terça-feira, abril 05, 2005

Seu Chico Buarque na nossa Volta!!!!


Chico em Drum´n Bass

Meu povo, depois de um longo e tenebroso inverno estamos de volta, atendendo a pedidos de pessoas que estavam sentindo falta da defesa da cultura brasileira...
Para recomeçar nada melhor do que aproveitar uma nota que li no jornal falando que uma professora carioca levou uma música de Chico Buarque para os alunos e nenhum sabia quem era ele...
O engraçado é que hoje em dia ele é cultuado por quem faz música eletrônica dando uma roupagem para grandes clássicos da obra gigantesca do Seu Francisco...
Lá no título tem o site oficial do mestre...
As músicas de hoje, para não perder o costume do blog, são primeiramente as duas que estão com gravações novas em drum´n bass, a primeira cantada por Seu Jorge com arranjo do DJ Marcelinho da Lua, a segunda é uma gravação de Fernanda Porto com a participação do próprio Chico, a terceira é a tal música que a professora levou para os alunos e a quarta é a que eu tenho marcada na minha vida:

Cotidiano
(Chico Buarque)
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às 6 horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar, essas coisas que diz
toda mulher.
Diz que esta me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu so penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
6 da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que esta muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar
00:00 noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às 6 horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às 6 horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual e me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar,
Essas coisas que diz toda mulher.
Diz que esta me esperando pro jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu so penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que esta muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar
Meia noite ela jura eterno amor
E me aperta pra eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Roda Viva
(Chico Buarque)
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá

Construção
(Chico Buarque)
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo por tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou prá descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um
E se acabou no chão feito um pacote flácido
E agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o único
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo por tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou prá descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
E agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Tijolo por tijolo num desenho mágico
Sentou prá descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado

Gota d'água
(Chico Buarque)
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água

Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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