaço da cultura brasileira preste uma homenagem ao grande ícone da música nordestina...
Achp que não é preciso falar muito sobre ele, pois acho que já foi muito falado, cantado, declamado e encenado e suas músicas falam por ele, então mais pre frente vocês terão algubns dos clássicos...
Por isso vou falar sobre a homenagem que será prestada pela Prefeitura do Recife hoje no Pátio de São Pedro para comemorar não só o aniversário do Seu Lua, mas também o Dia Nacional do Forró, onde vários forrozeiros irão mostrar as músicas dele e de dois outros homenageados, dois grandes poetas, um que infelizmente nos deixou Accioly Neto e outro que com projeto Forroboxote vem dando continuidade ao legado do forró que é o Xico Bizerra...

Bom agora vai o serviço da homenagem:
Quinto Tributo à Luiz Gonzaga
Homenagem à Xico Bizerra e Accioly Neto
Dia Nacional do Forró
Pátio de São Pedro
19:00
Grátis

Agora vamos encher de músicas dos três para vocês:


Lembrança De Um Beijo
Accioly Neto
Quando a saudade invade o coração da gente
E pega a veia onde corria um grande amor
Não tem conversa nem cachaça que dê jeito
Nem um amigo do peito que segure o chororô
Que segure o chororô
Que segure o chororô
Saudade já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem o que bem quer
E o cabra pode ser valente e chorar
Ter meio mundo de dinheiro e chorar
Ser forte que nem sertanejo e chorar
Só na lembrança de um beijo chorar

Se Tu Quiser
Xico Bizerra
Se tu quiser
Eu invento um vento pra ventar amor
Uma chuva bem chuvida pra chuver pé de fulô
Pra tu ficar cherosa e vim dançar mais eu
Se tu quiser
Eu poemo um poema bem cueio de rima
Acendo a estrela mais bonita lá de cima
Faço tudo que puder pra tu ficar mais eu
Se tu quiser
Eu crio um sentimento pra gente se amar
Invento um jeito novo de te abraçar
Te beijo com um beijo que ninguém nunca beijou
Se tu quiser
Basta me dizer que eu virei correndo
É só me avisar que tu ta me querendo
Que o mundo vai saber o que é um grande amor
Se tu quiser
Basta me dizer que eu virei correndo
É só me avisar que tu ta me querendo
Que o mundo vai saber o que é um grande amor


Espumas Ao Vento
Accioly Neto
Sei que ai dentro ainda mora
Um pedaço de mim
Um grande amor não se acaba assim
Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento
Raiva passageira
Mania que dá e passa
Feito brincadeira
O amor deixa marcas que não dá para apagar
Sei que errei, estou aqui
Pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
Sem saber direito aonde ir e o que fazer
Eu não encontro uma palavra
Para te dizer
Mas se eu fosse você
Eu voltava pra mim de novo
E de uma coisa fique certa, amor
A porta vai estar sempre aberta, amor
O meu olhar vai dar uma festa, amor
Na hora em que você chegar
Espumas ao vento
Gosto Que Só
Socorro Lira/Xico Bizerra
Eu gosto que só de um céu estrelado,
Sertão enluarado, cheiro de capim,
Do jeito matuto da voz do violeiro,
Da sombra do juazeiro, da lonjura do fim,
Eu gosto que só das ‘fartura' de abraço
Que arrocham o laço desse nosso amor,
Do dom do poeta que faz o seu verso
E me deixa imerso nas águas dos sem-dor,
Eu gosto que só de um terreiro molhado,
De ficar achegado dançando um baião,
Vendo os teus olhos jandairando pra mim,
Enfeitando o jardim do meu coração,
Eu gosto que só de um carinho bem dado,
De um beijo roubado que a ‘poliça' nem vê,
Desse nosso chamego ao dançar um forró,
Eu gosto que só de gostar de você

Asa Branca
Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Para eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chores não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

A Volta da Asa Branca
Luiz Gonzaga/Zé Dantas
Já faz três noites
Que pro norte relampeia
A asa branca
Ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas
E voltou pro meu sertão
Ai, ai eu vou me embora
Vou cuidar da prantação
A seca fez eu desertar da minha terra
Mas felizmente Deus agora se alembrou
De mandar chuva
Pr'esse sertão sofredor
Sertão das muié séria
Dos homes trabaiador
Rios correndo
As cachoeira tão zoando
Terra moiada
Mato verde, que riqueza
E a asa branca
Tarde canta, que beleza
Ai, ai, o povo alegre
Mais alegre a natureza
Sentindo a chuva
Eu me arrescordo de Rosinha
A linda flor
Do meu sertão pernambucano
E se a safra
Não atrapaiá meus pranos
Que que há, o seu vigário
Vou casar no fim do ano.
Abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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