sábado, agosto 28, 2004

Os Caras do Trem Azul

Hoje é dia de uma banda que tem como característica principal estarem juntos por mais de vinte anos sempre fazendo sucesso:

Roupa Nova

Banda que criou um estilo de fazer MPB que agradou uma geração e hoje os filhos deles ainda curtem...
Engraçado que das músicas que eu escolhi nenhuma foi composta pelo grupo e as três primeiras foram grandes sucessos deles e a última é do disco chamado Ouro de Minas, onde eles gravaram com cantoras de primeiro time da MPB sucessos de artistas mineiros, e é um dueto com Luciana Mello uma das mais belas vozes da nova geração:

Dona
(Sá & Guarabyra)
Dona desses traiçoeiros, sonhos, sempre verdadeiros
Oh Dona desses animais dona de seus ideais
Pelas ruas onde andas onde mandas todos nós
Somos sempre mensageiros esperando tua voz
Teus desejos, uma ordem nada é nunca, nunca é não
Por que tens essa certeza dentro do teu coração
Tan, tan, tan, batem na porta não precisa ver quem é
P'ra sentir a impaciência do teu pulso de mulher
Um olhar me atira à cama um beijo me faz amar
Não levanto, não me escondo porque sei que és minha
Dona...Dona desses traiçoeiros...
Não há pedras em teu caminho não há ondas no teu mar
Não há vento ou tempestade que te impeçam de voar
Entre a cobra e o passarinho entre a pomba e o gavião
Ou teu ódio ou teu carinho nos carregam pela mão
É a moça da cantiga a mulher da criação
Umas vezes nossa amiga outras nossa perdição
O poder que nos levanta a força que nos faz cair
Qual de nós ainda não sabe que isso tudo te faz Dona, Dona...

Roupa nova

(Milton Nascimento - Fernando Brant)
Todos os dias, toda manhã sorriso aberto e roupa nova
Passarim preto de terno branco, Pinduca vai esperar o trem
Todos os dias, toda manhã ele sozinho na plataforma
Ouve o apito, sente a fumaça e vê chegar o amigo trem
Que acontece que nunca parou nessa cidade de fim de mundo
E quem viaja pra capital não tem olhar para o braço que acenou
O gesto humano fica no ar, o abandono fica maior
E lá na curva desaparece com sua fé
Homem que é homem não perde a esperança não ele vai parar
Quem é teimoso não sonha outro sonho não qualquer dia ele para
Assim Pinduca toda manhã, sorriso aberto e roupa nova
Passarim preto de terno branco vai renovar a sua fé

Sapato Velho

(Mu - Claudio Nucci - Paulinho Tapajós)
Você lembra, lembra, daquele tempo eu tinha estrelas nos olhos
Um jeito de herói era mais forte e veloz que qualquer mocinho de cowboy
Você lembra, lembra, eu costumava andar bem mais de mil léguas
Pra poder buscar flores de maio azuis e os seus cabelos enfeitar
Água da fonte cansei de beber pra não envelhecer
Como quisesse roubar da manhã um lindo por de sol
Hoje, não colho mais as flores de maio
Nem sou mais veloz como os heróis
E talvez eu seja simplesmente como um sapato velho
Mais ainda sirvo se você quiser
Basta você me calçar que eu aqueço o frio dos seus pés

Nascente

(Flávio Venturini - Murilo Antunes)
Clareia manhã
O sol vai esconder a clara estrela
Ardente, pérola do céu refletindo teus olhos
A luz do dia a contemplar teu corpo
Sedento, louco de prazer e desejos
Ardentes

Estou esperando seus votos na escolha das músicas da vida de vocês:

blcarvalho@click21.com.br
blcarvalho@ig.com.br

Um grande abraço:

Beto L. Carvalho

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