sexta-feira, junho 17, 2005

Os Forrozeiros em Junho 17


É Mais um dos Forrozeiros da MPB


O senhor ministro da cultura já fez dois discos exclusivamente sobre forró, então não poderia faltar aqui no blog nesse mês...
Gilberto Gil fez a trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles e depois lançou um disco que é a trilha do documentário Viva São João...
Como já tivemos homenagem ao ministro aqui no blog, coloquei no titulo o link para o site oficial dele, entrem e divirtam-se...
As músicas de hoje são forrós gravados durante a sua carreira e as duas primeiras são de sua autoria, a terceira é uma gravação que foi do primeiro disco citado e a última é um clássico:

Expresso 2222
(Gilberto Gil)
Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal, de água e sal
Ô, menina, de água e sal
Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim
Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu
De Onde vem o Baião
(Gilberto Gil)

Debaixo do barro do chão da pista onde se dança
Suspira uma sustança sustentada por um sopro divino
Que sobe pelos pés da gente e de repente se lança
Pela sanfona afora até o coração do menino
Debaixo do barro do chão da pista onde se dança
É como se Deus irradiasse uma forte energia
Que sobe pelo chão
E se transforma em ondas de baião, xaxado e xote
Que balança a trança do cabelo da menina, e quanta alegria!
De onde é que vem o baião?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vêm o xote e o xaxado?
Vêm debaixo do barro do chão
De onde vêm a esperança, a sustança espalhando
O verde dos teus olhos pela plantação?
Ô-ô Vêm debaixo do barro do chão
Esperando na Janela
(Targino Gondim/Manuca/Raimundinho do Acordeon)
Ainda me lembro do seu caminhar
Seu jeito de olhar
Eu me lembro bem
Fico querendo sentir o seu cheiro
É aquele jeito que ela tem
Tempo todo eu fico feito tonto
Sempre procurando mas ela não vem
E esse aperto no fundo do peito
Desses que o sujeito não pode agüentar
Ah! Esse aperto aumenta o meu desejo
E não vejo a hora de poder lhe falar
Por isso eu vou na casa dela, ai, ai
Falar do meu amor pra ela, vai
Tá me esperando na janela, ai, ai
Não sei se vou me segurar
Canto da Ema
(Ayres Viana/Alventino Cavalcante /João do Vale)

A ema gemeu no tronco do juremau
Foi um sinal bem triste, morena
Fiquei a imaginar
Será que é o nosso amor, morena
Que vai se acabar?
Você bem sabe, que a ema quando canta
Traz no meio do seu canto um bocado de azar
Eu tenho medo, morena, eu tenho medo
Pois acho que é muito cedo
Pra essa amor acabar
Vem morena, vem, vem, vem
Me beijar, me beijar
Dá um beijo, dá um beijo
Pra esse medo se acabar
Um abraço para todos:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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