sexta-feira, junho 24, 2005

Os Forrozeiros em Junho 24, Viva São João!!!!


Mais um Mestre, Aliás é o Mestre!!!!

Não tem o que falar do homenageado nesse dia de São João...
O Rei do Baião Luiz Gonzaga vem para uma demonstração de que o forró deve ser preservado na sua essência...
Sem mais, cliquem no titulo e entrem num site que homenageia ele e conheçam sua história...
Um ano atrás ele também era homenageado aqui no blog, mas não tinha músicas como teremos hoje, quatro grandes clássicos do seu repertório:



Asa Branca
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornalha, nenhum pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado, morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a Asa Branca bateu asas do sertão
Entonce eu disse: adeus Rosinha, guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo pra eu voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos se espaiá na plantação
Eu te asseguro, não chores não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração



Vozes da Seca
(Luiz Gonzaga /Zé Dantas)

Seu doutô os nordestino têm muita gratidão
Pelo auxílio dos sulista nessa seca do sertão
Mas doutô uma esmola a um homem qui é são
Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão
É por isso que pidimo proteção a vosmicê
Home pur nóis escuído para as rédias do pudê
Pois doutô dos vinte estado temos oito sem chovê
Veja bem, quase a metade do Brasil tá sem cumê
Dê serviço a nosso povo, encha os rio de barrage
Dê cumida a preço bom, não esqueça a açudage
Livre assim nóis da ismola, que no fim dessa estiage
Lhe pagamo inté os juru sem gastar nossa corage
Se o doutô fizer assim salva o povo do sertão
Quando um dia a chuva vim, que riqueza pra nação!
Nunca mais nóis pensa em seca, vai dá tudo nesse chão
Como vê, nosso distino mecê tem na vossa mão


Roendo Unha
(Luiz Ramalho /Luiz Gonzaga)
Quando Vinvin cantou
corri pra ver você
Atrás da serra, o sol
estava pra se esconder
Quando você partiu
eu não esqueço mais
Meu coração, amor,partiu atrás
vivo com os olhos na ladeira
quando vejo uma poeira
penso logo que é você
Vivo de orelha levantada
Para o lado da estrada
que atravessa o muçambê
Ora, já estou roendo unha
A saudade é testemunha
Do que agora vou dizer
Quando na janela
Eu me debruço
O meu cantar é um soluço
A galopar no maçapê


Numa Sala de Reboco
(José Marcolino /Luiz Gonzaga)

Todo tempo quanto houver
Pra mim é pouco
Pra dançar com meu benzinho
Numa sala de reboco
Enquanto o fole
Tá fungando, tá gemendo
Vou dançando e vou dizendo
Meu sofrer pra ela só
E ninguém nota
Que eu tô lhe conversando
Nosso amor vai aumentando
E pra que coisa mais melhor
Só fico triste quando o dia amanhece
Ai, meu Deus se eu pudesse
Acabar a separação
Pra nós viver
Igualado a sanguessuga
E nosso amor pede mais fuga
Do que essa que nos dão
Um abraço:
Beto L. Carvalho
Carpe Diem

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