terça-feira, junho 28, 2005

Os Forrozeiros em Junho 28, Salve o Rei do Baião


O Mestre de Volta

Eu resolvi, mesmo sabendo que existem muitos forrozeiros para falar, homenagear nesses últimos dias do blog o nosso Gonzagão...
Afinal de contas ele é a maior referência quando se fala em forró no país inteiro, então nada mais justo...
Vamos salvar o Parque Aza Branca em Exu, que está passando por dificuldades de manter o acervo do Rei do Baião...
Sem link no titulo, apenas com quatro músicas para dançar o pé de serra autêntico e saber que ele está vivo nas nossas memórias e nunca vai ser esquecido:


Viola de Penedo
(Luiz Bandeira)
Lingo, lingo, lingo, lingo,
A viola de penedotoca ponteado.
Bongo, bongo, bongo, bongo,
É zabumba a noite todano coco rodado.
Zé Catumé de Porto Calmo,
Num coco em Jaboatão,
Fez todo mundo dar risada
Na primeira embigada
Que levou e sentou no chão.
A fazer coisa que eu não gosto,
Prefiro ir preso e passar fome.
Morro dizendo que não quero,
Não aceito e não tolero
Dança de home com home.
Coco que tem mulher bonita,
A noite passa e ninguém sente.
Elas mantêm a gente preso
E tudo que é home aceso
Dando embigada na gente.
Cabra enxerido eu dou cachaça
E finjo que bebo com ele.
Se ele fica bebo e dorme,
Não tem talvez nem conforme,
Vou rodar com a mulher dele
Riacho do Navio
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Riacho do Navio
Corre pro Pajeú
O rio Pajeú vai despejar
No São Francisco
O rio São Francisco
Vai bater no mei do mar
O rio São Francisco
Vai bater no mei do mar
Ah! se eu fosse um peixe
Ao contrário do rio
Nadava contra as águas
E nesse desafio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Saía lá do mar pro
Riacho do Navio
Pra ver o meu brejinho
Fazer umas caçada
Ver as pega de boi
Andar nas vaquejada
Dormir ao som do chocalho
E acordar com a passarada
Sem rádio e nem notícia
Das terra civilizada
Sem rádio e nem notícia
Das Terra civilizada.
Forró no Escuro
(Luis Gonzaga / Miguel Lima)
O candeeiro se apagou
O sanfoneiro cochilou
A sanfona não parou
E o forró continuou
Meu amor não vá simbora
Não vá simbora
Fique mais um bucadinho
Um bucadinho
Se você for seu nego chora
Seu nego chora
Vamos dançar mais um tiquinho
Mais um tiquinho
Quando eu entro numa farra
Num quero sair mais não
Vou inté quebrar a barra
E pegar o sol com a mão
Forró de Mané Vito
(Luiz Gonzaga / Zé Dantas)
Seu delegado, digo a vossa senhoria
Eu sou fio de uma famia
Que não gosta de fuá
Mas tresantontem
No forró de Mané Vito
Tive que fazer bonito
A razão vou lhe explicar
Bitola no Ganzá
Preá no reco-reco
Na sanfona de Zé Marreco
Se danaram pra tocar
Praqui, prali, pra lá
Dançava com Rosinha
Quando o Zeca de Sianinha
Me proibiu de dançar
Seu delegado, sem encrenca eu não brigo
Se ninguém bulir comigo
Num sou homem pra brigar
Mas nessa festa
Seu dotô, perdi a carma
Tive que pegá nas arma
Pois num gosto de apanhar
Pra Zeca se assombrar
Mandei parar o fole
Mas o cabra num é mole
Quis partir pra me pegar
Puxei do meu punhá
Soprei o candieiro
Botei tudo pro terreiro
Fiz o samba se acabar.
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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