segunda-feira, setembro 20, 2004

Lá vem os Violados

Vindo aqui, vocês tem entrar nesse blog legal:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/

Poxa só faltam sete dias para se encerrar a votação das músicas das suas vidas, escolham e mandem um e-mail para:

blcarvalho@pop.com.br
bl_carvalho@yahoo.com.br

Depois do samba de ontem e dos gaúchos na sexta, voltamos aqui para Pernambuco com um grupo que representa bem a nossa cultura:

Quinteto Violado

Eu imagino o que seria de Elba Ramalho se ela não tivesse, na década de 70, acompanhado eles numa excursão e acabou ficando por lá e se tornado uma cantora de sucesso, é com esse espírito que os Violados se tornaram uma referência da música nordestina, sempre valorizando as manifestações, como por exemplo, a Missa do Vaqueiro em Serrita, e com sua fundação eles vão viabilizando projetos sociais que vocês podem conhecer clicando no titulo e visitando o site deles...
As duas músicas de hoje, são dois clássicos da MPB que ganharam uma roupagem muito interessante, inclusive a primeira recebeu um elogio de Luiz Gonzaga dizendo que era a melhor versão do seu grande sucesso:

Asa Branca
(Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira)
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha
Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Até mesmo o asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro, não chores não, viu
Que eu voltarei, viu, pro meu sertão
Até mesmo o asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração


Disparada
(Geraldo Vandré/ Théo de Barros)
Prepare o seu coração prás coisas que eu vou contar

Eu venho lá do sertão, eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar
Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar
E a morte, o destino, tudo, a morte e o destino, tudo
Estava fora do lugar, eu vivo prá consertar
Na boiada já fui boi, mas um dia me montei
Não por um motivo meu, ou de quem comigo houvesse
Que qualquer querer tivesse, porém por necessidade
Do dono de uma boiada cujo vaqueiro morreu
Boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte
Muito gado, muita gente, pela vida segurei
Seguia como num sonho, e boiadeiro era um rei
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
E nos sonhos que fui sonhando, as visões se clareando
As visões se clareando, até que um dia acordei
Então não pude seguir valente em lugar tenente
E dono de gado e gente, porque gado a gente marca
Tange, ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente
Se você não concordar não posso me desculpar
Não canto prá enganar, vou pegar minha viola
Vou deixar você de lado, vou cantar noutro lugar
Na boiada já fui boi, boiadeiro já fui rei
Não por mim nem por ninguém, que junto comigo houvesse
Que quisesse ou que pudesse, por qualquer coisa de seu
Por qualquer coisa de seu querer ir mais longe do que eu
Mas o mundo foi rodando nas patas do meu cavalo
Já que um dia montei agora sou cavaleiro
Laço firme e braço forte num reino que não tem rei

Um abraço para todos que visitaram:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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