terça-feira, outubro 19, 2004

Cantoras que Valem a Pena Escutar 2

Gostaram da mudança? Eu já não aguentava aquele visual antigo do blog...

Links que valem a pena ser visitados:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/
http://www.noites_de_castana.blogger.com.br/
http://www.cine-fila.blogger.com.br/
http://www.entrecantos.com/
http://www.pe-az.com.br/

Continuando com as cantoras que estou indicando, hoje é uma cantora que tem uma voz impressionante:

Mônica Salmaso

Essa cantora tem uma voz que me deixou de boca aberta na primeira vez que a escutei, é por isso que agradeço ao tempo que passei na Music Store, aprendi muito...
Voltando a falar sobre essa cantora, ela tem repertório digno das grandes cantoras desse país que tem o maior número delas por metro quadrado...
Visitem o site oficial dela clicando no titulo e vale a pena procurar escutar essa cantora excelente...
As música são de três discos dela, a primeira é do último disco, a segunda e a quarta do segundo disco e a terceira do primeiro:

Menina Amanhã De Manhã
(Tom Zé / Perna)
Menina amanhã de manhã
Quando a gente acordar quero te dizer
Que a felicidade vai desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Na hora ninguém escapa
Debaixo da cama ninguém se esconde
A felicidade vai desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Vai, desabar sobre os homens
Menina, ela mete medo
Menina, ela fecha a roda
Menina, não tem saída de cima, de banda ou de lado
Menina, olhe pra frente
Menina, todo cuidado
Não queira dormir no ponto
Segura o jogo, atenção de manhã
Menina a felicidade é cheia de praça, é cheia de traça
É cheia de lata, é cheia de graça
Menina a felicidade é cheia de pano, é cheia de peno
É cheia de sino, é cheia de sono
Menina a felicidade é cheia de ano, é cheia de eno
É cheia de hino, é cheia de ono
Menina a felicidade é cheia de an, é cheia de en
É cheia de in, é cheia de on
Menina a felicidade é cheia de a, é cheia de é
É cheia de i , é cheia de ó
É cheia de a, é cheia de é, é cheia de i, é cheia de ó

Valsinha
(Chico Buarque / Vinícius de Moraes)
Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
A não maldisse a própria vida tanto quanto
Era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
Pra seu grande espanto
Convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça
E começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda a cidade, enfim, se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos
Como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz

Na Ribeira Desse Rio
(Dori Caymmi / Fernando Pessoa)
Na ribeira desse rio
Ou na ribeira daquele
Passam meus dias a fio
Nada me impede, me impele
Me dá calor ou dá frio
Vou vendo o que o rio faz
Quando o rio não faz nada
Vejo os rastros que ele traz
Numa sequência arrastada
Do que ficou para trás
Vou vendo e vou meditando
Não bem no rio que passa
Mas só no que estou pensando
Porque o bem dele é que faça
Eu não ver que vai passando
Vou na ribeira do rio
Que está aqui ou ali
E do seu curso me fio
Porque se o vi ou não vi
Ele passa e eu confio

Beradêro
(Chico César)
Os olhos tristes da fita
Rodando no gravador
Uma moça cosendo roupa
Com a linha do equador
E a voz da santa dizendo:
O que é que eu tô fazendo
Cá em cima desse andor
A tinta pinta o asfalto
Enfeita a alma
Motorista é cor na cor da cidade
Batom no lábio nortista
O olhar vê tons tão sudestes
E o beijo que vós me nordestes
Arranha-céu da boca paulista
Cadeiras elétricas da baiana
Sentença que o turista cheire
E os sem amor, os sem teto
Os sem paixão, sem alqueire
No peito dos sem peito uma seta
E a cigana analfabeta
Lendo a mão de Paulo Freire
A contenteza do triste
Tristezura do contente
Vozes de faca cortando
Como o riso da serpente
São sons de sins, não contudo
Pé quebrado, verso mudo
Grito no hospital da gente

Um abraço:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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