sábado, setembro 18, 2004

Uma Voz que me Encantou

Não deixem de visitar esse blog, é muito legal:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/

Agora só faltam nove dias para se encerrar a votação das músicas das suas vidas, escolham e mandem um e-mail para:

blcarvalho@pop.com.br
bl_carvalho@yahoo.com.br

Estou chegando em casa vindo de um show que falei ontem de voz e violão:

Camilla Fittipaldi
Claudio Almeida

Sobre o violonista Claudio Almeida eu falei no dia:

http://blcarvalho.blogspot.com/2004/08/um-violo-amigo.html

Mas nunca é demais dizer que é um dos grandes instrumentistas do Brasil, só que hoje eu queria falar de uma jovem que me surpreendeu, apesar dele já ter me dito que era uma excelente cantora, pude comprovar nesse show que ela tem uma belíssima voz que me encantou...
O seu repertório que vai de Chico Buarque até Lupcínio Rodrigues, de Titãs até Tom Jobim, de Gal Costa até Maria Rita...
Parabéns a essa jovem cantora que tem brilho próprio, espero que Camilla seja uma das vozes desse país, pois quanto mais pessoas fazendo MPB de qualidade, melhor para todos...
Escolhi as duas músicas que mais me deixaram impressionado no show de hoje e com certeza quem estava lá teve a mesma sensação:

Samba em Prelúdio
(Vinicius de Moraes/ Baden Powell)
Eu sem você, não tenho porquê
Porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz, jardim sem luar
Luar sem amor, amor sem se dar
Eu sem você sou só desamor
Um barco sem mar, um campo sem flor
Tristeza que vai, tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Ah, que saudade, que vontade de ver renascer nossa vida
Volta, querida
Os meus braços precisam dos teus, teus abraços precisam dos meus
Estou tão sozinho,tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

O Ciúme
(Caetano Veloso)
Dorme o sol à flor do Chico, meio-dia
Tudo esbarra embriagado de seu lume
Dorme ponte, Pernambuco, Rio, Bahia
Só vigia um ponto negro: o meu ciúme
O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta
Velho Chico, vens de Minas de onde o oculto do mistério se escondeu
Sei que o levas todo em ti não me ensinas
E eu sou só eu só eu só eu
Juazeiro, nem te lembras dessa tarde
Petrolina, nem chegaste a perceber
Mas na voz que canta tudo ainda arde
Tudo é perda, tudo quer buscar, cadê?
Tanta gente canta, tanta gente cala
Tantas almas esticadas no curtume
Sobre toda estrada, sobre toda sala
Paira monstruosa a sombra do ciúme

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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