quinta-feira, dezembro 02, 2004

O Cara que Musicou Drummond

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Hoje tem um cara daqui de Pernambuco:

Paulo Diniz

Podem chamar de brega, mas esse artista inspirou muitas gerações que sempre cantaram seus sucessos...
É um compositor que já foi gravado por grandes da música brasileira e eu curto bastante suas músicas...
Foi dificil arranjar uma página na internet que falasse sobre ele, mas achei e se vocês clicarem no titulo, vão saber um pouco mais sobre ele...
As músicas de hoje são os quatro clássicos dele, sendo a última um poema de Drummond que ele musicou:

O Meu Amor Chorou
(Luiz Marçal Neto)
O meu amor chorou
Não sei porque razão
O meu amor chorou
Não sei porque razão
Também pudera
Eu não estava acostumado
À vida de casado
E faço força pra ficar
Em casa sossegado
Mas amor é tão difícil
A gente se conter
Antigamente a minha vida
Era de bar em bar
Pelas ruas da cidade
A lua quando sai
Saudade vem e a gente vai
E fica pela rua até o amanhecer
Mas te prometo um dia, meu amor
Mudar de vida pra te consolar
E pra fazer seu gosto
Embora morra de desgosto
Trocarei tudo o que tenho
Procê não chorar


Pingos De Amor
(Paulo Diniz/Odibar)
A vida passa, eu telefono
E você já não me atende mais
Será que já não temos tempo
Nem coragem de dialogar
Ainda ontem pela praia
Alguma coisa me lembrou você
E veio a noite e namorados se beijando
E eu estava só
Vamos ser outra vez nós dois
Vai chover pingos de amor de amor
Pingos de amor


Quero Voltar Pra Bahia
(Paulo Diniz/Odibar)
I don't want to stay here
I wanna to go back to Bahia
Eu tenho andado tão só
Quem me olha nem vê
Silêncio em meu violão
Nem eu mesmo sei porque
De repente ficou frio
Eu não vim aqui para ser feliz
Cadê o meu sol dourado?
Cadê as coisas do meu país?
I don't want to stay here
I wanna to go back to Bahia

Via Intelsat eu mando
Notícias minhas para "O Pasquim"
Beijos pra minha amada
Que tem saudades e pensa em mim
I don't want to stay here

José
(Paulo Diniz/ Carlos Drummond de Andrade)
E agora José?
A festa acabou a Luz apagou
O povo sumiu, a noite esfriou.
E agora José?
E agora você?
Você que é sem nome, que zomba dos outros,
Você que faz versos que ama protesta.
E agora José?
Está sem mulher, está sem carinho,
Está sem discurso, já não pode beber.
Já não pode fumar, cuspir já não pode,
A noite esfriou, o dia não veio.
O bonde não veio, o riso não veio,
Não veio a utopia e tudo acabou
E tudo fugiu e tudo mofou
E agora José?
Sua doce palavra, seu instante de febre.
Sua gula e jejum sua biblioteca
Sua lava de ouro seu terno de vidro
Sua incoerência seu ódio e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta
Não existe porta, quer morrer no mar.
Mas o mar secou, quer ir para Minas.
Minas não há mais José e agora?
Se você gritasse se você gemesse,
Se você tocasse a valsa vienense.
Se você dormisse se você cansasse
Se você morresse, mas você não morre.
Você é duro José sozinho do escuro.
Qual bicho do mato, sem teogonia,
Sem parede nua para se encostar
Sem cavalo preto que fuja a galope,
Você marcha José, José para onde?
(Você marcha José, José para onde?

(Marcha José, José para onde?).
(José para onde?).
(Para onde?).
E agora José, José para onde?
E agora José, para onde?
E agora José, José para onde?
E agora José, para onde?
E agora José, para onde?


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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