sábado, junho 04, 2005

Os Forrozeiros em Junho 4


O Quarto Forrozeiro


Na quarta homenagem desse desafio que vai ser conseguir material sobre forró na internet para todos os dias desse mês, temos um dos que mais se beneficiou com a volta do forró pé de serra...
O cantador Santanna tem uma das melhores vozes do forró que lembra muito a de Luiz Gonzaga e isso é um privilégio para esse cearense que adotou nossa terrinha...
No titulo tem o link para o site oficial dele para que todos possam conhecer mais do trabalho desse incansável defensor da cultura nordestina...
As músicas de hoje são as que fizeram ele se tornar conhecido no país inteiro, principalmente a primeira que ele cantou para Ana Maria Braga, direto de Recife quando ela voltou ao programa:


Ana Maria
(Janduhy Finizola)
Eu dei um beijo
Eu dei um beijo
Eu beijei Ana Maria
Por causa disso
Eu quase entrava numa fria
Ana Maria
Tinha dono e eu não sabia
Mas quem diria
Pra bem dizer
Foi sem querer
Mas terminou em confusão
A solução
Foi confundir o coração
Daí então
Troquei a vida de ilusão
Agora adeus, Ana Maria
Deus te guarde para o amor
No céu Santa Maria
Aqui na terra o seu amor
Ana Maria
Como eu queria
Dar outro beijo
Matar o meu desejo
Ai como eu queria
Ana Maria
Quanta alegria
Por seu querer
Beijar a sua boca
E ser de você

Tamborete de Forró
(Artulio Reis)
Ela era miudinha
Botei seu nome
Tamborete de forró
Mas quando ela me deu uma olhada
Senti logo uma flechada
Meu coração foi logo dando um nó
Ela dançando e balançando os cachos
Que meus cento e vinte baixos
Quase viram um pé-de-bode
Do lado dela um sujeito sem jeito
E eu aqui com dor no peito
Mas como é que pode
Tava tocando um baião cheio de dedo
Quando dei fé tava tocando Chopin
Menina você vai me dando asa
Que eu levo você pra casa
E a gente faz um monte de tamboretim
E ela dançando ali me deu ciúme
Por que dizem que perfume
Que é pequeno cheira mais
E ela brilhando no forró inteiro
Apagaram o candeeiro
E derramaram o gás
Ai que vontade que chegasse um sanfoneiro
Para tomar este fole aqui de mim
Menina você vai me dando asa
Que eu levo você pra casa
E a gente faz um monte de tamboretim

Nos Tempos de Menino
(Maciel Melo/Virgílio Siqueira)
Era o caminho da roça
Pureza de Maria
A folha verde no mato
A chuva quando caía
Passarinho, rio e regato
E a natureza sorria
Era o beijo que eu cultivava
Vida que eu bem queria
Do jeito que eu sonhava
Realmente acontecia
Queira um fruto, eu plantava
Vingava o fruto, eu comia
Da morte eu não tinha medo
A morte eu não conhecia
Não tinha nenhum segredo
Andava o mato sem guia
Nunca era tarde nem cedo
Meia-noite ou meio-dia
Fui menino mais que sete
Ou dezessete légua e meia
Menino fui cassetete
Menino fogo nas veias
Bola de gude, pivete
Menino bola de meia
Fui menino meia-noite
Menino fui meio-dia
Menino vento de açoite
Fui o ventre da folia
Menino trovão da noite
Fui chuva, fui invernia
Fui menino pistoleiro
Menino caramanchão
Menino fui sapateiro
Menino carro de mão
Menino fui cangaceiro
Menino fui lampião
Menino, também menino fui
E o tempo deu-me a alma, sua
Deu-me batentes de bares
Deu-me a vida nua e crua
Becos, esquinas, meus lares
Moleque ponta de rua.

Lembrança de um Beijo
(Accioly Neto)
Quando a saudade
Invade o coração da gente
E pega a veia
Onde corria um grande amor
Não tem conversa
Nem cachaça que dê jeito
Nem um amigo do peito
Que segure o chororô
Saudade
Já tem nome de mulher
Só pra fazer do homem
O que bem quer
O cabra pode ser valente
E chorar
Ter meio mundo de dinheiro
E chorar
Ser forte que nem sertanejo
E chorar
Só na lembrança de um beijo
Chorar
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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