domingo, janeiro 02, 2005

O Ano Começou, é a Hora da Verdade


Oficina de Brennand

Nem precisa mais falar que indico:

Bia
Lu
Fúria do Mar
Escritor Solitário
Cinema, Literatura...
Cine Fila
Som Brasil
MPB Net
Entrecantos
PE A-Z
M-Música
Revista Continente

Um ano que se inicia e com a esperança que a cultura seja einda mais valorizada pela midia, vamos continuar batalhando para isso...
O que importa é que o prazer que dá fazer esse blog é muito bom, pois a pesquisa feita todo dia
nos faz aprender muita coisa...
Espero nesse ano que se inicia poder compartilhar momentos culturais e se apenas uma pessoa usar o blog como referencial já estou satisfeito, pois isso eu já conquistei...
A imagem de hoje é a melhor representação da cultura pernambucana que é a Oficina de Francisco Brennand, quem vier para cá precisa conhecer essa obra prima da arte brasileira:

Propriedade Santos Cosme e Damião
Oficina Brennand
Várzea Recife
F 3271.2466
R$ 2,00

Vou encerrando hoje com mais quatro músicas dos outros discos que estão concorrendo a eleição de melhor da MPB, a primeira é o grande clássico de Elis Regina com Tom Jobim, a segunda é outro clássico que foi gravada agora por Fernanda Porto com a participação do autor, a terceira é do acústico Roupa Nova, a quarta está no disco do Zé Renato com o grupo Trinadus, um grupo de Portugal:

Águas De Março
(Tom Jobim)
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
É peroba no campo, é o nó da madeira
Caingá candeia, é o matita-pereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mao, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto um desgosto, é um pouco sozinho
É um estepe, é um prego, é uma conta, é um conto
É um pingo pingando, é uma conta, é um ponto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguicado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato na luz da manhã


Roda Viva
(Chico Buarque)
Tem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mardar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo roda gigante
Roda moinho, pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá
O samba, a viola, a roseira
Um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...


Bem simples
(Ricardo Feghali)
Tudo bem simples
Tudo natural
Um amor moreno
Fruto tropical
Todas as cores
Que eu puder te dar
Toda a fantasia
Qu'eu puder sonhar
Eu pensei te dizer
Essas coisas
Mas pra que
Se eu tenho a música, música
Bom é bem simples
Sem nos complicar
E bastante tempo
Pra te amar.

Nem Às Paredes Confesso
(Maximiano de Souza)
Não queiras gostar de mim
Sem que eu te peça
Nem me dê nada que ao fim
Eu não mereça
Vê se me deixas depois
Culpas no rosto
Eu sou sincero
Por que não quero dar-te um desgosto
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
E nem aposto
Que não gosto de ninguém
Podes rodar podes jurar podes sorrir também
De quem eu gosto
Nem às paredes confesso
Quem sabe se te esqueci
Ou se te quero
Quem sabe até se é por ti
Que eu tanto espero
Se gosto ou não afinal
Isso é comigo
Mesmo que penses que me convences
Nada te digo


Um abraço para todos:

Beto L. Carvalho
Carpe Diem
Posted by Hello

Nenhum comentário: