quinta-feira, dezembro 06, 2007

Uma Overdose de Geraldo



Nos dias 23/24/25 de novembro, tive uma orvedose de artistas chamados Geraldo...

Na sexta fui ao projeto Seis e Meia assistir a um show que há muito gostaria de ter tido oportunidade que foi Geraldo Azevedo só com voz e violão, onde ele intercalou seus grandes sucessos com músicas novas, sendo que na primeira parte do show foram quase quarenta minutos de música sem parar, ou seja uma fantástica apresentação...
Para mudar um pouco depois de cada tópico colocarei duas músicas que fazem parte da carreira de cada artista:


Táxi Lunar
Geraldo Azevedo /Alceu Valença/ Zé Ramalho
Ela me deu o seu amor, eu tomei
No dia dezesseis de maio... viajei
De espaçonave atropelado, procurei
O meu amor, aperriado
Apenas apanhei na beira mar
Um taxi prá estação lunar
Bela, linda, criatura bonita
Nem menina, nem mulher
Tem espelho no seu rosto de neve
Nem menina, nem mulher
Pela sua cabeleira vermelha
Pelos raios desse sol lilás
Pelo fogo do seu corpo, centelha
Pelos raios desse sol

Bicho de Sete Cabeças
Geraldo Azevedo/ Zé Ramalho/Renato Rocha
Não dá pé não tem pé nem cabeça
não tem ninguém que mereça
não tem coração que esqueça
não tem jeito mesmo
não tem dó no peito
não tem nem talvez defeito
que você me fez desapareça
cresça e desapareça
Não tem dó no peito
não tem jeito
não tem ninguém que mereça
não tem coração que esqueça
não tem pé não tem cabeça
não dá pé não é direito
não foi nada, eu não fiz nada disso
e você fez um bicho de sete cabeças

No sábado foi a vez do meu amigo Geraldinho Lins, um artista que cada vez conquista seu espaço, gravou seu segundo DVD e fez um show co mais de três horas, com participações muito especiais, Silverio Pessoa, Beto Hortiz, Maestro Spock com sua orquestra e seu grande amigo que tocou com ele no inicio de sua carreira, César Michilles, foi um show para reencontrar com grandes amigos, pessoas que não vemos no dia a dia...
Agora duas músicas clássicas de seu repertório:

Xote da Saudade
(Geraldinho Lins / Carlinhos Borges)
Eu já sabia
Que um dia sentiria saudade sua
Pedi arrego todo dia aquela Lua
E me inspirava em teu olhar pra cantar
E o aconchego
E o teu chamego agora só era lembrança
A paz não vinha
E o jeito era entrar na dança
Queria te esquecer pra nunca mais sofrer
Mas não é assim
Ninguém manda em coração apaixonado
Tô entregue, tô todo desmantelado,
Por causa do amor que você me ensinou
E essa dor
Eu consolo com o toque de sanfona
Enquanto você não vem
Eu espero noite e dia
Fazendo fantasias
Recriando nosso mundo
E doeu sim
Foi a saudade que bateu
Tenha dó de mim
E vem ficar mais eu
Amor do Sertão
(Geraldinho Lins/ Luciano Barros)
Amor do Sertão
Aconteceu comigo
Lá para as bandas da Bahia
Cheirei a menina
Nos seus olhos se via meu futuro, minha sina
Meu pranto rolava como as águas das cascatas
Daí a pouco a viola choraria
Toda a dor que meu peito confrangia
E a saudade da cabloca que saiu em retirada
Igualzim aos Passarim que saíram em revoada
Deixando no sertão uma alma abandonada
Mas deixe está ingratidão
Ao cantar da Patativa outro sol já vai nascer
Vou tirar de minha mente
Vou cantar outro repente, vou tentar te esquecer...
A solidão bateu Asa Branca foi-se embora
Mandacaru secou, está chegando minha hora
Minha vida agora é noite, já não vejo mais a aurora
Tudo pro causa da cabloca que nasceu lá no sertão
Tomando minha vida e também meu coração
Me prometendo muito amor, mas me trocou por outro João


No domingo para encerrar, fui a um pocket show de Geraldo Maia, um grande cantor que cada vez mais me torno admirador, com sua banda bem azeitada fez um show de uma na Livraria Cultura com o repertório do seu último disco, intercalando com músicas de sua apresentação no programa Som Brasil sobre Djavan...
As músicas dele são desse pocket show, uma de Capiba e a outra de Djavan:

Serenata Suburbana
(Capiba)
Eu levo a vida em serenata
Somente a cantar, cantar
Quem não me conhece tem a impressão
De que eu sou tão feliz
Mas não é isso não
Se eu canto em serenata
É para não chorar
Ninguém sabe a dor que eu sinto
Dentro de mim
Ninguém sabe porque eu vivo
Tão triste assim
Se eu fosse realmente
Muito feliz
Não chorava quando eu canto
E nem cantava para abafar meu pranto

Fato Consumado
(Djavan)
Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Eu quero ver você mandar na razão
Pra mim não é qualquer notícia que abala um coração
Se toda hora é hora de dar decisão, eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo um fato consumado e vou
embora
Não quero mais, de mais a mais, me aprofundar nessa
história
Arreio os meus anseios, perco o veio e vivo de
memória
Eu quero é viver em paz
Por favor me beije a boca
Que louca, que louca!
Eu quero é viver em paz
Por favor me beije a boca
Que louca, que louca!

Realmente foi uma grande overdose de Geraldos!!!!

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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