terça-feira, setembro 28, 2004

30 anos Curtindo Música

Ontem empolgado com os trinta, esqueci o blog da minha parceira, desculpa Lu:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/

Nesses dias que antecederam os trinta anos eu fiquei imaginando o que eu curti de música durante esse periodo, e fiz uma rápida retrospectiva, lógico que não vou me lembrar de tudo, mas vou me esforçar...
Lembro que na infância escutava, os grupos infantis, como Balão Mágico, Trem da Alegria, Abelhudos, os especiais da Globo como Arca de Nóe, Casa de Brinquedos, que citei domingo, "Pluct Plact Zum", "Pirlimpimpim", e tantos outros...
Ao mesmo tempo por ser o caçula e ter irmãos nove e sete anos mais velhos, acabei esccutando também, a MPB que se fazia na época, e é dai que surge o meu fanatismo por música brasileira, lembro que meu irmão teve um ano que ganhou vários discos de vinil que eu não parava de escutar, quando aprendi a mexer no som, e lembro de um compacto de Giberto Gil com "Tempo Rei" e do outro lado "A Mão da Limpeza", tinha também o long play de Tunai com "Frisson", "Eternamente", "O Talento" de Beto Guedes que tinha os seus maiores sucessos, e o meu preferido "Velô" de Caetano Veloso, que com o advento do Cd, adquiri nesse formato depois de adulto...
Outro que consegui em Cd foi a trilha sonora do filme "Para Viver um Grande Amor", com Djavan atuando ao lado de Patricia Pillar, e lembrei agora de um disco de criança que depois de velho eu fiz questão de comprar que é o "Disco Baby" com as Melindrosas.
Outro movimento que me fez ficar alucinado por música foi o rock dos anos 80, com suas bandas tocando direto e vindo de todas as partes do Brasil...
Lembro bem no inicio dos anos 80 do anúncio da morte de duas cantoras que nos deixaram muito jovens que eram Clara Nunes e Elis Regina, e começei nessa mesma época a escutar os nordestinos como Elba, Fagner, Alceu, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Belchior, e sem contar que lá pelos quinze anos, tinha além de Cazuza, Engenheiros, Paralamas, Legião , tinha uma queda por música internacional, mas deixa para lá que com o advento do MP3 já estou recuperando esse gosto...
Bom, nos anos 90 é que minha paixão ganhou ares de devoção, aprendendo muito sobre os cantadores nordestinos, como Xangai, Elomar e Vital Farias, e lá por 94 iniciei essa minha busca por gente nova e o primeiro foi Lenine, que assisti no Parque da Jaqueira, e fui para observar o cara que compôs "Leão do Norte" e fiquei fissurado que fui de ônibus para Piedade para comprar "Olho de Peixe", depois foi o Chico César que logo depois do sucesso de "À Primeira Vista" falou de Zeca Baleiro que falou de Rita Ribeiro e foi com esse quarteto que inicei a caça a artistas novos e me orgulho de dizer que apresentei os quatro para muita gente aqui, fui um dos primeiros de Recife a conhecer e divulgar o trabalho deles...
Bom essa é um pouco da minha história e para encerrar mais duas músicas escolhidas por vocês e que são duas obras primas de um compositor que foi injustiçado, mas que até hoje não apareceu um artista com essa sensibilidade, estou falando de Cartola e as músicas são:

As Rosas Não Falam
(Cartola)
Bate outra vez, com esperança o meu coração
Pois já vai terminando o verão, enfim
Volto ao jardim, na certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim
Queixo-me as rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai
Devias vir, para ver os meus olhos tristonhos
E quem sabe sonhar com os meus sonhos, por fim


O Mundo é um Moinho
(Cartola)
Ainda é cedo amor, mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Presta atenção, querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
E em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem, amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó
Preste atenção, querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás à beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés


Um abraço forte:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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