O Primeiro Trio Elétrico
Infelizmente fiquei sabendo hoje que minha amiga Lu encerrou seu blog o que é uma pena, pois as pessoas não entendem uma boa iniciativa...
Paraprovar que eu não sou radical quando falo em carnaval hoje eu vou falar do trio elétrico que nasceu na Bahia, mas que hoje está em todo o país...
55 anos atrás dois amigos se juntaram e num Ford 29, que vocês veêm acima, chamado de Fobica sairam pelas ruas de Salvador tocando um dos hinos do carnaval pernambucano, Vassourinhas...
Dodô e Osmar criaram e desenvolveram essa inovação que logo se tornou a sensação do carnaval da Bahia, uma pena é que com a comercialização da festa eles perderam, nos dias de hoje, um pouco da magia que existia em torno dela...
Ccom o filho de Osmar se juntando ao trio que passou a ser chamado de Armandinho, Dodô e Osmar, a versatilidade da música brasileira com pitadas de música clássica, esse trio é admirado em todo o Brasil...
Esse post é homenagem ao povo de Salvador que esteve aqui no encontro na semana passada...
As músicas de hoje são as que mais se tocam nesse trio e são a alma do carnaval, a primeira é uma homenagem de Moraes Moreira ao frevo pernambucano que deu inspiração aos criadores do trio, a segunda é uma exaltação de Caetano Veloso a esse caminhão sonoro, a terceira é uma música que foi a primeira cantada num trio elétrico, já que antes era só música instrumental, e a última é o hino do carnaval da Bahia:
Vassourinha Elétrica
(Moraes Moreira)
Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Frevo, chuva de frevo e sombrinhas
Metais em brasa, brasa, brasa que ardia
Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Abriu alas e caminho
Pra depois passar
O trio de Armandinho, Dodô e Osmar
E o frevo que é pernambucano
Sofreu para chegar na Bahia
Um toque, um sotaque baiano
Pintou uma nova energia
Desde o tempo da velha fobica
Parado é que ninguém mais fica
É o frevo , é o trio, é o povo
É opovo, é o frevo, é o trio
Sempre juntos fazendo
(Moraes Moreira)
Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Frevo, chuva de frevo e sombrinhas
Metais em brasa, brasa, brasa que ardia
Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Abriu alas e caminho
Pra depois passar
O trio de Armandinho, Dodô e Osmar
E o frevo que é pernambucano
Sofreu para chegar na Bahia
Um toque, um sotaque baiano
Pintou uma nova energia
Desde o tempo da velha fobica
Parado é que ninguém mais fica
É o frevo , é o trio, é o povo
É opovo, é o frevo, é o trio
Sempre juntos fazendo
O mais novo carnaval do Brasil
Atrás do Trio Elétrico
(Caetano Veloso)
Só não vai quem já morreu
Quem já botou pra rachar
Aprendeu, que é do outro lado,
Do lado de lá, do lado
Que é lado, lado, de lá.
O Sol é seu,
O som é meu
Quero morrer,
Quero morrer já;
O som é seu,
O som é meu,
Quero viver,
Quero viver lá.
Nem quero saber se o diabo
Nasceu, foi na Bahi foi na Bahia
O trio elétrico
O sol rompeu
No meio di no meio dia
Pombo Correio
(Moraes Moreira/ Dodô / Osmar)
Pombo Correio
(Moraes Moreira/ Dodô / Osmar)
Pombo correio voa depressa
E esta carta leva para o meu amor
Leva no bico que eu aqui fico esperando
Pela resposta que é prá saber se ela ainda gosta de mim
Pombo correio se acaso um desencontro
Acontecer não perca nem um só segundo
Voar o mundo se preciso for
O mundo voa mas me traga uma notícia boa
Pombo correio voa ligeiro
Meu mensageiro e essa mensagem de amor
Leva no bico que eu aqui fico cantando
Que é prá espantar essa tristeza
Que a incerteza que o amor traz
Pombo correio nesse caso eu lhe conto
Por estas linhas a que ponto quer chegar
Meu coração o que mais gosta
Voltar para mim
Seria a melhor resposta
Chame Gente
(Armandinho e João Neto)
Ah! imagina só que loucura essa mistura
Alegria, alegria é o estado que chamamos Bahia
De Todos os Santos, encantos e Axé, sagrado e profano,
O baiano é carnaval
Do corredor da história,
Vitória, Lapinha,
Caminho de Areia
Pelas vias, pelas veias, escorre o sangue e o vinho,
Pelo mangue, Pelourinho
A pé ou de caminhão não pode faltar a fé, o carnaval vai passar
Da Sé ao Campo-Grande somos os Filhos de Gandhi, de Dodô e Osmar
Por isso chame, chame, chame, chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
É um verdadeiro enxame, chame chame gente
Que a gente se completa enchendo de alegria a praça e o poeta
Ah!...a praça e o poeta.
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem
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