sábado, outubro 09, 2004

Juntaram e deram Certo

Vão acessando esses blogs, são muito legais:

http://www.lubarbosa.blogger.com.br/
http://furiadomar.blogspot.com/

Hoje eu vou falar de um disco que está sendo considerado um dos melhores do ano:

Vagabundo
Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede

É um disco muito bom, juntanto todo o talento desse que é um dos maiores cantores do Brasil com a juventude e a brasilidade dos jovens dessa banda que tem um trabalho muito interessante...
Já tinha escutado vários comentários positivos sobre o disco e quando tive oportunidade de ouvir, pude comprovar que realmente vale a pena ter essa preciosidade...
O site para que vocês conheçam mais de Ney, para entrar é só clicar no titulo e para visitar o de Pedro e a Parede, no link abaixo:

http://www.plap.com.br/

As músicas de hoje começam com a primeira que Ney gravou de Pedro Luís no ano de 99, e as outras três pertecem ao citado disco e o detalhe é qu e a última já foi postada aqui com outra gravação:

Miséria no Japão
(Pedro Luis)
Somos tios da pobreza social
Somos todos pára-brisas do futuro nacional
Eu sou tio, ela é tia
O pavio tá aceso, aqui é quente
País é quente
O mundo é quente
E quem te disse que miséria é só aqui
Quem foi que disse que a miséria não ri
Quem tá pensando que não se chora miséria no Japão
Quem tá falando que não existem tesouros na favela
A vida é bela tá tudo estranho
É tudo caro mundo é tamanho
Não tem medida o amor em certos casos
O ódio atinge generais soldados rasos

Disritmia
(Martinho da Vila)
Eu quero me esconder debaixo dessa sua saia pra fugir do mundo
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses seus cabelos
Preciso transfundir seu sangue pro meu coração que é tão vagabundo
Me deixa te trazer num dengo
Pra num cafuné fazer os meus apelos
Eu quero ser exorcizado pela água benta desse olhar infindo
Que bom ser fotografado mas pelas retinas desses olhos lindos
Me deixe hipnotizado pra acabar de vez com essa disritmia
Vem logo vem curar seu nego que chegou de porre lá da boemia

Assim Assado
(João Ricardo)
São duas horas da madrugada de um dia assim
Um velho anda de terno velho assim, assim
Quando aparece o Guarda Belo
Quando aparece o Guarda Belo
É posto em cena, fazendo cena num treco assim
Bem apontado ao nariz chato assim, assim
Quando aparece a cor do velho
Quando aparece a cor do velho
Mas Guarda Belo não acredita na cor assim
Ele decide no terno velho assim, assim
Porque ele quer um velho assado
Pporque ele quer um velho assado
Mas mesmo assim, o velho morre assim, assim
E o Guarda Belo é o herói assim assado
Porque é preciso ser assim assado
Porque é preciso ser assim assado
São duas horas da madrugada de um dia assim
Um velho anda de terno velho assim, assim
Quando aparece o Guarda Belo
Quando aparece a cor do velho
Porque ele quer um velho assado
Porque é preciso ser assim assado

O Mundo
(André Abumjanra)
O mundo é pequeno pra caramba
Tem alemão, italiano e italiana
O mundo filé milanesa
Tem coreano, japonês e japonesa
O mundo é uma salada russa
Tem nego da Pérsia, tem nego da Prússia
O mundo é uma esfiha de carne
Tem nego do Zâmbia, tem nego do Zaire
O mundo é azul lá de cima
O mundo é vermelho na China
O mundo tá muito gripado
O açúcar é doce, o sal é salgado
O mundo caquinho de vidro
Tá cego do olho, tá surdo do ouvido
O mundo tá muito doente
O homem que mata, o homem que mente
Por que você me trata mal
Se eu te trato bem
Por que você me faz o mal
Se eu só te faço o bem
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Todos somos filhos de Deus
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de God
Só não falamos as mesmas línguas
Everybody is filhos de Ghandi
Só não falamos as mesmas línguas

Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem

Nenhum comentário: