quinta-feira, junho 02, 2005

Os Forrozeiros em Junho 2


O Segundo Forrozeiro

No segundo dia de forró aqui no blog temos um sanfoneiro paraibano que é referência nos festejos juninos...
Flavio José é um dos mais solicitados artistas nesse periodo por todo o nordeste...
Entrem no site dele clicando no titulo e descubram mais da sua carreira...
Quatro grandes sucessos dele para ilustrar bem essa homenagem a forrozeiro mor do nordeste brasileiro:


Espumas ao Vento
(Aciolly Neto)
Sei que ai dentro
Ainda mora
Um pedacinho de mim
Um grande amor
Não se acaba assim
Feito espumas ao vento
Não é coisa de momento
Raiva passageira
Mania que dá e passa
Feito brincadeira
O amor deixa marcas
Que não dá pra apagar
Sei que errei
E tô aqui
Pra te pedir perdão
Cabeça doida, coração na mão
Desejo pegando fogo
Sem saber direito
Aonde ir o que fazer
Eu não encontro uma palavra
Só pra te dizer
Mas se eu fosse amor
Eu voltava pra mim de novo
E de uma coisa
Fique certa amor
A porta
Vai tá sempre aberta, amor
O meu olhar
Vai dar uma festa, amor
Na hora que você chegar
Terra Prometida
(Maciel Melo)
Foi num nublado
Domingo que eu vim mimbora
Numa viagem
A minha terra prometida
Buscar a sorte
E encontrar uma saida
Pra minha vida decidir-se melhorar
Com uma mulher
Que Deus me deu, sem preconceito
Que tenho feito
Tanto amor e quero mais
Quero cantar a vida, decantando tudo
Que for bonito, tudo que apareça a paz
Também sou um
Rapaz latino americano
Eu não me engano
Tenho um taco desse mundo
De poeta cidadãoe vagabundos
Ou vagalumes
Que devagagam bar em bar
Oh! Meu querido pai celestial
Minha busca é vida
Muito mais que a morte
Numa procura o rumo certo
Aquele norte
Que desde garoto
Minha mãe diz ser legal
Tareco e Mariola
(Petrúcio Amorim)
Eu não preciso de você
O mundo é grande e o destino te espera
Não é você que vai me dar na primavera
As flores lindas que eu sonhei no meu verão
Eu não preciso de você
Já fiz de tudo pra mudar meu endereço
Já revirei a minha vida pelo averso
Juro por Deus não encontrei você mais não
Cartas na mesa
O jogador conhece o jogo pela regra
Não sabes tu eu já tirei leite de pedra
Só pra te ver sorrir, pra mim não chorar
Você foi longe
E machucando provocou a minha ira
Só que eu nasci entre o velame e a mancabira
Quem é você pra derramar meu mungunzar
Eu me criei
Ouvindo forte o martelo na poeira
Ninguem melhor que mestre osvaldo na madeira
Com sua arte criou muito mais de dez
Eu me criei
Matando a fome no tareco e mariola
Fazendo versos dedilhado na viola
Filho do Dono
(Petrúcio Amorim)
Não sou profeta
Nem tão pouco visionário
Mas o diário
Desse mundo tá na cara
Um viajante
Na boléia do destino
Sou mais um fio
Da tesoura e da navalha
Levando a vida
Tiro verso da cartola
Chora viola
Nesse mundo sem amor
Desigualdade
Rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console um cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura
E o planeta sente a dor
O desepero
No olhar de uma criança
A humanidade
Fecha os olhos pra não ver
Televisão de fantasia
E violência, aumenta o crime
Cresce a fome do poder
Boi com sede bebe lama
Barriga seca não dá sono
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa, porque sou
Filho do dono
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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