terça-feira, dezembro 07, 2004

Um Pai Injustiçado e os Filhos Recuperando sua Memória

Os sites que valem a pena visitar:

http://www.mpbnet.com.br/
http://www.biasaldanha.blogger.com.br/
http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.sombrasil.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/
http://www.m-musica.com//
http://www.continentemulticultural.com.br/
http://s16comunicacao.blogspot.com/
http://escritorsolitario.blogspot.com/

Um pai e seus filhos hoje no blog:

Wilson Simonal
Simoninha
Max de Castro

Um cantor que foi injustiçado na década de sessenta, sendo acusado de ser informante da ditadura militar e que se não houvesse essa acusação ele não teria morrido como mais um cantor e sim como um dos maiores cantores que o Brasil já teve, pois o seu talento era inquestionável...
Como fruto deixou dois filhos como sucessores que hoje são destaque da nova geração de artistas que valorizam a MPB, procurando dar uma oxigenada neste estilo...
Eles procuram tentar resgatar a imagem do pai, para que as novas gerações saibarm que Simonal não era um dedo duro e sim uma vitima desse periodo negro do nosso país...
Hoje teremos ao invés de um link só no titulo, este vai ser uma página dedicada ao pai no site Clique Music e abaixo estarão os links para os sites dos filhos, ambos hospedados no site da sua gravadora, a Trama:

http://www.trama.com.br/simoninha/
http://www.trama.com.br/maxdecastro/

Iniciando as músicas de hoje teremos uma música que ficou marcada na voz forte do Simonal e que é um dos clássicos dos anos 60:

Sá Marina
(Antonio Adolfo /Tibério Gaspar)
Descendo a rua da ladeira
Só quem viu, que pode contar
Cheirando a flor de laranjeira
Sá Marina levei pra dançar
De saia branca costumeira
Gira o sol, que parou pra olhar
Com seu jeitinho tão faceiro
Fez o povo inteiro cantar
Roda pela vida afora
E põe pra fora essa alegria
Dança que amanhece o dia pra se dançar
Gira, que essa gente aflita
Se agita e segue no seu passo
Mostra toda essa poesia no olhar
Deixando versos na partida
E só cantigas pra se cantar
Naquela tarde de domingo
Fez o povo inteiro chorar
E fez o povo inteiro chorar


A segunda é do Max de Castro e dá titulo ao primeiro disco dele:

Samba Raro
(Bernardo Vilhena - Max de Castro)
Ela vai, ela vem
Depois dela não tem pra mais ninguém
Samba
Mexe comigo de um jeito tão raro
Ama
Ela sabe me enfeitiçar
Me enfeitiçar, enfeitiçar, me enfeitiçar
Me namorar, namorar, me namorar
Samba rola na minha língua
Me diz e me prova
Ela sabe me provocar
Me provocar, e provocar, me provocar
Me excitar, me excitar, me excitar
Ela vai, ela vem
Depois dela não tem pra mais ninguém
Mas nada é tão claro
Quanto a luz do imenso amor
Que ilumina a noite
O samba raro já chegou


A terceira é do Simoninha e é do segundo disco que ele gravou:

Essência
(Simoninha / Marcelo Yuka)
Garrafas de cervejas
Espalhadas pelo chão
Um sapato perdido
Lembrando a confusão
O samba de ontem
Não acabou bem
O samba de ontem
Não acabou bem, não
Porque, porque
O samba não é só um dia
O samba não é só folia
O samba se parece com a vida
Nasce e morre todo dia
Pra ser essência
Corpos e contruções essência
Beijos e lições essência
Corpos e construções essência
Entre beijos e lições essência

A última é uma música do Simonal que ele dedicou ao Simoninha e que este regravou para homenagear o pai:

Tributo a Martin Luther King
(Ronaldo Bôscoli / Wilson Simonal)
Sim, sou um negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim, luta mais
E a luta está no fim
Cada negro que for, mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta irmão
Ouvir minha voz, oh yes, lutar por nós
Luta negra de mais é lutar pela paz
Luta negra demais para sermos iguais


Um abraço para vocês:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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