quarta-feira, novembro 17, 2004

A Mulher do Catavento e do Girassol

Esses links eu indico:

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Voltando ao normal, depois do mal entendido, hoje é um dia de uma grande cantora:

Leila Pinheiro

Essa cantora que escuto desde os Festival dos Festivais da Rede Globo em 85, e hoje quase vinte anos depois continua fazendo sucesso...
Ela já cantou Bossa Nova, já cantou Gonzaguinha e Ivan Lins, Renato Russo e tantos outros compositores...
Sem mais para falar, tem mais informações no site que você acesa clicando o titulo...
As músicas de hoje são as quatro que considero as melhores da sua carreira:

Catavento e Girassol
(Guinga/ Aldir Blanc)
Meu catavento tem dentro o que há do lado de fora do teu girassol

Entre o escancaro e o contido, eu te pedi sustenido e você riu bemol
Você só pensa no espaço, eu exigi duração
Eu sou um gato de subúrbio, você é litorânea
Quando eu respeito os sinais vejo você de patins vindo na contramão

Mas quando ataco de macho, você se faz de capacho e não quer confusão
Nenhum dos dois se entrega, nós não ouvimos conselho
Eu sou você que se vai no sumidouro do espelho
Eu sou do Engenho de Dentro e você vive no vento do Arpoador

Eu tenho um jeito arredio e você é expansiva, o inseto e a flor
Um torce pra Mia Farrow, o outro é Woody Allen
Quando assovio uma seresta você dança havaiana
Eu vou de tênis e jeans, encontro você demais, scarpin, soiré

Quando o pau quebra na esquina, cê ataca de fina e me ofende em inglês
É fuck you, bate bronha e ninguém mete o bedelho
Você sou eu que me vou no sumidouro do espelho
A paz é feita num motel de alma lavada e passada

Pra descobrir logo depois que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval aumentam os desenganos
Você vai pra Parati e eu pro Cacique de Ramos
Meu catavento tem dentro o vento escancarado do Arpoador

Teu girassol tem de fora o escondido do Engenho de Dentro da flor
Eu sinto muita saudade, você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço, você é tão espontânea
Sei que um depende do outro só pra ser diferente, pra se completar

Sei que um se afasta do outro, no sufoco, somente pra se aproximar
Cê tem um jeito verde de ser e eu sou meio vermelho
Mas os dois juntos se vão no sumidouro do espelho

Verde
(Eduardo Gudin /J. C. Costa Netto)
Quem pergunta por mim já deve saber

Do riso no fim de tanto sofrer
Que eu não desisti das minhas bandeiras,
Caminhos, trincheiras da noite
Eu que sempre apostei na minha paixão

Guardei um país no meu coração
Um foco de luz seduz a razão
De repente a visão da esperança
Quis esse sonhador

Aprendiz de tanto suor
Ser feliz num gesto de amor
Meu país acendeu a cor
Verde as matas no olhar

Ver de perto ver de novo um lugar
Ver adiante, sede de navegar
Verdejantes tempos, mudança dos ventos
No meu coração


Besame
(Flávio Venturini / Murilo Antunes)
A orquestra já nos chamou

Abri meu coração
Tremeu o chão
Eu vi que era feliz
À luz de um cabaré
La noche nuestra
O mundo a rodar
Vem o fogo da paixão nos queimar
La luna tropical
O som de um bandoneon
Não me canso de pedir
Besame

Besame mucho mas
Besame
Besame mucho mas


Serra do Luar
(Walter Franco)
Música Incidental:
Coração Tranquilo
(Walter Franco)
Amor, vim te buscar em pensamento

Cheguei agora no vento
Amor não chora de sofrimento
Cheguei agora no vento
Eu só voltei pra te contar

Viajei, fui pra serra do luar
Eu mergulhei, ai, eu quis voar
Agora vem, vem pra terra descansar
Viver é afinar o instrumento

De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, a todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro
Tudo é uma questão de manter

A mente quieta
A espinha ereta
E o coração tranqüilo
A toda hora, a todo momento

De dentro pra fora
De fora pra dentro
A toda hora, a todo momento
De dentro pra fora
De fora pra dentro

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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