quarta-feira, novembro 24, 2004

A Mulher do Saco de Feijão

Esses sites valem à pena entrar:

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Hoje o samba volta a aparecer no blog:

Beth Carvalho

Uma sambista que encanta seja cantando um bom samba de roda ou então uma boa MPB e com isso tanto faz ela cantar Jorge Aragão quanto Chico Buarque com a mesma competência...
Ela já fez sucesso até em Marte com um dos grandes sucessos dela, que foi composta por Jorge Aragão, Coisinha do Pai, acordando a sonda que fazia pesquisa para a Nasa...
No titulo você clica e entra no site oficial dela e encontra mais informações...
As músicas de hoje são da faceta mais MPB de Beth e são grandes clássicos da nossa música, as duas primeiras são do grande compositor da Mangueira:


As Rosas Não Falam
Cartola

Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim
Queixo-me às rosas
Mas que bobagem, as rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai

Devias vir para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhava os meus sonhos por fim.



O Mundo é um Moinho
(Cartola)
Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés



O Meu Guri
Chico Buarque

Quando, seu moço, nasceu meu rebento
Não era o momento dele rebentar
Já foi nascendo com cara de fome
E eu não tinha nem nome pra lhe dar
Como fui levando não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua meninice ele um dia me disse
Que chegava lá, olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri, e ele chega
Chega suado e veloz do batente
Traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço,
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri, e ele chega
Chega no morro com carregamento
Pulseira, cimento, relógio, pneu, gravador,
Rezo até ele chegar cá no alto
Essa onda de assaltos tá um horror !
Eu consolo ele, ele me consola
Boto ele no colo pra ele me ninar
De repente acordo, olho pro lado
E o danado já foi trabalhar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri, e ele chega
Chega estampado, manchete, retrato
Com venda nos olhos, legenda e as iniciais
Eu não entendo essa gente, seu moço
Fazendo alvoroço demais
O guri no mato, acho que tá rindo
Acho que tá lindo de papo pro ar
Desde o começo eu não disse, seu moço?
Ele disse que chegava lá,
Olha aí, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri.


Andança
(Edmundo Souto, Paulinho Tapajós e Danilo Caymmi)
Vim tanta areia andei
Da lua cheia eu sei, uma saudade imensa
Vagando em verso eu vim vestido de cetim
Na mão direita rosas vou levar
Olha a lua mansa a se derramar
Ao luar descansa meu caminhar
Meu olhar de festa se fez feliz
Lembrando a seresta que um dia eu fiz

(Me leva amor
Amor
Me leva amor
Por onde for quero ser seu par)
Já me fiz a guerra por não saber
Que esta terra encerra meu bem querer
E jamais termina meu caminhar
Só o amor me ensina onde vou chegar
Rodei de roda andei, dança da moda eu sei
Cansei de se sozinha
Verso encantado usei, meu namorado é rei
Nas lendas do caminho
Onde andei
No passo da estrada só faço andar
Tenho a minha amada a me acompanhar
Vim de longe léguas cantando eu vim
Já não faça tréguas, sou mesmo assim
(Me leva amor
Amor
Me leva amor
Por onde for quero ser seu par)


Um Abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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