domingo, setembro 05, 2004

A Infância dos Anos 80

Eu quero todo mundo votando nas músicas da sua vida, regras e e-mails abaixo:

http://blcarvalho.blogspot.com/2004/08/eleio.html
blcarvalho@pop.com.br
bl_carvalho@yahoo.com.br

Hoje eu gostaria de homenagear quem foi criança na década de 80 e hoje em dia chora, sabendo que eram felizes e não sabiam...
Quem não assistiu Speed Racer, Ultraman, Spectraman, Caverna do Dragão, Scobby Doo, Flinstones, Os Jetsons, Os Smurfs, Os Trapalhões, He-Man, quem não aprendeu a desenhar com Daniel Azulay e tantos outros que fizeram alegria de uma geração...
Achei um blog e um site bem legais para quem quiser acessar e relembrar esses tempos que não voltam mais:

http://www.infancia80.com.br
http://www.saudadedos80.blogger.com.br/

Na música tivemos clássicos que até hoje são lembrados e regravados por artistas que trabalham com a infância de hoje e curtiram essa época, Quem foi criança nessa década e não teve os LPs do Balão Mágico, Trem da Alegria, Abelhudos, e para quem curtia, Xuxa, Angélica, Menudos, Dominó... quem não assistiu os filmes dos Trapalhões no cinema e depois na Sessão da Tarde, e os especiais da Globo, Pluct Plact Zum, Pirlimpimpim, Arca de Nóe 1 e 2, Casa de Brinquedos.
Eu escolhi algumas músicas que me fazem lembrar desses anos incriveis:

A primeira é do Balão Mágico com a participação do Djavan:

SUPERFANTÁSTICO
(Ignácio Ballesteros / Difelisatti / Edgard Poças)
Superfantástico amigo, que bom estar contigo no nosso balão

Vamos voar novamente cantar alegremente mais uma canção
Tantas crianças já sabem que todas elas cabem no nosso balão

Até quem tem mais idade, mas tem felicidade no seu coração
Sou feliz, por isso estou aqui também quero viajar nesse balão

Superfantástico no balão mágico, O mundo fica bem mais divertido
Superfantásticamente, as músicas são asas da imaginação

É como a flor e a semente cantar que faz a gente viver a emoção
Vamos fazer a cidade virar felicidade com a nossa canção
Vamos fazer essa gente voar alegremente no nosso balão
Sou feliz, por isso estou aqui também quero viajar nesse balão superfantástico


A segunda é um clássico que ficou imortalizada por Maria Bethânia, que acabou saindo do âmbito infantil:

Brincar de Viver
(Guilherme Arantes)
Quem me chamou quem vai querer voltar pro ninho
E redescobrir seu lugar pra retornar
E enfrentar o dia-a-dia reaprender a sonhar
Você verá que é mesmo assim e que a história não tem fim
Continua sempre que você responde sim a sua imaginação
A arte de sorrir cada vez que o mundo diz não
Você verá que a emoção começa agora
Agora é brincar de viverE não esquecer ninguém é o centro do universo
Que assim é maior o prazer e eu desejo amar todos que eu cruzar
Pelo meu caminho como sou feliz, eu quero ver feliz quem andar comigo.

As duas músicas que vou colocar agora são dos especiais Arca de Nóe 1 e 2 e a segunda tem uma história bem legal, pois foi composta em aqui em Recife por Toquinho e Vinicius e é uma obra prima da MPB:

A Casa
((Vinicius de Moraes)
Era uma casa muito engraçada

Não tinha teto não tinha nada
Não se podia entrar nela não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer Pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos número Zero

O Filho Que Eu Quero Ter
(Toquinho / Vinicius)
É comum a gente sonhar, eu sei quando vem o entardecer

Pois eu também dei de sonhar um sonho lindo de morrer
Vejo um berço e nele eu me debruçar com o pranto a me correr
E assim, chorando, acalentar o filho que eu quero ter
Dorme, meu pequenininho dorme, que a noite já vem

Teu pai está muito sozinho de tanto amor que ele tem
De repente o vejo se transformar num menino igual a mim

Que vem correndo em beijar quando eu chegar lá de onde eu vim
Um menino sempre a me perguntar um por quê que não tem fim
Um filho a quem só queira bem e a quem só diga que sim
Dorme, menino levado dorme, que a vida já vem

Teu pai está muito cansado de tanta dor que ele tem
Quando a vida, enfim, me quiser levar pelo tanto que me deu

Senti-lhe a barba me roçar no derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz, a me embalar num acalanto de adeus
Dorme, meu pai, sem cuidado dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado com o filho que ele quer ter

As últimas são do filme Os Saltimbancos Trapalhões na minha opinião o melhor deles:

Hollywood
(Enriquez / Bardotti /Chico Buarque)
Ói nós aqui Ói nós aqui Hollywood fica ali bem perto só não vê quem tem um olho aberto
Ói nós aqui Ói nós aqui Hollywood é um sonho de cenário vi um pau-de-arara milionário
E eu que nem sonhava conhecer o tal Recife pobre saltimbanco trapalhão

Hoje sou mocinho sou vizinho do xerife dou rabo-de-arraia em tubarão
Ói nós aqui Ói nós aqui tem de tudo nessa Hollywood vi um índio cheio de saúde
Ói nós aqui Ói nós aqui How do you doCaruaru I wanna see Piripipi Ói nós aqui
Ói nós aqui Ói nós aqui camelôs, malucos e engraxates aproveitem enquanto o sonho é grátis
Quem há de negar que é bom dançar que a vida é bela neste fabuloso Xanadu

Eu só tenho medo de amanhã cair da tela e acordar em Nova Iguaçu
Ói nós aqui Ói nós aqui How do you do Banabuiú I wanna buy O Paraguai

Hollywood and me Ói nós aqui (vixe!)

História de uma Gata
(Enriquez / Bardotti /Chico Buarque)
Me alimentaram me acariciaram me aliciaram me acostumaram
O meu mundo era o apartamento detefon, almofada e trato

Todo dia filé-mignon ou mesmo um bom filé... de gato
Me diziam em casa, não tome vento mas é duro ficar na sua
Quando à luz da lua tantos gatos pela rua
Toda a noite vão cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres, porém, já nascemos livress

Senhor, senhora ou senhorio felino, não reconhecerás
De manhã eu voltei pra casa fui barrada na portaria

Sem filé e sem almofada por causa da cantoria
Mas agora o meu dia-a-dia é no meio da gataria
Pela rua virando lata eu sou mais eu, mais gata
Numa louca serenata que de noite sai cantando assim
Nós, gatos, já nascemos pobres, porém, já nascemos livress

Senhor, senhora ou senhorio felino, não reconhecerás

Um abraço para todos que foram crianças nessa época:

Beto L. Carvalho

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